Após fugir de casa na noite de seu casamento, o navio onde Park Jimin navegava é saqueado por piratas e todos os tripulantes são mortos, exceto por ele. Para não ter o mesmo destino, Jimin conta a maior mentira de sua vida: de que é o herdeiro legít...
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Jimin piscou algumas vezes quando ouviu as palavras do alfa. Como assim, irmã? Jungkook não parecia bem o cara familiar que brincava de casinha, mas veja bem, todos tinham uma família, boa ou ruim, mesmo que Jeon não se encaixasse bem no perfil de quem teria uma. Imediatamente se sentiu extremamente estúpido por ter sentido cíumes daquela ômega em trajes alfas, mesmo que confuso com tudo aquilo. Foi tão repentino, em um momento ele estava nos braços de Jeon, e em outro o alfa estava abraçando a mulher. Mas era melhor daquela maneira, ao menos o impediu de cometer outro erro. Havia beijado Jungkook porque precisava, mesmo que não entendia por que, mas naquela situação, era totalmente desnecessário os lábios do Jeon contra o seus. Era errado, não deveria deixar aquilo se repetir.
— Como me encontrou aqui? — Jungkook perguntou de cenho franzido, após a ômega ter se afastado de si.
— Não é bem difícil, se tem confusão tem alguém do Duquesa.
— Sim, mas como sabia que eu estaria aqui? — apontou para o chão.
— Se você não fosse sair pela frente, então obviamente sairia pela janela. Não é como se eu não o conhecesse.
— Então foi você quem chamou a marinha? — acusou.
— Bem — ela faz uma careta, olhando para os lados. — Precisa de tomar medidas drásticas para obter bons resultados. Você está fugindo de mim desde Niribati. Pensa que não te vi correndo com um saco de batatas nas costas?
Jimin olhou para os lados com os olhos semicerrados, porque bem, ele era o saco de batatas.
— Gosto de fingir que eu não te vi — sorriu, sem humor algum.
— Você deveria tratar sua irmã melhor — revirou os olhos.
— E você deveria parar de frisar isso. Não sou seu irmão.
— Sim, você é, e você me deve um mapa e um medalhão. E o fato de você ser meu irmão, o poupa de não perder alguns dedos e alguns dentes — levantou uma faca, um pouco ensanguentada. — Encontrei Taehyung em uma taverna bebendo uísque.
— Puta merda, Sooyoung — revirou os olhos. — Você tem que parar de fazer essas coisas.
— É a minha forma como co capitã do Frenchwind de lidar com isso.
— É, acontece que eu não tenho nada a ver com isso, e nem com esse navio estúpido — suspirou.
Jimin assistia aquela conversa um tanto curioso, encarando a mulher por cima dos ombros do maior. Ela parecia alguém ameaçadora o suficiente, que bateria na cara dele e o venderia para um bordel a troco de dez moedas de prata. Aquele tipo de gente que você via potencialmente a maldade nos olhos. Quase como se ela fosse pior do que Jungkook, porque ele mesmo a temia.
— Sim, mas é seu, por herança. Você tem que voltar.
— Passe para Jaehyun, ou vire você a capitã desse navio, se faz tanta questão.
