capitulo ocho

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Manjiro Sano

— tenho uma coisa para avisar a vocês. — Falo baixo, mas por estar silêncio acaba saindo alto e claro.

— Pois não, meu rei?
— sim, Boss?

Ken-chin me olha, o cenho franzido, acho que ele estranha o tratamento que Sanzu e Kokonoi me dão. Mas em partes eu já pedi para eles pararem com isso, nunca gostei desse tipo de coisa comigo, mas acontece que eles não param.

Então só me resta aceitar.

— Eu convenci Kisaki a me deixar ir para aquele lado da cidade, para fazer um serviço qualquer. — observo as reações atentamente. — Então eu vou para casa, ver meus irmãos agora. Não me esperem, quando estiver voltando eu vou os avisar...

— Meu rei, você não pode ir tão desprotegido assim... — Sanzu vem até mim, segurando minhas mãos.

Kokonoi imita o gesto, mas não me toca.

— Odeio concordar com ele, Boss, mas Sanzu tem razão. Não pode estar andando aí desprotegido...

— Ken-chin vai comigo, e izana vai estar lá. Além de obviamente Shinichiro. — Sanzu faz cara feia, mas Kokonoi concorda. — Lembrando que eu não tô pedindo permissão, entendo a preocupação, mas estou avisando a vocês.

Minha voz sai monótona, enquanto eu saio dali para pegar minhas coisas, ken-chin me segue, me parando quando estou com tudo e me enfiando um casaco pela cabeça.

— Está frio, idiota. — Ele resmunga me dando seu casaco, logo saindo da minha casa. Eu o sigo depois de vestir, me sentindo envergonhado.

Ninguém fala nada, acho que eles não perceberam, ou fingiram que não.

Enfim.

Subo na garupa da moto de ken-chin, minha cabeça viajando até os problemas que me aguardam.

Observo a fachada da minha antiga casa, sem querer entrar ali

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Observo a fachada da minha antiga casa, sem querer entrar ali. Dá pra escutar os gritos de longe, mas não sei se estou preparado para enfrentar a fúria de Shinichiro. Sei que é possível que ele entenda minha situação, mas não quero ver o que ele pensa de mim agora...

— Vai ficar tudo bem, mikey. — Ken-chin pega em minha mão, entrelaçando nossos dedos. Algo esquecido dentro de mim se aquece com esse ato, mesmo não podendo. — Ele vai te entender, não se preocupa.

— Não quero encarar que talvez ele me ache um monstro, nem nada do tipo... — Engulo em seco, e sem perceber a aproximação de ken-chin, ele me abraça rapidamente.

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