🥇GANHADOR DO 1° LUGAR - GÊNERO FANTASIA - CONCURSO REINO DAS PALAVRAS
Em um mundo onde os dragões se tornaram meras lendas e a magia se fundiu com a tecnologia, uma nova era surge. Criaturas místicas caminham pela terra, reinos são erguidos e destr...
Com seus cabelos prateados e um sorriso radiante nos lábios, caminha com passos saltitantes pela encantadora floresta que envolve seu majestoso castelo. Seus olhos azuis brilham de alegria ao observar os seres mágicos que ali habitam, as flores coloridas que desabrocham ao seu toque suave e os raios de sol filtrados pelas copas das árvores.
No entanto, à medida que se adentra mais profundamente na floresta, uma sensação incômoda começa a envolver seu ser. Um arrepio percorre sua espinha, fazendo-a estremecer. Ela olha ao redor disfarçadamente, tentando desvendar a origem dessa estranha inquietação. Seus olhos brilhantes escaneiam cada sombra, cada recanto da floresta, buscando identificar a presença que a observa em silêncio.
De repente, como um trovão em meio ao silêncio, uma risada infantil, macabra e arrepiante ecoa pelos troncos das árvores. A princesa dá um salto no ar, seu coração acelerado batendo descompassado. Seu semblante alegre se transforma em uma expressão de temor, enquanto seus olhos perscrutam rapidamente os arredores. Hruna sente como se estivesse presa em um jogo de esconde-esconde com um ser invisível e sinistro.
Enquanto tenta se recuperar do susto, um som arrependido, semelhante a um vento sussurrante, passa rapidamente por trás dela. Acompanhando esse som, outra risada ainda mais perturbadora se junta ao coro sombrio. A respiração se torna ofegante, e sua visão periférica capta apenas sombras fugazes. Ela se sente cercada por uma energia desconhecida, uma presença que parece brincar com sua mente e seus medos mais profundos.
Determinada a proteger-se, decide erguer as mãos em gestos delicados e fluidos. Com tons prateados e pequenas faíscas azuis, ela tenta criar uma adaga, uma arma para enfrentar o desconhecido. No entanto, suas primeiras tentativas são frustradas, e o desânimo ameaça tomar conta de seu espírito alegre.
Após cinco tentativas de falha, a garota finalmente consegue conjurar uma pequena faca prateada, adornada com detalhes azuis brilhantes. Um suspiro aliviado escapa de seus lábios, formando um breve sorriso de satisfação. Embora a arma seja modesta, a princesa sente-se fortalecida, preparada para enfrentar ameaça que se apresente.
No entanto, uma tensão persiste quando seu olhar se fixa no arbusto próximo a ela, que começa a se agitar freneticamente. Seu coração dispara novamente, e a pequena faca prateada é erguida em posição defensiva. A expectativa toma conta de seu ser, enquanto ela se aproxima cautelosamente do arbusto, os olhos atentos e alerta para qualquer movimento.
De repente, o movimento cessa abruptamente, dando lugar a uma risada ainda mais macabra, mais arrepiante que todas as anteriores. A princesa se vê paralisada, como se o tempo tivesse suspenso seu curso. Com movimentos lentos e deliberados, ela se vira para encarar quem quer que esteja atrás dela, uma mistura de temor e curiosidade em seus olhos.
Ao baixar a pequena faca, a princesa solta um suspiro aliviado ao constatar que a figura diante dela é uma criança. Seus longos cabelos ondulados exibem tons de verde, combinando com seus penetrantes olhos da mesma cor. Vestida em trajes verde e rosa, a garotinha sorria de forma amedrontadora, como se soubesse segredos sombrios que ninguém mais ousaria descobrir.
A princesa reconhece imediatamente a criança como uma das gêmeas, irmã da amiga de Andric. As gêmeas eram conhecidas em todo o castelo por sua aura assustadora e habilidades manipuladoras. No entanto, algo desperta a curiosidade em Hruna.
-Onde está a outra gêmea?- disse para si, fazendo a menor alargar seu sorriso.
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