𝐌𝐄𝐔 𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐒𝐒𝐎𝐑 ~ Wagner Moura

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Era dia 13 de julho, Wagner estava imerso no mundo da escrita, meu hobby era pegar sol ou até ler os livros que estavam na estante da sala.

Nas últimas semanas, ele vem tendo umas atitudes estranhas, ele está bem mais cansado do que costuma ficar, parece mais estressado.Talvez seja o empenho em terminar o livro:

— Amor ? — me aproximo .

— Sim ? — ele tira atenção do notebook olhando para mim .

—  Eu tava pensando, e se fossemos no cinema? Você precisa descansar um pouco,  já tem uns dias que não fazemos algo diferente... —

— O quanto você quer ir ? —

— Muito muito. —

— Então tá, nós vamos. — ele levanta pegando eus pertences.

— Sério? — me surpreende a resposta.

— Sim, hoje a noite, pode ser ? — ele veste a jaqueta.

— Claro... —

— Bom, eu preciso ir até a faculdade buscar umas coisas, te vejo mais tarde — ele beija minha testa e sai .

O mesmo, pediu para que eu me arrumasse e o esperasse. Quando entrei no carro notei sua irritação, dada as últimas semanas ele parecia "normal". Fomos assistir
" o amor e sua primeira vez ", o filme foi simplesmente incrível, era sobre um casal nada convencional que se apaixonou e acabaram e um triste final.

Quando saímos da sala éramos os últimos, minhas mãos estavam entrelaçadas com as dele, eu estava feliz por estar ali com ele. Conversávamos sobre a sessão quando infelizmente nos encontramos com Mili:

— Uau, eu deveria ter acreditado no Caio —

— Mili ... —

— Sabe Barbara, eu vou realmente vou falar que eu acho de você... Acho que é uma mimada, não descansa até conseguir o que quer... Sabe o quão egoísta você foi ?! Não respondeu se quer uma mensagem minha e nem ligou agora falar que estava viva —

— É muito bom saber o que você realmente acha de mim... E sabe o que eu acho de você ? Acho uma tonta que vive a sombra de um trauma que você acha o fim do mundo, assume logo também gosta do professor não é ?! Assume ! —

Wagner passa a mão no rosto :

— Olha eu sei que não é uma boa hora pra falar mas ... Babi vamos embora . — ele me pega pela mão .

— Não! Me conta, oque quer falar ?! —

— Quer que eu falo ou você conta Milena ? —

— eu não vou conseguir explicar —

— Bom, dês do primeiro ano do curso Milena tem dado em cima de mim, mas eu nunca dei bola, e ... —

— E ? —

— E a uma tempinho ela tentou me seduzir, mas já estávamos juntos... Eu não quis te contar porque não via necessidade... —

— Ótimo!  Parabéns pra você em Milena, isso explica tudo—

Voltei com muita raiva para o carro, não demorou para que Wagner viesse atrás. Ele entrou sentando no banco do motorista, ele parecia querer falar algo, mas  tomei as rédias:

—  Não acredito que você não me contou sobre o que aconteceu! É óbvio e eu me sinto uma idiota por não perceber antes. —

— Barbara eu não vi necessidade... —

—  Eu deveria ter percebido  os olhares que ela te lançava e como ela tentou se aproximar de você o tempo todo. Você não achou estranho? Por que você não me disse nada?! —

— Eu não te contei porque sabia que você reagiria dessa forma. Eu confio em você e sabia que não teria nada a temer. Além disso, ela é  sua amiga, não é como se eu tivesse respondido aos avanços dela! —

— Mas ainda assim, acho que você deveria ter me contado. A transparência é fundamental em um relacionamento e, ao esconder esse tipo de informação, você mina a confiança que temos um no outro! Sabe como isso poderia terminar? E se tivesse deixado seduzir? Iria esconder de mim ?! —

— Eu entendo seu ponto de vista, mas realmente não achei necessário na hora. Eu confio tanto em você que nem mesmo considerei a possibilidade de algum incômodo. —

— Talvez você confie, mas isso não significa que eu me sinta completamente confortável com a situação. —

— Você tem toda razão. Eu deveria ter pensado mais nos seus sentimentos antes de decidir não contar... Você tá brava comigo?—

— Não,quero que saiba que é essencial manter nossa comunicação aberta para que possamos evitar qualquer tipo de situação assim . —

— Prometo que não vai acontecer de novo ... Confia em mim ? —

Assenti, ele levou minha mão até os lábios dele beijando.