CAP 7- The Nightclub

620 75 7
                                    

                                   Bill
      
  Mal consigo processar o que acabou de acontecer. Eu podia jurar que estava rolando algo entre mim e Addy, mas não tão descarado dessa forma. Não tanto até os meninos perceberem. Até Tom perceber.
  Faz 1 dia desde que encontrei a menina com a caveira no rosto e desde então, volto e meia me faço lembrar dela. Da voz, do seu estilo. Precisaria levantar essa pauta com os meninos, convidar a banda para tocar conosco em participação especial.
  Addy encontra seu olhar no meu, o que me faz fugir dos meus pensamentos. Put4 m3rda, ela está linda. Exatamente como sempre imaginei que estaria. Ela faz eu me sentir nervoso, e lido com milhares de garotas em cima de mim e não sei lidar com um único sorriso vindo dela.





                                    Addy

Solto a mão de Bill apenas para me virar para ele.
— E então? Qual o plano? – grito por cima da música.
— Sinceramente, linda, não faço ideia. Os G's combinaram com as garotas deles aqui, e Tom nessa altura do campeonato... – ele aponta na direção do irmão pegando uma garota loira com o mesmo estilo de roupa do meu.
— Então somos só nós dois? — pergunto com o coração acelerado
— Pelo visto, sim – diz segurando seu piercing da língua entre os dentes. O gesto me faz ficar bamba — você bebe, Addy? Vou pegar algo pra mim, o que você quer beber?
— Um martini, Bill, por favor — peço e ele se vira indo na direção do bar. Percebo ele olhando por todo o local como se... procurasse por alguém? Talvez pela minha versão de Riders? Não... quer dizer, ele deve ter tantas mulheres lindas e gostosas em cima que... quem sou eu?
  Vejo Tom pegando a loira e seu olhar se volta pra mim. Ele me avalia de cima a baixo o que me faz desviar o olhar, e quando retomo, vejo o final de um sorriso e volta para beijar a garota.
  Bill traz as bebidas, ele pediu uma bebida de alguma fruta vermelha, chuto Morango, já que era a favorita dele quando criança. Bebemos e conversamos um pouco, mas chega a certo ponto que fica inaudível.
Então, terminamos as bebidas e ficamos sem muito o que fazer ou falar. Olho em volta e vejo a pista que estava lotada, e pelo que entendi, a banda sempre fica pelos cantos, para não chamar muito atenção e para caso de acontecer algum sinistro, eles não ficarem cercados. Sinto um puxão na calça que me faz pular de susto e por pouco tropeçar, Bill me puxa para ficar entre suas pernas. Eles está sentado e mesmo assim parece ter mais de 1,80 nessa posição. Fico de frente para ele enquanto suas mãos estão entrelaçadas na altura do meu quadril. Meu coração está saltando pelo peito e tenho medo de mesmo com todo esse som alto, ele consiga ouvir a rapidez que ele bate. Ele passa a mão pelo meu rosto e desce com a ponta dos dedos pelo meu pescoço até chegar na altura do meu colar. Engulo em seco observando o jeito que está agora. Me inclino para beija-lo, estamos tão próximos que mal consigo respirar, e de repente sou brutalmente interrompida e caio no chão depois de um empurrão de 3 fãs.
— MEU DEUS, POR FAVOR BILL TIRA UMA FOTO COMIGO – grita uma
— ELA É SUA NAMORADA?
— EU NEM ACREDITO QUE É VOCÊ MESMO!!!
Bill se agacha ao meu lado para me ajudar a levantar, e encaro as 3 garotas de modo sério, o que as faz recuar e diminuir a histeria.
— Você se machucou? Está tudo bem? — Bill me pergunta analisando meu corpo em busca de machucados.
— Estou bem, eu espero.
Antes de virar para dar atenção às 3 garotas, ele se aproxima e me dá um selinho rápido dizendo "valeu, linda". Sento na bancada observando as meninas estarrecidas diante de toda essa cena e as percebo sem graça.
— Relaxa, meninas, ele é solteiro, somos amigos de infância — pisco o olho para Bill que olha de soslaio para todo meu corpo e vejo passar a língua pelos lábios.
— É, se ela diz — responde ele.
E as meninas dão risadinhas conforme ele vai interagindo com elas. Salto do banco para ir ao banheiro, passo a mão pelo ombro de Bill que sinaliza e sigo em direção ao banheiro. Esbarro em Georg com tanto batom no rosto que não seguro a risada, e o mesmo me olha grogue, a ideia de não beber durou pouco. Esse vai estar péssimo amanhã. Entro no banheiro e faço xixi. Me ajeito e lavo as mãos, conferindo minha maquiagem, e retoco meu batom.
Quando saio, alguém puxa meu braço, olho para cima e vejo Bill com brilho nos olhos. Nos olhamos por um tempo até ele falar.
— Você está exatamente como pensei que estaria, Addy. — ele passa a mão pelas minhas costas quase nuas, o que me faz aproximar dele — linda.
Fecho os olhos e o beijo. O beijo prometido depois de tantos anos. É uma mistura de desejo e carinho. Saudade e cuidado. Ele me vira contra a parede e segura meu rosto com as duas mãos, nos beijamos tão intensamente que mal respiramos, mas não quero parar. Não posso, não antes dele ir embora de novo. O ouço ofegar, o que me faz desmanchar inteira. Ouvimos a porta do banheiro abrir e a claridade invadir o corredor que estamos e nos deparamos com Tom. O olhar amargo sobre nós me faz ter dúvidas sobre algo que possa estar acontecendo e eu não saiba.
    Me afasto relutante de Bill, que não quer que eu o faça, mas acaba cedendo enquanto olha com raiva para o irmão.
  - Qual teu problema, hein, Tom? - pergunta Bill de repente o que me assusta.
   Tom bufa e sai esbarrando em Bill. Olho para essa cena sem entender o que aconteceu.
  - O que foi isso? - pergunto.
  - Sinceramente, Addy, Tom ficou afim de você desde que a viu hoje de manhã. Ele comentou assim que chegamos no hotel.
- Mas... eu não entendo. O Tom? Quer dizer, nenhum problema ser ele, mas eu nunca nem dei indícios de alguma coisa entre nós dois.
  Bill revira os olhos e me manda esquecer a situação. Meu celular apita e vejo a notificação de Eddie.

"Show 19h no Rock's amanhã. Ensaio no Finn às 9h."

Leio rapidamente e mando um "ok" para ele. Bill está tentando ver o que está escrito, então, guardo rápido o celular.
  - Tudo bem aí, linda? - pergunta, bastante curioso. - Não é nenhum namorado, é? - rio diante da pergunta. Eu nunca ficaria com alguém tendo Bill. Mesmo de longe.

- Fala sério, vamos embora.

Puxo-o pela mão enquanto procuramos por Gustav, Georg e Tom. Encontro os G's claramente derrotados, suponho que suas companhias já tenham ido. Não encontramos Tom em lugar nenhum. Seguimos para o carro. Dessa vez, Gustav e Georg foram na frente, Gustav de motorista porque foi o único que não bebeu. Então, fui atrás com Bill. Enquanto nos ajeitávamos, tentamos ligar para Tom. Três vezes. Nada. Na quarta vez que Bill tenta, uma mulher atende.
  - Quem é? - pergunta a voz aguda.
  - Cadê o Tom? - pergunta Bill, com uma certa preocupação na voz.
  - Ah - ela dá risadinhas - ele está bem ocupado agora. – ouço um gritinho pelo celular.
  - O que foi, Bill? – pergunta Tom.
  - Cadê você? Estamos no carro, vamos embora.
  Ouvimos um gemido e Bill tira do viva-voz e paramos de ouvir o que quer que ele estivesse fazer.
   – Certo, ele não vem. Vamos, Gustav.
  Bill parece claramente chateado diante de tudo isso.
  - O que houve? – pergunta Georg.
  - Ele está puto e bêbado em algum lugar. Ele sabe os riscos e sabe que as fãs desconfiam de onde estamos frequentando. Esquece.
  O silêncio recai sobre o caminho todo e vejo Bill olhando pela janela. Me aproximo e deito a cabeça em seu ombro enquanto as paisagens passam.
   Não gosto da ideia de imaginar Tom sozinho com uma mulher desconhecida. Mal viramos a rua do hotel e mal conseguimos parar. Tinha no mínimo 30 fãs no Hall de entrada.

VOTE E COMENTE 🩷

HIM: Bill Kaulitz. > CONCLUÍDO Onde histórias criam vida. Descubra agora