𝐌𝐄𝐔 𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐒𝐒𝐎𝐑 ~ Wagner Moura

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Ultimamente, tem sido insuportável morar com Wagner. Não por ele mais pela ex, ela vive constantemente tentando acabar com nosso relacionamento inclusive com falsas alegações, Isso nos desgastou complemente.

Eu finalmente terminei a faculdade, eu não falo mais com Mili e muito menos Caio, bom como se ultimamente eu tivesse tempo para isso. Eu devo ter visto meu pai uma ou duas vezes desde que ele me expulsou de casa, independente disso ele nunca parou de me mandar dinheiro e manter ações no meu nome.

Hoje é uma data especial... Aniversário de morte da minha mãe, mal sabia em que minha vida mudaria tanto desde o último, a vida é imprevisível...

Eu estava envolvida aos lençóis egípcios na noite chuvosa, meus pés encostaram no assoalho frio de madeira, o quarto iluminado pela luz laranja do abajur de canto, a casa estava silenciosa oque me fez pensar que ele não estava lá .

Desci então as escadas indo até a sala, a única luz vinha das janelas, as cortinas balançavam por conta do vento, tanto que até alguns livros estavam caídos no chão.

Meu celular apitou, era uma mensagem de texto, do meu pai :

"Barbara, sei que nunca fui ótimo pai, talvez eu nunca nem possa ser chamado de pai  já que nunca agi como tal. Eu sinto sua falta, assim como sinto falta de sua mãe ... É difícil para mim me abrir dessa forma com você, nunca tive exemplos de como ser um bom pai já que eu sou como seu avô foi comigo, e sei o quanto ele errou, e sei que foi da mesma forma que eu errei com você. Não espero que possa me perdoar, aliás o que eu fiz foi imperdoável... Se quiser voltar para casa ,as portas estaram abertas . "

Me sentei no tapete persa ao chão da sala, eu já havia perdoado ele, mas por agora só tomaria a decisão de voltar para casa se fosse extremamente necessário.

Levantei meio tonta e caminhei até a cozinha, coloquei a chaleira no fogo e me sentei a mesa olhando para o celular. Quando me servi do cháde  notei  uma carta, em cima da mesa, estiquei minhas mãos até ela que estava envolta de um envolope, com meu nome :

"Bárbara, não sei como te dizer mas não espero que fiquemos juntos, na vida fazemos escolhas e a minha foi ficar com a Cácia. Espero que quando eu voltar não te encontre mais aqui ."

Eu congelei, a xícara caiu no chão se quebrando em vários pedaços, as lágrimas escorriam dos meus olhos sem controle, oque poderia ter acontecido...

Eu subi aso plantos para pegar as minhas coisas, eu não conseguia se quer ficar em pé, eu estava afoita e perdida, a única iniciativa foi ligar para o meu pai .

O Volvo me espera na porta, um dos empregados veio junto para levar o meu carro já que eu não estava em mínimas condições de dirigir. Levei de recordação uma camiseta, a mesma que eu vestia quando li a carta, o caminho até em casa foi tenso e silencioso.

Pov Wagner:

Pensei em fazer algo diferente para Babi hoje, sei que ultimamente eu tenho sido frio e a Cacia tem testado nossa paciência. Era tarde, eu tinha ficado sem bateria, as luzes da casa estavam todas apagadas oque era estranho já que Babi gosta de deixar todas acesas.

Na cozinha tinha uma xícara quebrada, achei estranho :

— Barbara tá em casa?!—

Subi até o quarto mas não a encontrei, no closet a parte dela estava vazia, confuso fui até o escritório, achando em cima da mesa um envelope:

"Wagner, não me sinto mais confortável em saber que entre nós á alguém, espero que seja feliz sem mim. "

Uma subta raiva tomou conta de mim, joguei as coisas que estavam em cima da mesa no chão ainda confuso.