HIM: Bill Kaulitz. > CONCLUÍDO

Cap 16- Last Night in Brazil.

                                  Addy

      Chegamos no hotel e almoçamos. Cada um foi para o seu quarto. Acabou que na volta da praia, os meninos decidiram ir em alguma boate da cidade. Então, seria só eu pelo restante da noite. Tomei um banho assim que voltei para o quarto. Tive que lavar a peruca, secar e escovar. Além de fazer isso no meu próprio cabelo. Tudo isso levou umas 2 horas. Por fim, já estava exausta. Já eram 19 horas, como os meninos já deviam ter saído, não coloquei a peruca, só prendi meu próprio cabelo e fiquei deitada lendo o livro. Depois de uns 10 minutos, resolvi colocar a peruca e trançar a mesma. A trança embutida ficou péssima, com diversos fiapos soltos. Que coisa horrorosa. Estou tão entediada que poderia citar todas as falas de Crepúsculo. Eu deveria ter ido com eles. As notícias do nosso show com a TH não param de sair em jornais e no exterior. Parece que a Riders agora tinha uma certa fama.

     Pego o telefone e peço um hambúrguer com refrigerante. A entrega demora menos de 30 minutos, o que acho estranho. O entregador bate na porta e levanto da cama ajeitando o short e a blusa de manga longa. O ar condicionado fica ligado o tempo todo, é impossível ficar nesse lugar sem um desse. Caminho até a porta e quando abro a mesma, os meninos saem entrando pelo quarto com um monte de sacola do Mc Donald's.

    - Mas que porr4 é essa? - pergunto sem entender e rindo sem parar.
- A gente não ia deixar você morrendo aí, né, Elle - diz Georg abrindo as sacolas e tirando o que parecem ser uns 20 mc lanches que não acabam mais. Caio na gargalhada.
- Não acredito nisso - e rio mais ainda.
- Já que  você quase desfaleceu hoje na praia, decidimos ficar aqui e deixar você escolher o que quiser para fazermos. -  diz Bill
- A ideia foi dos seus meninos, agradeça a eles - diz Gustav apontando para Eddie e Finn. Sorrio para meus meninos.

      Uma hora depois de todo mundo ter comido, 3 sanduíches cada um, estamos agora  assistindo Crepúsculo enquanto dublo as falas e os meninos parecem preferir qualquer coisa a isso. Não sei em que momento isso aconteceu, mas Eddie e Georg agora estão imitando Edward e Bella, enquanto Finn finge ser Jacob. Eu, Gus e os Kaulitz estamos rindo descontrolados na cama, fazendo minha barriga doer de tanto gargalhar.
    Depois, colocamos karaokê e cada um fez a apresentação e todas ficaram horríveis. Fomos de Britney Spears a Goo Goo Dolls. Não fomos muito longe, já que acordamos cedo e a praia naturalmente cansou todo mundo. Um a um, fomos indo pra cama. Meia noite todos já estavam largados pelo quarto, dois colchões de solteiro vieram parar aqui, além da minha própria cama de casal e mais uma de solteiro. Na cama de casal  estavam Tom, Bill e Finn, no chão, Gustav e Georg, eu dormi na cama de solteiro e Eddie montou uma suposta cama que mais parece um ninho, só com cobertores do outro lado. Um verdadeiro caos.
      São duas da manhã e sou a única acordada. Não consigo dormir. Levanto com cuidado e vou pra varanda. O ar está abafado, mas graças à praia em frente, não está tão quente agora. A vista é linda. Mesmo nesse horário, a cidade parece nunca dormir.

      Ouço alguém levantando, e não demora muito até Bill aparecer.

    - Não consegue dormir também?

   - Não.

   - Que horas  vocês viajam amanhã? Ou hoje.

  - Vamos depois do café.

  - Hm.  - um silêncio predominou por um tempo antes dele dizer - você acha mesmo que errei feio assim? Com Addy.

- De verdade?

- Sinceridade.

  - Sim. - ele suspira passando a mão pelos olhos.

  - Eu não sei o que fazer...

  - Olha, Bill... quando acabar essa viagem, vocês deviam se encontrar e conversar. Colocar os "pingos nos i's". Pelo que entendi não foi a primeira vez... e também, parece que vocês tinham algo sério.

  - Na verdade, não tínhamos nada oficial. Nem deu tempo, também.

  - A viagem de vocês acaba em dois dias. Aproveita esse tempo para pensar em  como vai falar e o que vai falar. Se é tão especial, certamente vai se alinhar - digo.

   - Valeu, Elle. Queria que tivéssemos tido mais momentos assim. Quer dizer, não  falando sobre Addy mas... você entendeu - ele ri, me fazendo rir também - você não vai entrar? - pergunta, se levantando.

  - Depois, vou ficar mais um pouco.

  - Tudo bem, boa noite, Elle.

- Boa noite, Bill.

       Já passa das 3 quando decido entrar sendo derrubada pelo cansaço.  Deito na cama e logo pego no sono.
Acordo de manhã com alguém rindo e demoro um pouco a perceber que diabo que tá acontecendo. Gustav e Georg estão desfazendo a cama e tentando levar pelo corredor. Não consigo controlar e começo a rir. Ai, mas que merd4. O restante do pessoal acaba acordando depois de nós três ficarmos rindo. São 10 da manhã e precisamos ajeitar as coisas para irmos embora. As minhas coisas estão quase todas prontas, então levanto da cama, coloco o óculos e vou para o banheiro. Tomo um banho rápido, ajeito a peruca e visto a roupa. Está frio na Alemanha, então coloco uma calça legging grossa, uma blusa de manga comprida e um moletom grosso. Que difícil vai ser sair com isso nesse calor.

    Meia hora depois, estamos terminando o café. Ray chega dizendo que está tudo pronto.

   - Então é isso - diz Finn.

  - É. Foi bom enquanto durou - diz Gustav fingindo chorar.

  - Obrigada, meninos. Pela oportunidade e pelos dias incríveis. Nos encontramos por aí. - digo, abraçando cada um deles. Tom me aperta forte antes de soltar. Entramos no carro com Ray e seguimos para o aeroporto.
— Tchau, Elle. Foi ótimo estar com vocês. — disse Bill.

   

Quebra de tempo

Chego em casa depois de 12 horas no avião e mais 1 até chegar aqui. Estou cansada, mas dormi bastante na viagem. São pouco mais de 3 da manhã agora. Pego o celular e mando mensagem para os meninos dizendo que chegamos. Eddie e Finn me deixaram em casa antes de cada um ir pra sua.
Tiro a peruca e me jogo na cama, fechando os olhos por uns momentos. Que fim de semana incrível.
— Addy? – ouço alguém me chamar.
— Aqui — e vejo minha mãe se aproximando.
— Oi, filha. Chegou há muito tempo? Como foi?
— Cheguei ainda agora. Foi incrível, mãe... nada além, apenas incrível. Essa é a palavra.
— E você foi como você ou montada? – ela me olhou me julgando. Fico em silêncio e sorrio desviando o olhar.
— Eu já sei tudo que você vai falar, mãe.
— E parece que nunca é o bastante, né, mocinha? Essa história está confusa demais, é questão de tempo até vocês se enrolarem. — ela diz, beijando o topo da minha cabeça. — E seu aniversário?
— O que tem?
— É daqui a 2 dias, filha. Já decidiu o que vai fazer? — me dou conta que fiquei tanto tempo entretida que esqueci.
— Eu não sei, mãe... sinceramente — digo esfregando os olhos.
— Tudo bem. Ainda temos tempo. Vou voltar pra cama. — ela se aproxima e deixa um beijo na minha bochecha — Boa noite, filha.
— Boa noite, mãe.

Estou sozinha no quarto novamente. Levanto e ajeito a peruca em minhas mãos, penteando a mesma e guardando no armário. Tomo um
banho quente e coloco um pijama. Coloco uma calça flanelada e uma blusa de manga comprida. Deito na cama com meu laptop e fico vendo vídeos da banda tocando ao vivo em alguns lugares. Como pode eu já estar sentindo falta deles?

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