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Eu desci as escadas até o bar, a fila era enorme e estava quase impossível de chegar lá, eu pedi duas margaritas ao bar tender.

Pov Moura :

Babi estava demorando de mais, eu não conseguia vê-la lá de cima, desci a escada até o bar e vi o que não queria ver .
Off

Enquanto eu esperava as duas taças dois homens se aproximaram de mim, pareciam não falar português muito bem mas eu sabia muito bem o que queriam, eu os despenssei oque foi em vão já que um deles tocou minha bunda.

Foi coisa de segundos para o Wagner aparecer, ele  olhou bem para o homem e perguntou:

— Hablas español, ¿no? —

— Sí papá, ¿quieres tener una fiestita con nosotros y este bombón?  —

Assim que teve a resposta ele não pensou duas vezes, partiu para cima dando um soco  no cara a ponto de derruba-lo no chão, ele abaixou socando mais o rosto até eu o puxar ele para atrás :

— Chega vamos embora !! —

Ele voltou, puxei-o de novo mais foi em vão, o amigo dele veio separando a briga:

— Cara já chega vamos! Olha como a Bárbara está ! —

Ele olhou para mim, eu estava imóvel mas desesperada, ele levantou me puxando pela mão me passando em sua frente, antes de sair ele gritou cuspindo no cara:

— ¡Esto es lo que pasa si te metes con mi Mujer ! Hijo de puta ! —

Entramos no carro, eu ainda não estava entendendo nada... Ele estava com as mãos no rosto mas logo encostou -as no volante, ele parecia fora de si, eu não ousei nem encostar nele ele deu partida e fomos em silêncio o caminho todo.

Na hora de descer do carro ele se despediu me beijando na testa, eu ainda podia ver os olhos dele queimando de raiva, pois estavam frios e profundos. Eu desci do carro entrando no apê, estática sobre o que havia acontecido, o pior de tudo era não poder falar nada pra ninguém... Nem mesmo pra Mili.

De manhã eu quase não fui a faculdade, o que aconteceu ontem acabou com a minha energia. Vesti o suéter marrom e a calça azul escura, sem ânimo algum calcei o tênis branco e amarrei meu cabelo com um rabo de cavalo.

Pedi para  o motorista do meu pai me deixar no campus mais cedo, estava um pouco de sol, eu me sentei no mesmo lugar de sempre, era o último dia eu duvido que alguém iria vir. Enquanto suspirava na mesa lendo um livro senti alguém se aprimorar de mim, o professor me olhou da forma apaixonada de novo, tinha flores nas mãos:

— Me perdoa? —

—  Não tenho nada para perdoar, você só estava me defendendo —

— Eu sei que perdi o controle —

— com toda razão não acha ? —

— Não vou deixar ninguém encostar um dedo em você Babi, independente de qualquer situação... —

Me levantei beijando, ele me sentou em cima da  carteira deixando nós dois na mesma altura. Minhas mãos estavam na nuca dele e as dele na minha cintura, ele me puxou mais para perto depositando um beijo no meu pescoço me arrepiando toda .

A porta abriu e  Caio entrou na sala, ele  nos encarou e logo saiu , eu me afastei de Wagner e corri atrás dele até o estacionamento:

— Caio ?! Caio por favor espera! —

— Desde quando tá dando pro professor em Bárbara? —

—  Eu não tô dando pro professor, e mesmo que eu tivesse oque você tem haver
com isso?! —

— A Milena sabe ? —

— Não é pra contar pra ela ! —

— Então ela também não sabe !? —

— Isso não é da sua conta! —

— É sim, sabe por que  Bárbara?!! Eu sempre gostei de você !! Dês do dia em que você pisou na quela sala !  Mas agora, oque importa não  é ? Volta lá pro seu professorzinho — ele entra no carro e sai em alta velocidade.

𝐌𝐄𝐔 𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐒𝐒𝐎𝐑 ~ Wagner MouraOnde histórias criam vida. Descubra agora