Capítulo 14 - Escolhas inevitáveis

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Mais um dia amanhecia e minha dor diminuía, as flores na janela não mexem mais como antes.

Desci as escadas e o Roni já estava me esperando.

- Rosie, seu estilo me surpreende a cada dia. Então, sua mãe me disse que você namorava um tal Adam, que só fez você se afastar do seu amor, Dylan, me conta isso.

Pelo visto mamãe ama conversar com o Roni.

- O Adam é um assunto delicado, terminamos há poucos dias, mas ele era especial, e o Dylan... o Dylan não é tudo isso que minha mãe disse.

- Ela me disse que estava muito empolgada com o casamento, você se importa se eu falar essas coisas com você?

- Roni, se você é amigo da minha mãe, é meu amigo.

- Que bom, eu fui pesquisar mais sobre Lisboa e me apaixonei por sua cidade, por tudo.

As conversas com o Roni me faziam bem, mesmo que não nos conheçamos. Rapidamente chegamos ao colégio, mais um dia tudo monótono e sem o Adam vir.

O Roni estava me esperando no estacionamento e antes de entrar no carro, pude ver a Lolla e o Dylan se beijando, entrei no carro enojada.

- O que houve?

- Nada, só meu noivo beijando a garota que fez um inferno na minha vida pondo o seu primo, Adam, nela.

Roni emudeceu e fomos o caminho inteiro em silêncio, sai do carro e fui para o meu quarto com os olhos embargados, e mais uma rosa estava na janela e mais uma vez o dia se repetia.

Já estávamos no meio da semana, Roni veio me buscar e me levou para o colégio como de costume.

- Rosie, eu não soube o que falar sobre o seu noivo, quando você disse que ele esteja beijando outra, é que do jeito que seus pais falam, parece que ele te ama mais que tudo. Sua mãe sempre desabafa comigo.

- Roni, tudo é tão complicado, mas fico feliz por minha mãe se abrir com você, eu imagino como deve ter sido horrível pra ela ter que fingir para você que ama meu pai e tudo, mas que bom que ela confia em você.

Ele ficou me olhando sem entender.

- Pra mim parece que eles se amam demais, eles se beijam na minha frente.

Eu comecei a rir, eu nunca vi mamãe beijar meu pai.

- Então você é mais privilegiado do que eu.

Nós dois começamos a rir.

Chegamos no colégio e parecia que a fita se repetia, nada do Adam e a Lolla se achando. Roni veio me buscar, fiquei feliz ao ver ele. A única parte do meu dia diferente, é conversar com o Roni.

- Roni, eu gosto de conversar com você.

- Rosie, eu também gosto, o santo bateu.

Cheguei em casa e fui estudar, e mais uma rosa se fazia pressente na pilha que está formando. Já era noite quando meu pai foi em meu quarto.

- Rosie, amanhã você vai sozinha para a aula, o Roni tem coisas para fazer para mim.

- Certo.

Fui dormir logo. Acordei logo e desci as escadas e vi a mamãe, comendo.

- O Roni não vem te buscar?

- Não, papai precisa dele e eu estou muito atrasada.

Cheguei na aula atrasada, o dia passou rápido e foi estranho não ter o Roni para conversar. Cheguei em casa e fui estudar, as rosas se acumulavam diariamente, eu evitava olhar para não lembrar dele, pois uma hora eu vou conseguir ter uma rotina sem ele na minha mente.

Um dia as rosas secamOnde histórias criam vida. Descubra agora