A menina de Marte

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Bernardo Rivero

Fico olhando a garota e pela primeira vez fico sem fala.

Ela realmente me chamou de bobo?

Fui chamado de muitas coisas na minha vida, mas bobo é um xingamento a se pensar, se posso chamar isso de insulto.

--Quem você pensa que é? - a olho sem esboçar nenhuma expressão.

Angel- Sou Angel - diz emburrada e não solta a ruiva problemática - você não pode maltratar uma mulher! - afirma com um biquinho.

Olha novamente a garota por completo e percebo que a mesma aparentemente ter bem menos que tinha. Se não soubesse que a mesma tinha 17 anos,daria uns 14 aninhos.

--A levem para o meu escritório - digo friamente e um dos segurança vai para agarrar o braço dela - apenas a acompanhe, não precisa tocar nela - o olho irritado.

Ele balança a cabeça e faz sinal para a menina o acompanhar até meu escritório.

Olho atentamente até ela sair do meu campo de visão e volto a olhar para a ruiva.

--Como se chama? - a analiso por completo e a mulher era linda, tenho que confessar.

Ruiva- Lana - diz a contragosto.

--Você se livrou de dar um show particular para todos desse salão - seguro o queixo dela a fazendo me olhar com fúria - mas isso não significa que desistir de tirar essa armadura de boa moça, isso com toda a certeza você não é - a empurro para o Diego - a leve para um dos quarto principal e a tranque. Depois irei me divertir com ela e a provarei que não é tão valente como diz ser - sorrio de lado.

A mulher me olha com um olhar mortal, porém logo é puxado e tirada da minha frente. Olho para as outras mulheres que estavam de cabeças baixas ainda e respiro fundo sem paciência.

--Alguém mais tem alguma objeção? - pergunto cínico e todas ficam em silêncio.

Sorrio de lado e saio indo para o meu escritório ver o que vou fazer com a loirinha que sentia que ainda me daria muita dor de cabeça.

Vejo a garota sentada mexendo em alguma coisa na minha mesa. Quando me aproximo percebo que a mesma estava desenhando.

Faço um barulho e ela se vira rapidamente. Sorrio e sento na frente dela com o olhar atento da mesma.

Angel- Aonde eu estou? - pergunta angelical e baixinho.

--Isso não interessa no momento, o menos possível que souber será melhor para você e principalmente pra mim - digo friamente - como entrou no meu avião? - pergunto o que tanto queria saber.

Angel- Eu ..eu não sei - ela se encolhe com medo.

--Você quer voltar pra casa, não quer? - ela balança a cabeça positivamente - então precisa me ajudar a entender! Como entrou no meu avião? - volto a pergunta e ela faz cara de choro me deixando mais impaciente.

Angel- Eu juro que não sei senhor, eu juro - diz desesperadamente de um jeito que me faz acreditar nela.

Meu trabalho me fez ter um "dom" de analisar pessoas e sinceramente sou muito bom nisso.

Guardião de um anjoOnde histórias criam vida. Descubra agora