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De manhã, acordei com ele me olhando, os olhos acastanhados tomavam conta dos meus a voz rouca me desejou bom dia, eu sorri olhando para ele que passava o polegar no meu rosto.

O mesmo desceu preparando um café da manhã simples e delicioso, arrumou a mesa na varanda onde tínhamos uma ampla visão do mar. Por mais que ele não quisesse, eu tinha um desejo constante por ele, era sensual de qualquer forma... Nem precisa falar, só aqueles olhos já me deixavam louca.

Passamos o dia inteiro "namorando", toda vez que o clima esquentava ele parava. Wagner realmente estava levando a sério o termo " não quero que pense que só quero te usar ".

No dia seguinte ele não estava em casa, desci procurando nos outros cômodos até que o mesmo chegou, estava com duas malas em suas mãos.

Pov Wagner:

Só de imaginar que Bárbara estava andando sozinha de madrugada no Rio de janeiro correndo todos os perigo possíveis me dá nos nervos.

Se o pai dela quer que ela vai embora, que seja, que ela venham morar comigo. Levantei um pouco mais cedo e fui até o apartamento, toquei a campainha e esperei paciente:

— Bom dia — a diarista me recebeu.

—  Bom dia, gostaria de falar com o Dr. Hubens, ele se encontra? —

— Sim , como gostaria que eu o apresentasse? —

— Dr. Moura. —

Entrei na sala ampla esperando em pé, ele então desceu:

— Como posso ajudar? —

— Primeiramente Bom dia — soei grosso — Prazer, sou professor da faculdade da Barbara —

— Oque ela aprontou? —

— Pelo contrário, você tem uma filha incrível e não vim aqui para reclamar dela —

— Para você senhor  — ele muda o tom de voz.

— Da mesma forma para mim, sou doutor assim como o "senhor " — digo sarcástico .

-— Se não vai reclamar dela que vejo fazer aqui então? — Ele parece perder a paciência.

— Me diga, como uma pessoa no nível de responsabilidade que o senhor carrega, deixa sua filha andar sozinha de madrugada em pleno século 21 no Rio de janeiro?!  —

— Quem você pensa que é para falar como eu devo criar ... —

— Não me interrompa por favor, vim buscar as coisas dela, e não ouse me impedir . E se pensar em falar qualquer coisa começe a imaginar que se eu não tivesse acolhido ela, outra pessoa teria feito e eu te garanto que não seria com boas intenções, e com certeza num horário desse seria o IML e a polícia civil que estariam aqui e não eu. —

Vi os olhos dele se arregalarem, a empregada me acompanhou até o quarto onde eu peguei as coisas dela colocando em duas malas, ainda com raiva e antes de sair da cobertura falei ao doutor:

—  Muita coragem em Doutor, trocar sua filha por uma mulher. —

Off.

— Onde você foi ? —

—  Na sua casa —

— Minha casa ? —

— Fui pegar suas coisas, vai morar comigo de agora em diante —

- Morar com você ? Meu pai deixou você entrar em casa? —

— É deixou, eu falei umas verdades pra ele também . —

Ele ri a olhando e ela ri de volta :

— Vamos viajar hoje. —

—  Para onde ? —

— Surpresa ... —

Ainda era cedo, o céu estava azul apesar de ventar bastante. Coloquei uma blusa canelada preta junto a uma bermuda branca de moletom e um tênis, depois de tomarmos café em uma padaria do centro seguimos duas horas de carro até Angra dos Reis.

Pegamos um barco que nos deixaria ao destino final, ilha grande. Já estava ficando tarde, o sol está se pondo deixando o céu colorido, não queria que nada nos atrapalhasse, coloquei então meu celular no modo avião . Ficamos em uma tipo de chalé, casa casa ficavam uns 1000 metros de distância das outras dando privacidade.

Eram paradisíacas e confortáveis assim como a vista. Estava bem calor, eu estava suada e enquanto Wagner terminava de resolver a hospedagem eu resolvi tomar um banho e trocar aquela roupa .

Veisti dessa vez a sai branca com o top Flórido, assim que me viu saindo do quarto o mais velho foi a loucura, ele levantou segurando uma de minhas mãos para o alto fazendo eu dar uma voltinha

— Minha verdadeira garota de Ipanema, extremamente linda e cheia de graça —

𝐌𝐄𝐔 𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐒𝐒𝐎𝐑 ~ Wagner MouraOnde histórias criam vida. Descubra agora