Capítulo 17 - A Gata e a Raposa

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Aviso!

Pode conter gatilhos relacionados a conservadorismo e assuntos LGBTQIA+, mas creio que tratei tudo com muito carinho e atenção. ♥

Boa leitura!

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Terminava de ler as mensagens de Winter em nossa conversa, todas relacionadas ao o que comprar de presente para Karina, já que por um comentário da morena, disse gostar de receber presentes.

"Não sei, o que ela gosta?" — Gahyeon

"Ainda não sei." — Winter

Escuto o registro do banheiro, e mesmo que demorasse para Handong sair, me arrumava sentada no sofá. Novamente, caí em um canal de leilão, mas dessa vez de joias antigas!

"Vou descobrir e te falo." — Gahyeon

Não espero a resposta dela, apenas desligo a tela do meu celular e deixo no apoio de braço do sofá. Escutava na televisão o absurdo que era o preço de um anel com uma pedra vermelha em cima e de como ricos são bestas de comprar algo como isso... Mas não ia externar isso em voz alta, já que tem uma grande chance da família de Handong ser esse perfil.

Escutava a porta do banheiro abrir, assim como os passos de Handong se aproximando do sofá. Mantenho meus olhos na televisão, não por desinteresse, e sim para dar mais conforto a ela. Em minha cabeça fazia sentido, já que Handong passou o caminho todo de cara-amarrada e dizendo que iria me dar trabalho. Ela se senta ao meu lado, e com o canto de olho, a vejo com a toalha segurando seu cabelo para cima, vestindo minha camiseta grade e larga de banda, com um short de pijama também emprestado.

— Por que você está assistindo isso? — Perguntava ela, virando a cabeça lentamente para mim.

— Sei lá. — Me viro para ela, encarando a toalha em sua cabeça. — Estava no celular, só deixei de fundo mesmo.

— Entendi. — Seu tom era seco, ao contrário dos fios loiros que ela revelava ao abaixar a toalha da cabeça. — No celular. — Resmungava um pouco mais, enquanto calmamente, secava os cabelos.

Estranhava aquele comportamento, assim como seu desviar de olhos para a televisão. Respiro fundo, e com um longo suspiro, salto do sofá. Caminho até atrás do mesmo, pegando a toalha de sua mão e secando seu cabelo.

— Está brava com o resultado? 

— Não, Gahyeon. — Dizia entre uma bufada e outra, e seus braços se cruzam com força. — Esquece.

— Me fala logo, capitã. Poxa, tentei meu máximo no jogo, e sei que quando minha posição erra, nosso time toma ponto, mas mesmo assim eu-

— Gahyeon, não tem nada a ver com o jogo. — Handong me cortava, e em seguida, soltava um longo suspiro, descruzando os braços em seguida. Não havia percebido, mas minhas mãos paravam, como se estivesse esperando algum tipo de autorização para continuar. 

Handong se vira levemente, me olhando por cima dos ombros. Sua boca abre, como se fosse iniciar algo, mas desistia.

— Handong, pode me falar. Se vamos, sei lá, ter ou se tivemos algo, saiba que a confiança é nosso primeiro passo.

Handong engolia seco, pegando a toalha de minha mão e colocando no encosto do sofá. Ela se vira, ficando de joelhos em cima do assento do sofá e inclinava o corpo para frente, ficando extremamente próxima de mim. Suas mãos, apoiadas no encosto do sofá, escorregam, procurando as minhas.

— Não sei dizer quando, mas comecei a gostar de você. — Suas mãos desciam calmamente pelo meu braço, e subia, em uma carícia de ponta de dedos. Aquilo me arrepiava. — Mas existem tantas coisas, Gahyeon, que não sei se isso é o certo a se fazer.

LOVE COURT - GAHDONG - FanficOnde histórias criam vida. Descubra agora