Guardião de um anjo

Doce Angel, doce final!

Bernardo narrando

Minha cabeça arde e sinto uma movimentação estranha e abro os olhos com dificuldade. Tento me mexer, mas sem sucesso.

Estou amarrado em uma cadeira com cordas. Caralho, não foi um sonho!

Será que pegaram Angel?

Agora me recordo que mandei ela ir para o jardim secreto, porém não existe mais o jardim, já que mudamos de país..

Eu sou um otário mesmo, que raiva.

Angélica- Acordou belo adormecido? - fala aquela maldita.

_O que pretende com tudo isso?

Angélica- Vingança! - responde com se fosse óbvio.

_Vingança contra Angel? ...sabe que ela não tem nada haver com o que aconteceu com você, ela não é seus pais e é tão vítima como um dia você já foi - tento colocar juízo naquela cabeça oca.

Angélica- É Angel inocente pra lá, é Angel inocente para cá. Vocês realmente acham que ela é aquela santa mesmo?

_Sim, seu coração e puro e merece ser feliz. Se não estivesse tão amargurada poderia ter sido encontrada a muito tempo e recebido o amor de sua madrasta e de sua irmã. Mas está cega por uma vingança sem cabimento!

Angélica- Não tente me enrolar, ninguém estava me procurando! Todos sempre querem saber só daquele projeto de anjo.

_Claro que tinha gente te procurando. Mesmo depois da morte do seu pai sua madrasta continuou a sua busca. Quem complicou tudo desaparecendo foi você, mesmo tudo indicando que estava morta, ela não desistiu de algum dia te achar. Eu vi os documentos, ela tinha todas as últimas pistas que teve de você. Antes mesmo de você a machucar ela estava te procurando - vejo o olhar dela surpreso.

Angélica- Você é mais baixo do que pensei mentindo desse jeito - ela rir sem humor.

_É mais fácil pensar assim né? - sorrio de lado - imagina descobrir que a garotinha perdida foi a única culpada por não ter sido achada. Se não tivesse colocado essas paranóias assim que sua mãe morreu, teria sido achada antes mesmo do seu pai morrer e teria tido o amor dos três. Você viveu todo esse tempo sozinha porque se auto-sabotou - gargalho sentindo a raiva dela.

Eu sei que não devia está falando essas coisas para ela, mas ela era tão patética.

Todos os vilões de um jeito ou do outro tem um outro vilão para tentar justificar o que são. Porém Angélica não tem nada, já que é culpada por boa parte do que aconteceu em sua vida.

Angélica- Aonde a escondeu? - sorrio com isso.

Minha pequena está bem escondida.

_A deixe em paz!

Angélica- Nunca! irei tirar qualquer inocência que ainda exista naquela coração a fazendo sofrer e se culpar pela morte de todos que ela ama e depois a matarei lentamente - aquela desgraçada quer morrer.

_E o que isso vai mudar na sua merda de vida?

Angélica- Me sentirei justiçada por ela não ter mais quem amar e nem como ser amada!