Capítulo 13 - Cacos de vidro

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Acordei com minha mãe me chamando.

- Rosie, querida acorde, você vai perder a aula.

Me levantei indisposta, pois eu não quero ver a cara da Lolla, eu realmente não quero, nem a do seu primo Adam.

- Eu desço já, mãe.

Ela saiu e eu fui escovar os dentes e me vestir, pus uma calça preta rasgada no joelho, uma blusa branca de mangas com umas rosas pequenas espalhadas e minha jaqueta preta.

Desci as escadas com um frio no estômago, não posso negar que estou com muito receio de ver o Adam, nosso termino foi muito turbulento e com certeza eu o veria e veria a cara de alegria da Lolla. Apenas comi uma torrada e um café, peguei o carro e fui para a aula.

Cheguei no estacionamento e todos pararam para ver eu chegar em meu carro, a primeira cara que puder ver era a da Lolla e a do Dylan, perto de onde sempre estaciono meu carro. Parei o carro, e pude ver os cochichos sobre mim, respirei fundo e desci do carro.

A cara de deboche, alegria e nojo da Lolla para comigo, é aterrorizante, seu sorriso no canto de sua boca não disfarçava a felicidade que ela está em me ver longe do Adam e sem o Dylan. Derrotada, ela estava amando me vê derrotada.

- Está com a cara diferente, Rosie Bandeira, parece arrasada por ter sido enganada pelo primo, Adam. – Com sorriso de deboche.

As pessoas começaram a rir e a me olharem mais escancaradamente. Passei as mãos em meus cabelos e respondi:

- Diferente vai ficar a sua cara.

- O que, sua vadia ri...

Não a deixei terminar a frase, joguei minha mochila na cara dela e em seguida dei um soco em seu nariz, todos começaram a gritar e a rir da Lolla, ela me olhou atordoada e sem entender.

Apontei o dedo para sua cara atordoada e comecei a falar.

- Você não disse pra todo mundo que eu era uma vadia rica, eu vou te mostrar como a vadia rica faz.

Pulei em cima dela e a joguei no chão, comecei a dar socos no rosto dela, a raiva do que ela planejou pra mim me consume, e eu bati, e como bati, só ouvia os seus gritos de socorro. O Dylan tentou me segurar e gritava pedindo para eu parar, mas eu não saia de cima dela, a Lolla gritava desesperada.

- Sua desgraçada, eu não fiz nada com você, quem fez foi a May. Eu nunca tive nada a ver com essa merda. Eu nunca te fiz nada.

A Lolla tentou se defender, mas a minha ira não deixou, começamos a rolar no estacionamento uma segurando o cabelo da outra e por fim dei uma cabeçada no nariz dela, foi quando o Dylan consegui me puxar e me tirar de cima da Lolla, eu empurrei o Dylan e arrumei minha jaqueta e sai, sai de alma lavada e feliz, todos ficaram me olhando e quietos, o diretor Watson chegou em seu carro e ficou sem entender nada e também ninguém disse nada, nem mesmo a Lolla. Deixei todos no estacionamento perplexos e fui para a sala.

Entrei na sala e pude ver que o Adam não estava, era melhor assim, sem ver ele. As pessoas começaram a entrar e a me olhar, a Lolla foi a última a entrar, ela entrou segurando um lenço ensanguentado em seu nariz e me encarava com muita raiva, eu agi normal, pelo menos uma parte do problema havia se resolvido, a Lolla, mas já o Adam, não sei quando isso iria se resolver.

Passei todas as aulas quietas, eu podia perceber todos me olharem com um certo medo, ao sair da sala e andar pelo corredor as pessoas iam se afastando e eu passava no meio delas, até que o Dylan chamou pelo meu nome.

- Rosie. – Voz firme.

Eu senti minha espinha gelar, me virei e olhei fixo nele.

- O que quer?

Um dia as rosas secamOnde histórias criam vida. Descubra agora