Capítulo 38 - Sinergia

23 2 0
                                    

Reino De Wyndoria - Ao Norte

Num cenário assolado pela destruição e envolto em um manto sombrio, o ambiente se desdobrava em um terrível espetáculo de caos e desespero. O céu avermelhado, desprovido de sua serenidade celestial, parecia arder com um fogo antinatural, lançando uma luz sanguinolenta sobre a paisagem de pesadelo que se estendia diante dos olhos. Nuvens espessas e opressivas se contorciam e se aglomeravam, formando figuras distorcidas e macabras, como se o próprio tecido do mundo estivesse desmoronando.

Daquele céu deformado emergiam seres grotescos e sombrios, suas formas distorcidas e retorcidas se materializando nas sombras. Corpos retorcidos e angulosos, com olhos brilhantes e ardentes como brasas ardentes, pairavam no ar, descendo em um movimento sinistro em direção ao solo. As asas negras como a própria escuridão batiam com um zumbido ensurdecedor, enquanto garras afiadas e mãos retorcidas estendiam-se para capturar qualquer ser vivo em seu caminho.

No solo, o cenário era igualmente terrível. Uma fenda negra, como uma cicatriz profana no tecido da realidade, abria-se lentamente com o passar das horas. Uma aura negra e arrepiante irradiava dela, como se emanasse diretamente do abismo mais profundo da existência. O chão tremia sob os pés, rachaduras sinistras se formando como veias de escuridão.

A batalha estava em pleno curso, um turbilhão caótico de destruição e desespero. Seres da luz, valentes e destemidos, combatiam com todas as suas forças, suas armas cintilando e faíscas de energia luminosa se chocando contra as criaturas sombrias. Entretanto, mesmo sua bravura parecia insuficiente contra a maré avassaladora da escuridão. Bestas terríveis, seres disformes e horrores inimagináveis avançavam, sua presença tenebrosa esmagando qualquer esperança.

Explosões violentas rasgavam o ar, lançando destroços e fumaça em todas as direções, obscurecendo ainda mais o cenário apocalíptico. Ruínas que um dia foram majestosas muralhas agora jaziam em pedaços, suas pedras despedaçadas e espalhadas pelo solo ensanguentado. Gritos de dor e agonia ecoavam pelo ar, misturados com os estrondos e estrondos constantes que pareciam sacudir a própria terra.

No cerne desse turbilhão de caos e destruição, um homem de presença majestosa emergiu. Seus cabelos escuros balançavam ao vento como uma sombra dançante, contrastando com sua imaculada vestimenta branca adornada com detalhes e joias em tons de rosa. Seus olhos irradiavam um brilho intenso, uma tonalidade rosa-dourada que parecia refletir a força de sua magia. A energia que emana dele toma forma, manifestando-se como faíscas cintilantes de rosa e ouro que dançavam em suas mãos.

Com um movimento fluído e enérgico, ele lançava essa magia em direção às criaturas grotescas que avançavam. Cada explosão de sua magia era como um clarão de esperança em meio à escuridão, jogando os inimigos para longe e deixando um rastro de faíscas que iluminava o campo de batalha. As feridas de seus aliados se fechavam e suas energias se renovavam, uma onda curativa que parecia desafiar as próprias leis da natureza.

Seus olhos brilhavam com intensidade, o rosa brilhante irradiando de sua íris como um farol poderoso. Suas mãos se moviam com uma graça intrínseca, como um maestro dirigindo uma sinfonia de destruição e renovação. Suas veias pulsavam em um tom rosado, um testemunho do imenso poder que ele convocava em seu esforço hercúleo para proteger seu povo.

Nesse momento crítico, a arqueira vestida de prata cortou o tumulto de batalha com seu grito desesperado, chamando o homem. 

-JIN!- sua voz trêmula e urgente cortou o ar carregado -AS CRIATUAS CERCARAM O REI!- Jin respondeu com uma agilidade sobrenatural. Deixando um rastro de faíscas rosa e ouro em seu rastro, ele atravessou a tumultuada cena de batalha.

Com destreza e velocidade, ele desviou das criaturas grotescas que tentavam bloquear seu caminho, seus movimentos quase parecendo uma dança coordenada com a destruição ao seu redor. Chegando ao rei, Jin realizou um ato quase miraculoso, movendo-se com tanta rapidez e precisão que a visão dos espectadores mal conseguia acompanhá-lo. O rei desapareceu e reapareceu em locais estratégicos, evitando os ataques das criaturas.

Zhoraha A Sinfonia Do Abismo - Kim Taehyung (Livro I)Onde histórias criam vida. Descubra agora