Toman

capitulo doce

Observo o ambiente à minha volta, a sala de estar é muito grande, mas com a quantidade de pessoas andando por aqui, parece muito menor. Observo Sanzu conversar com os irmãos haitani, parecendo muito concentrado. Olho mais em volta e vejo Kokonoi, com vários papéis em mãos e um semblante sério. Do lado dele está Takemichy, o semblante franzido. Kazutora, Baji e Chifuyu estão juntos em outro canto, kazu cheio de marcas no pescoço. Segurei o riso com isso, já que provavelmente eu estava do mesmo jeito.

Mais alguns estão por aqui, todos com o mesmo motivo: reunir todas as provas contra o Kisaki. Demorou muito tempo, mas finalmente tínhamos conseguido reunir todas as provas para o incriminar e o por de vez na cadeia.

Naoto está aqui como representante da polícia, ele havia ido ao banheiro, mas volta para perto de mim. Ken-chin ao meu lado inicia uma conversa tranquila com ele, me mantendo em seu colo. Meu celular toca, olho e meu coração para.

Me levanto devagar, indo para o quarto de ken-chin, atendo sentindo meu coração dar saltos.

— Kisaki.

— Mikey, meu rei marionete. — Kisaki ri, exultante. — Eu soube de algumas informações interessantes, gostaria de me explicar?

— Porque deveria? — Engulo em seco, sentindo minha mão tremer.

— Mikey, Mikey.... você deveria tomar cuidado. — escuto Emma gritar ao fundo e meu coração gela.

Não, não não.....

Izana estava com eles, e Kakucho.....

— O quê você quer? — minha voz sai mais ríspida do que eu gostaria.

— Cuidado Sano, ou eu posso acabar tendo que machucar a princesinha da família. — Uma lágrima desce por meu rosto, minha mão aperta o celular. — Eu sei que anda se encontrando com sua família, sei que recrutou Ken Ryuguji sem meu consentimento... o que mais você anda fazendo, meu reizinho marionete?

Fecho meus olhos, era óbvio que ele ia descobrir em algum momento. Eu deveria saber que não sairia impune, mas isso é uma oportunidade. Posso fazer uma emboscada para captura-lo. Se eu jogar certinho, posso o pegar.

Mas não posso falar com ninguém, apenas com Naoto.

— Onde? — Vou direto ao ponto, o escutando gargalhar.

— No lugar de sempre, estarei esperando.

E assim ele desligou, Engulo em seco e me movo até a sala. Tento agir naturalmente, eles notariam certo desconforto, mas com a situação atual seria compreensível. Olho para Naoto e indico para que me siga discretamente. Ele acena e eu saio do apartamento, ken-chin me vê indo embora com a pergunta clara nos olhos "quer que eu vá?" Mas eu ignoro, e vou caminhando sem olhar para trás, sabendo que Naoto está me seguindo.

Saímos do prédio lado a lado e caminhamos até a praça próxima, sem ninguém para me impedir de continuar, me viro para Naoto e sou direto.

— tenho um plano para pegar Kisaki, e talvez conseguir uma confissão.

— Como?

Explico que ele me ligou, pois descobriu que fui visitar meus irmãos e sobre ken-chin e que por isso iria me punir. Não entrei em detalhes sobre essas punições, só expliquei que ele fazia isso quando eu cometia erros e geralmente ele falava bastante. Naoto escutou tudo atentamente e no fim ficou calado, sua expressão seria.

— Entendo porque não quis falar sobre isso no apartamento. — Ele começa, cauteloso. — Mas tem certeza?

— se eu não tivesse não o teria chamado aqui e falado tudo isso. — Dou de ombros, ele me olha surpreso. — O quê foi?