Capítulo 12 - Agridoce

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Nois tarda, mas não falha! Voltamos, como estão? ♥ Frio na barriga ainda?

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O poste acima de mim piscava várias vezes, apagando por um longo minuto. Para ser sincera, não sabia se era longo, não estava raciocinando direito.
Algumas pessoas passavam por mim, me encarando, e até mesmo uma senhora parou para perguntar se estava tudo bem, e eu apenas levantei o dedão em confirmação. Atitude que minha mãe bateria em mim!

Escuto sons de garrafas, assim como passos parando ao meu lado. Se não tivesse bloqueado minha vista do mar, eu não reagiria, mas, levanto os olhos, vendo o senhor que guardou minhas bebidas sorrindo para mim.

— Precisei fechar mais cedo, toma, suas bebidas.

— Ah... — Tento pegar a sacola, mas ele afasta brevemente, me fazendo quase perder o equilíbrio. O encaro confusa, me colocando sentada e estendendo a mão para ele. 

— Agora sim! — Ele dizia animado, colocando a alça da sacola em minha mão. — Não fique aqui a noite, garota, é perigoso.

Estranho o senhor, o encarando fundo nos olhos. Ele ria, se despedindo e caminhando pela pista de corrida da praia. Não que o senhor estivesse errado, mas na real, nem notei que estava ali há tanto tempo. Me levanto, andando curvada para frente até a escadaria para a rua da minha casa.

— Moça! Você esqueceu sua bola! — Escutava uma voz masculina atrás de mim, me fazendo olhar por cima dos ombros. Ele segurava a bola que Handong trouxe para "treinarmos", e de fato, esqueci. O garoto era familiar, mas sinceramente, estava sem cabeça para tentar lembrar, além de estar um pouco escuro.

— Joga aí. — Ergo a mão, me virando para ele.

O poste da mais algumas leves piscadas, para ver de relance quem poderia ser. Ainda era familiar, mas não sabia dizer. Já ele, prestes a jogar a bola, abre um largo sorriso e desiste de jogar.

— Espera, já jogamos antes! Você é do colégio Aoba Johsai? — Ele se aproxima, colocando a bola debaixo do braço e me estendendo a mão. — Dividimos posição! Pô, aquele jogo foi maneiro!

— Ah, é você... — Meu tom era desanimado e não tentava disfarçar isso. Mas coitado, ele parecia tentar ser simpático. Pego a mão dele, o cumprimentando. — Me desculpa, não me lembro muito do dia...

— É, tô vendo. — Ele me corta, ainda sorrindo. O garoto tira a bola debaixo do braço, me estendendo. — Parece que tá tendo um dia difícil! Precisa de uma ajuda, parceira?

Pego a bola, colocando debaixo do meu braço. Olho para o mar por um breve instante, e retorno para o garoto. Era engraçado a animação dele, chegava ser contagiante. Deixo um sorriso de canto sair, e ergia o queixo para o rapaz.

— Hoje eu passo... — Ergo a sobrancelha, e rezava para ele entender o que eu queria dizer.

— Verdade, não me apresentei! — Ele aponta o dedão para si. — Pode me chamar de Mark, é um prazer... Gayon?

— Gahyeon! — O corrigia, rindo. De todos os erros com meu nome, aquele não recebi ainda. — Mas obrigada, Mark, vou para casa descansar, tem algumas coisas para fazer.

— Tem certeza? Vou jogar com pessoal agora, não quer vir? — Mark me chamava com a cabeça.

Com um pouco de dificuldade, pego meu celular com a mão da sacola, para ver a hora. Estava um pouco tarde mesmo, mas dava vontade de aceitar. Passo os olhos pela praia, até voltar para meu celular. Desbloqueio o celular, indo até os contatos e estendendo para Mark.

LOVE COURT - GAHDONG - FanficOnde histórias criam vida. Descubra agora