Capítulo 7

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P.O.V Alec

- Sonserina!

Essa palavra ficou rondando a minha mente...

Todos estavam em silêncio, meus irmãos me olharam assustados...

Isso não pode ser verdade! Não pode!

Derrepente eu ouvi a mesa da Sonserina explodir em palmas. Eu não conseguia me mexer, não conseguia respirar, meu coração está muito acelerado...

Não conseguia sair do lugar, eu estava travado naquela cadeira...

Vi uma garota morena com cabelos cacheados levantar da mesa da sonserina e vir na minha direção, ela parou na minha frente em silêncio e estendeu a mão com um sorriso doce.

-Vem comigo?- ela perguntou baixo.

Segurei a mão dela, eu estava tremendo muito. Ela sorriu novamente e me puxou fraco. Ela me levou até a mesa e sentou ao meu lado.

-Bom... vamos continuar!- professora Minerva falou.

-Prazer! Sou Pansy Parkinson!- aquela garota morena disse estendendo a mão novamente.

-Alec!- falei apertando sua mão.

Várias outras pessoas foram chamadas pela professora. Mas eu não escutei nada. Estava preso em meus pensamentos. Oque meu pai vai fazer quando descobrir?

Saí dos meus pensamentos quando ouvi um barulho agudo de uma taça.

-Atenção porfavor!- falou Minerva, batendo com um talher em sua taça.

O diretor se levantou lentamente e ergueu os braços um pouco para cima.

- Que se inicie o banquete!- ele disse alto e varios tipos de comidas apareceram nas mesas.

- Uau!- ouvi Pansy dizer se sobressaltando.

Todos começaram a servir as comidas, mas eu apenas fiquei olhando. Não estou com fome! Não tenho apetite pensando no meu pai.

-Não vai comer Alec?- perguntou Pansy.

-Não estou com fome!- falei calmo.

-Você deveria comer! Para não passar mal depois!- ela disse.

Sorri verdadeiramente para ela, Pansy é legal. Deve ser verdade o que dizem:

"Ou quem sabe você pertence à Sonserina. E ali fará seus verdadeiros amigos. Homens de astúcia que usam quaisquer meio, para atingir os fins que antes colimaram."

-Tudo bem...vou tentar!- falei olhando para o prato.

-Que bom!- ela disse.

Coloquei um pouco de comida no meu prato e comi devagar.

Depois de jantamos, fomos chamados pelo monitor da Sonserina, Avery, de altura média alta, pele clara, olhos azuis marinho, e de cabelos castanhos. Para nós levar até o salão comunal.

Não sai do lado de Pansy em nenhum momento. Não quero ficar sozinho. Quem será que vão ser os meus colegas de quarto? Eles vão gostar de mim??

-Sonserina!! Sigam-me!- disse Avery com uma voz grave. - E prestem atenção nas escadas! Elas gostam de mudar!- ele disse, fiquei confuso.

-Como assim mudar?- Pansy perguntou.

-Também não sei!- dei de ombros.

Paramos de andar quando uma escada acima de nós se moveu. Arregalei os olhos.

-Isso é incrível!- falou Pansy, impressionada.

-Continuem! Vamos! Vamos!- disse Avery. Continuamos a subir as escadas, vendo os quadros se moverem.

-Bem vindos!- disse uma mulher loira em um quadro, sorrindo. Andamos por mais uns longos corredores, até que chegamos na masmorra. Paramos em frente a uma parede de pedra, onde há o símbolo da Sonserina.

-Cabeça de Dragão- Avery falou e uma porta se abriu na parede. Entramos pela porta, e quando saímos estávamos no salão comunal. Eu adorei!

  É belíssimo, as paredes são de pedra, há várias estantes, sofás pretos, tapeçarias com aventuras de Sonserinos dos tempos antigos, além de quadros de bruxos importantes como Horácio Slughorn, para todos os lados que você olhar, vai ter muitos detalhes em verde. A iluminação daqui tem uma atmosfera verde, por conta das masmorras serem perto do Lago. Tudo aqui é muito luxuoso, fiquei impressionado.

-Juntem-se todos!- falou, Avery. -Os dormitórios masculinos ficam à direita, e a esquerda os femininos. Todos os seus pertences já foram levados para seus devidos quartos.... já podem ir!- Avery disse.

- Tchau Alec! Te vejo amanhã!- Pansy falou.

- Tchau!- respondi.

Meu coração acelerou, espero que meus colegas não sejam chatos.

Segui os outros meninos até os quartos. Em todas as portas havia os nomes dos garotos que ficariam nos quartos. Procurei meu nome em todas as portas, estava quase desistindo quando a vi. A última porta do corredor.

Alexander Lightwood, Sebastian Morgenstern e Raphael Santiago.

Meus colegas de quarto. Respirei fundo e entrei. O quarto tem o mesmo aspecto  que o salão comunal, é muito luxuoso e espaçoso. Percebi também que Khai estava em sua gaiola ao lado da minha cama. Sorri para ele.

-Ei! Você é Alexander, não é?- um dos garotos que entrou antes de mim perguntou.

-Sim, mas pode me chamar de Alec!- falei baixo.

-Tudo bem Alec! Sua cama é a da janela! Sortudo!- ele falou, sorri fraco e fui até a minha cama.

-Qual é o nome de vocês?- perguntei me sentando na cama.

-Eu sou Raphael Santiago!- falou um dos garoto.

Assenti.

-Eu sou Sebastian!- o outro disse.

-Tudo bem! Raphael e Sebastian!- falei apontando para cada um. Eles assentiram sorrindo.

-Isso aí!- falou Sebastian.

-A sua coruja... é uma coruja das neves?- perguntou Raphael.

-Sim!- falei.

-Ela é linda!- ele disse, sorri fraco.

-Eu estou exausto! Vou dormir!- falou Sebastian, trocando de roupa.

Também peguei minha roupa, mas fui em direção ao banheiro do quarto. Não quero que eles vejam minhas costas.

Entrei no banheiro, tirei a blusa lentamente, cuidando com os machucados. Olhei para minha blusa e ela estava manchada com um pouco de sangue. Terminei de trocar a roupa e sai do banheiro, vendo os dois garotos já deitados em suas próprias camas.

Deitei na cama de lado, lentamente e com cuidado, para não piorar ainda mais minhas costas. Essa cama é melhor que a minha! Fiquei olhando para fora da janela, olhei para Khai que estava na sua gaiola e comecei a pensar.

Um grande alívio foi tirado de mim agora, pelo menos meus colegas de quarto são legais, e não disseram nada sobre eu ser um Lightwood. Mas só de pensar no meu pai eu ja fico tenso. Será que ele já sabe que eu sou da Sonserina? Eu realmente espero que não!

           

The Legacy - MalecOnde histórias criam vida. Descubra agora