Capítulo 6

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Acordando no dia seguinte Rosaria e Diluc saíram pra passear pela cidade e fazer algumas compras, principalmente de roupas.

Diluc não notou quando Rosaria sumiu de sua vista em uma das lojas, mas, um pouco a frente ela falava com uma menina com cabelos repicados e loiros.

Era Lumine, dona da balada, e claramente Rosaria flertava com ela sem nenhum filtro, o que era típico da rosada.

Diluc terminou de comprar algumas peças de roupas e saiu da loja em direção a onde a nova amiga estava.

- Olá lumi.

- Diluc! Rosaria nem comentou que você veio com ela.

- É claro que não comentou, ela estava ocupada demais tentando pegar você.

- Que direto hehe.

- Inclusive, essa seria uma balada só pra gays ou qualquer pessoa pode entrar?

- Não se preocupe com isso, é uma balada LGBTs, qualquer pessoa é bem vinda.

- Certo, foi bom te ver de novo, mas temos que voltar pro quarto que alugamos, a gente se vê mais tarde.

- Tchauzinho lumi

Rosaria é a última a se despedir, deixando um leve selinho nos lábios da loira, Diluc vendo a cena rapidamente a puxa para ir embora, deixando Lumine corada para trás.

Chegando na balada tinha várias pessoas com aparência e estilos diferentes, para Diluc foi como encontrar uma nova família.
Ele se sentiu seguro e confortável com o ambiente.

Ele apenas piscou e a Rosaria já estava nos amassos com uma menina aleatória da balada, o que não era surpresa nenhuma, a sua fama realmente faz jus a ela.

Diluc começou passando o olho pelo ambiente, vendo se encontrava alguém interessante, e avistou um menino loiro sentado no balcão.

Resolveu se aproximar e se sentar a uma cadeira de distância, chamou o barmen e pediu um drink apenas para aquecer, não gostava muito de álcool e não pretendia ficar bêbado.

Enquanto sua bebida era feita a pessoa ao seu lado começou a se movimentar para mais perto.

- Consigo sentir seu olhar em mim desde que entrou aqui, você é solteiro?

Se engasgando com a própria saliva Diluc tossiu e deu um sorriso sem graça.

Aquilo realmente estava acontecendo.

- Me desculpa, eu...te achei muito bonito. E sim, sou solteiro.

- Te achei bonito também. Me chamo Albedo e você?

- Diluc.

- Combina com você.

O drink do ruivo ficou pronto e ele rapidamente bebeu a taça virando de uma vez e logo pedindo mais uma.

- É a sua primeira vez vindo a um lugar assim né? Principalmente aqui, já que nunca te vi antes.

- Então você percebeu.., bom, eu queria ter uma experiência nova, e conhecer algumas pessoas...

- Experiências novas é? Então venha dançar comigo.

Após dizer isso Albedo puxa Diluc pelo braço enquanto o DJ coloca uma música eletrônica pra tocar no som.

Os duas ficaram dançando e pulando enquanto seus corpos se esbarravam, e tudo de repente pareceu em câmera lenta para Diluc.

Seu olhar e o de Albedo se encontraram e ele corou.

Todas as pessoas em volta estavam animadas e ninguém notou o que estava acontecendo ali.

Albedo ainda dançando se aproximou de Diluc selando seus lábios, colocou uma mão no seu pescoço enquanto a outra ficava no seu rosto.

Diluc ficou surpreso mas não exitou, ele queria aquilo, queria saber de uma vez.

Ele agarrou a cintura do loiro e puxou para selar seus corpos, enquanto isso o beijo ia se intensificando, as línguas se entrelaça dentro da boca úmida e quente.

Tudo parecia perfeito, Diluc teve a certeza que realmente gostava de homens e que seu corpo reagia a eles.

Albedo soltou um gemido dentro da sua boca e os dois se separaram ofegantes.

- Isso foi ótimo!

Albedo falou no ouvido do ruivo, que se arrepiou dos pés a cabeça.

Os dois riram e continuaram dançando. Alguns amigos de Albedo se aproximou dele e Diluc sentiu sendo puxado para o canto.

- EU SABIA QUE VOCÊ IA BEIJAR ALGUÉM!

- O quanto você bebeu Rosoria!?

- O bastante!

A Rosaria falava tão alto que o som parecia até baixo, mas ela estava feliz, e Diluc também estava. Eles começaram a dançar juntos e beber mais. E diluc gritou no ouvido da rosada.

- Sou incrivelmente gay!

- Eu sei! Eu também!

Eles estavam se divertindo tanto e sem ligar para o resto que não notaram a presença de uma pessoa conhecida que havia chegado a um tempo no local.

Kaeya estava na porta da balada e tinha presenciado tudo, desde o beijo intenso que Diluc deu com um desconhecido até a sua melhor amiga bêbada e dançando.

Nunca se sentiu tão traído.

E nesse momento ele não sabia se ria ou chorava.

Nesse momento Kaeya desejou arrancar sua visão e ficar cego, mas mesmo triste não deixou de ficar feliz pelo ruivo não ser hétero.

Aether e Xiao que foram convencidos a o acompanhar motivaram ele a continuar na balada e se divertir, esfriar a cabeça e aproveitar a noite.

Seguiram em direção ao balcão e em nenhum momento os olhos de Kaeya se desviaram do ruivo, esperando que ele notasse sua presença, mas isso não aconteceu.

Kaeya virou várias taças de uma vez e apoiou a cabeça no balcão, tentou avistar Aether mas ele estava conversando com sua irmã Lumine atrás do balcão, procurou por Xiao que também estava longe conversando com o DJ para escolher uma música.

Eles pareciam bastante familiarizado com o lugar, então não se preocupou, tão perdido em pensamentos que nem notou quando uma presença ao seu lado.

Era Diluc, que estava mais bêbado que o normal e com o rosto surpreso. Kaeya levantou o rosto do balcão para encarar Diluc.

- Vejo que se divertiu bastante hoje.

Soltando alguns soluções, Diluc se sentou no banco antes de responder a Kaeya e tentou pedir mais um drink, mas foi impedido.

- Você já bebeu o suficiente, já chega.

- O que você tá fazendo aqui, pensei que tinha ido viajar.

- Sim, eu vim e fiquei na casa de Aether esses dias.

- Eu sou gay.

- Assim do nada? Você tá realmente bêbado. É, eu ouvi você falando isso pra Rosaria, e também vi você beijando outro garoto...

- Você está bravo?

- Você é solteiro, faça o que quiser. Se me der licença eu vou embora, e você também deveria ir.

Kaeya se levantou do banco e não ouviu nenhuma resposta do ruivo, assim que se virou para olhar seu rosto Diluc o agarrou pela gola da blusa e o beijou, enfiando a língua na sua boca.

Kaeya retribuiu o beijo imediatamente, puxou Diluc pela cintura, o impacto fez com que as ereções ficassem se roçando, o beijo teve mais que intensidade, teve amor, teve química, e muitos sentimentos que antes estavam guardados, mas foram despejados naquele beijo.

Eles se separam mas ainda continuaram com o rosto próximo, um sentindo a respiração acelerada do outro.

Kaeya finalmente tinha conseguido beijar a pessoa que amava, então em um momento de euforia disse que amava Diluc, se aproximou se seu ouvido e sussurrou essas palavras.

Mas Diluc, ainda não sabia se sentia o mesmo.

A distância entre nós - (KaeLuc)Onde histórias criam vida. Descubra agora