A distância entre nós - (KaeLuc)

Capítulo 9

Kaeya sempre foi uma pessoa bastante cética, nunca acreditou que iria para o céu ou inferno quando morresse.Ver seu próprio corpo sendo enterrado, as pessoas chorando, tudo parecia um sonho.

Enquanto assistia o cenário de seu velório, sentiu Venti ao seu lado e começou a falar.

- Então você é o Barbatos, nunca iria imaginar.

- Ehe, essa é a primeira coisa que pensa após a morte? Sim sou eu.

- E o que acontece agora? Eu vou sei lá, perder a memória e reencarnar?

- Você gostaria de reencarnar? Como alguém próximo de Diluc talvez?

- Estava esperando você dizer que eu ia ressuscitar tipo jesus.

- Desculpa te desapontar mas jesus não existe nesse universo.

Ambos riram da situação, e venti ficou pensativo.

- Olhando todas essas pessoas aqui no seu velório, parece uma quebra de quarta parede né.

- Sim, eu pensava que ia morrer e acabou, mas ver eles assim me dói como se eu ainda estivesse vivo.

Venti coloca a mão em um dos ombros de Kaeya e o cenário muda, eles voltaram para o hospital, onde Diluc estava dormindo.

Quanto mais ele olhava, mas estranho a situação ficava, a pessoa que deveria estar deitada na cama era Diluc, mas ele viu seu próprio rosto ali. E o desespero lhe atingiu.

- O que isso significa!?

- Esse é você na maca. Você pode ter a chance de voltar de novo Kaeya, mas o preço é caro.

Todo filme da vida dele começa a passar, ele acompanhou tudo em terceira pessoa, sofreu tudo de novo, sorriu e chorou.

Ele ficou em um lupe infinito, aquela não era a primeira vez que ele e Barbatos conversavam, por kaeya não ter aceitado a condição que ele propôs, ele reviveu aquele momento por anos, mesmo esquecendo de tudo.

Explicando isso para Kaeya, o ódio começou a subir e ele questionou do porque ele teve que viver tudo isso de novo.

- Não era mais fácil você simplesmente me mandar pro inferno!?

- Se acalme. Você escolheu isso, eu não posso interferir na sua decisão, você que quis viver isso todas as vezes.

- E porque!? Qual era a condição pra mim voltar!?

- Você deixar de ter uma visão. Você lembra como ganhou a sua Kaeya? Em uma batalha com Diluc, se naquele momento você não ganhasse uma visão, você teria morrido.

E o choque foi grande, muita informação para assimilar e ele se sentiu tonto.

"Então mesmo que eu aceitasse a condição, eu iria voltar pra aquela época e morrer?"

- Eu consigo ler seus pensamentos, e respondendo sua pergunta, sim, você iria.

- Não tem outra condição? Eu não poderia só voltar sem a visão e impedir que Diluc e eu brigasse?

- Pra você impedir isso, teria que conseguir salvar o pai dele e não contar que você é um espião. Você não vai voltar com memória da nossa conversa agora, então seria impossível você saber o que fazer.

- E se eu não aceitasse ser um espião?

- Kaeya...você não entende? Isso é um evento canônico, você vai morrer em todas as escolhas que fizer para voltar. Porque você só não aceita que eu leve sua alma para descansar?

Kaeya não queria descansar, e em todos esses anos de lupe infinito, ele reviveu todos os momentos da sua vida ao lado de Diluc, até sua própria morte e inclusive essa conversa com Barbatos.

- Por favor Venti, te peço como amigo, me de uma chance, me deixe viver...

Venti era o Deus mais fraco da Celestia, pedidos como o de Kaeya só poderia ser atendido por alguém superior a ele.

- Você deveria tentar conversar com Morax, mas ele decidiu se aposentar, não sei se ele irá aceitar seu pedido, tente um contrato com ele.

- Morax? O Deus de liyue?

- O próprio meu querido, eu sou fraco, não teria como aceitar um pedido desses. Ele fazia esse tipo de coisa, dava outra chance, fazia contratos e coisas do tipo.

- Você é fraco ou é preguiçoso?

- Ahh, qual é, você também com isso. Você quer conversar com ele ou não? Posso te levar lá.

- Toda essa situação faz eu me sentir bem importante.

- Tire isso da cabeça, você não é o primeiro.

"Isso feriu meu coração"

- Eu ainda posso te ouvir senhor Kaeya, mesmo em pensamento.

- Vocês dois vão ter que falar com a Celestia ou algo do tipo?

- Nhe, é só eu passar uma perna no Morax, ele não vai nem notar, não é a primeira vez mesmo hehe.

- Você não vale o vinho que bebe venti.

- Ah que Barbatos me perdoe.. espere..

Kaeya virou os olhos com a piadinha dele e aceitou tentar um contrato com Morax, ele queria mesmo continuar vivendo e lutando, não só pelo Diluc, mas pela cidade e seus amigos. Ele estava cansado de tanta guerra e conflitos.

Ele tinha certeza que Eula de culpava nesse momento e estava planejando alguma vingança contra o próprio clã, esse é o jeito dela a afinal.

Jean provavelmente está amaldiçoando sua boca por ter dito o que disse quando Kaeya foi pra liyue, e barbara nem se fala. Não duvido nada ela querer entregar sua visão ou até jogar fora por ter se sentido inútil.

E como será que Rosoria estava? Bem, no velório ela tentava ao máximo segurar o choro, sua aura era de raiva e sentimento de remorso. Assim como a irmã de Jean, ela também se sentia inútil por não proteger seu melhor amigo.

Todos eles, e outras pessoas próximas se importavam com Kaeya, e ele também sabia disso e se importava tanto quanto.

O destruiu muito ver Diluc gritando até às cordas vocais estourarem, e ele não quer nunca mais reviver essa cena, ele não quer que ninguém sofra por ele. Então ele estava disposto a aceitar qualquer condição, desde que ele se mantivesse vivo para proteger a cidade e as pessoas.

Ele iria voltar e arrumar toda aquela bagunça.

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N/T: olá gays hihi, por motivos de: vida adulta e depressão, demorei pra postar capítulo, peço desculpas.

° E temos Kaeya revivendo ai amém, só um sustinho de leve.

Até o próximo capítulo 😘