𝐌𝐄𝐔 𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐒𝐒𝐎𝐑 ~ Wagner Moura

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Eu voltei pra sala, logo o sinal tocou e umas 6 pessoas entraram. Wagner olhou para mim e mudou a expressão, eu me sentei no meu lugar olhando para janela:

— Bom, como é o último dia antes das férias, você podem ir ... Aproveitem o recesso —

Eu continuei imóvel na cadeira na sala já vazia:

— Ele disse que gosta de mim ... —

— E oque disse a ele ? —

— Nada ... —

A semana passou, Caio se quer me ligou desde o ocorrido, já Milena parecia um pouquinho mais distante. Antes os roles que aconteciam com  eles agora rolavam com professor, ele me levava a lugares incríveis... Ele fazia com que eu me sentisse incrível.

Era um domingo, depois de passar o dia na praia e ter ido para casa de outra amiga, voltei cerca de 23:00 horas em casa, já do corredor eu ouvi risos, ignorei já que meu pai sempre trás sócios aqui.

Quando entrei tive a grande surpresa, meu pai estava beijando a irmã da minha mãe. Eu olhei confusa para os dois que não sabiam onde enfiar a cara, começamos a discutir eu e meu pai, ela então se intromete:

— Bárbara sua mãe já morreu fazem 3 anos !!! Ela sempre soube sobre mim e seu pai e agora que ela realmente nos deixou em paz você resolve atrapalhar?! —

— Você cala a sua boca antes de falar da minha mãe ! — Meus olhos enchem de lágrimas.

— Barbara vai embora —

— Oque ?! —

— Vai embora —

— Pai, você  tá me expulsando de casa ?! —

Ele caminho até a porta a abrindo :

— Vai deixar eu pegar pelo menos uma blusa ?! Tá frio lá fora — eu peço.

— Você tem 5 minutos — ele suspira olhando para o chão.

— eu deixava  passar frio — a outra fala por cima dos ombros.

Eu peguei uma mochila enfiando roupa íntima uma camiseta e um shorts , eu desci sem nem olhar para o rosto do meu pai, as lágrimas escorriam sem limites dado a  tamanha humilhação que eu havia passado.

Meu sentindo me levou até a casa de Wagner, estacionei meu carro na calçada e desci sem chão até a porta, toquei a campainha mas nada dele anteder, me sentei na calçada ligando para ele, quando eu escutei aquele silêncio e depois a voz  pouco rouca de sono, foi um total alívio:

— Babis, oque aconteceu? — pergunta pacífico.

Eu não consigo falar e começo a chorar:

— Bárbara?!! — ele parece acordado com o susto .

— Eu tô aqui na porta — as palavras saem com dificuldade da minha boca .

Eu me levantei agarrando o portão, logo vi as luzes da casa se acenderem e a porta principal abrir, o mais velho estava só com a calça de pijama sem camisa. Quando ele abriu o portão, minha única reação foi abraçar ele e chorar.

Assim que entramos, ele me sentou no sofá e me serviu um copo de água. Parecia confuso:

— Tá maís calma? —

— Um pouco —

— Me conta o que aconteceu... —

— Meu pai esta namorando com a minha tia, irmã da minha mãe —

— e a sua mãe ? —

— Minha mãe morreu a alguns anos.. Mas eles sempre tiveram um caso, desde antes da minha mãe morrer —

— Tá mas além disso, como veio parar no meio da rua ? Babi são 01:00 da manhã, sabe muito bem que  uma mulher andar sozinha a noite não é seguro, principalmente no Rio de janeiro. —

— Fui expulsa de casa  — me controlo para não começar a chorar.

Ele se sentou ao meu lado, eu me sentei no colo dele me aconchegando como um bebê enquanto ele mexia no meu cabelo

— Pode ficar aqui quanto tempo você quiser... —

Eu ainda estava vestida com as roupas da praia, ele me carregou até o banheiro  que ficava em seu quarto e saiu me deixando a vontade para tomar banho.

Quando sai tinha uma camisa dele em cima da cama,me troquei vestindo-a e me deitei. O mesmo entrou, me cobriu e deitou ao meu lado me abraçando pela cintura e me puxando para perto, deu um beijo na minha orelha e me desejou boa noite.