18

484 27 0
                                    

Eu estava mal ao ponto de meu pai mandar tina vir para o Rio, as vezes eu só queria enteder o por que e procurar ele.

Quebra de tempo:

Junho

Julho

Agosto

Era insuportável ainda sentir aquilo, eu fingia me interessar por outras pessoas já quer eu só queria ele ... Geralmente nas sextas-feiras eu ia para algum date com os novos "amigos" no Leblon, eu costumo sempre ir de táxis mas dessa vez uma amiga viria me buscar .

Sai do lado de fora e tive a grande surpresa de velo ali parado na minha porta, os meus olhos brilhavam e os dele me fuzilavam:

— Bárbara, podemos conversar? —

— Professor... Quero dizer Wagner, oque você tá fazendo aqui ? —

— Quero conversar... Podemos? —

Respirei fundo e assenti :

— Tá ocupada? —

— Não — falei sem pensar.

— Posso te levar para jantar então? —

— Claro —

Ele abriu a porta do carro para mim, o homem trajava uma blusa de lã azul, calça cinza e sapatos marrons. A barba recém feita deixava no carro aquele cheiro másculo de loção que fazia harmonia com a colônia francesa que ele costumava usar .

Já eu estava com o vestido preto que vinha até metade das minhas coxas, uma meia calça preta e botas que vinha até meu joelho. Estava frio, e um pouco de vento, ele me levou até o mesmo restaurante da nossa primeira conversa.

A música ambiente, o vinho rose e a comida, ele me olhando enquanto ficamos em silêncio, por um minuto eu pensei em falar algo mas esperei ele tomar a iniciativa:

— Por que foi embora? —ele me deixou confusa ao perguntar.

— Eu... eu recebi aquela carta. Aquela carta que dizia que você queria terminar tudo. —

— Mas eu nunca escrevi aquela carta, Bárbara. Eu estava tão confuso quando você terminou comigom —

—  Espera , então aquela carta... foi tudo uma mentira?! —

— Sim, foi. E eu nunca consegui entender por que você terminou comigo. Eu te amava, Bárbara. —

— Eu também te amava, Wagner. Mas acreditei naquela carta... —

— Eu te juro que não escrevi nenhuma carta Babi ... Eu pensei em você todos esse meses, eu não entendi por que você tinha ido embora . Eu sei que estávamos passando por uma fase difícil no nosso relacionamento... —

— Wagner, eu não terminei com você ! Você me escreveu uma carta, eu li peguei minhas coisas e fui embora . —

— não é real eu saí para preparar algo diferente para nós —

— Eu tenho a carta, mas eu acredito em você... E me arrependo de não ter ido falar com você sobre .— Meus olhos encheram de lágrimas.

— Não podemos mudar o passado, mas podemos construir um futuro juntos. Ainda há uma chance para nós? —

— Wagner, eu nunca parei de te amar. Sim, ainda há uma chance para nós. —

Ele sorriu, assim como eu. O mais velho pediu para o garçom trazer a champanhe mais cara que tivesse, assim que foi servida ele levantou a taça brindando comigo:

— Ao nosso amor, de agora em diante somos inseparáveis! —

Eu mal podia acreditar no que havia acontecido. Fomos embora, o caminho tranquilo na noite fria com uma linda lua cheia e estrelas no céu:

— Tá com frio ? — ele olha pra mim .

— Só um pouco ... —

O farol fechou, ele então me deu a jaqueta dobrada no banco de trás e ligou o aquecedor. Chegamos em casa em poucos minutos, ele estacionou o carro na frente do apê, suas mãos puxaram meu queixo depositando um beijo delicado e paciente

𝐌𝐄𝐔 𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐒𝐒𝐎𝐑 ~ Wagner MouraOnde histórias criam vida. Descubra agora