O Perfeito Oposto

Capítulo 20

Olá, pessoal! Faz uma era que eu não posto aqui em OPO, mas atualmente estou me atualizando, então vocês podem contar com capítulos com regularidade.

Muito obrigada por todas as leituras e votos e por todos os leitores que enviaram mensagens cobrando novos capítulos. Esse carinho me ajudou muito a voltar a escrever e a já preparar livros novos para vocês. Contem com novidades em breve!

As novos leitores, sejam bem vindos e aos leitores que me acompanham há tempos, obrigada por continuarem por aqui!

Esse capítulo é cheio de coisas lindas e quentes, foi feito com muito amor e espero que vocês gostem e amem esse casal, agora definitivo (ou não HUEHUE). Por favor, comentem, votem e indiquem O Perfeito Oposto!

Beijos e ótima leitura!

PS: Ouçam She Is Love, do Parachute. Dará um efeito todo especial a essa cena!

Minhas pernas congelaram quando finalmente encontrei a todos. O que eu fiz para merecer tudo aquilo?

Violinos e violões, daqueles desafinados e faltando cordas, típicos da roça, encontraram seu tom e iniciaram uma marcha bem diferente das convencionais. Ainda estática, parada no início do corredor que levava em direção ao altar de madeira improvisado, busquei na memória o mais rápido que pude, de onde eu conhecia aquela música. Baixei a cabeça, atordoada, enquanto as primeiras estrofes me atingiam como setas do cupido, descongelando meus joelhos em segundos, tornando meu peso alto demais para continuar de pé. Minhas pernas vacilavam e eu já previa a cena ridícula do vestido alvo manchado de terra, enquanto eu desmaiava no meu próprio casamento, porém, antes da catástrofe se tornar realidade, uma mão firme envolveu meu braço, devolvendo a estabilidade a minha figura. Olhei sobre o ombro e Rade, com seus olhos azuis calmantes me sorriu, com alegria marcando as covinhas e os pés de galinha em seu rosto antigo. Aquilo me acalmou. "She Is Love", da banda Parachute nunca foi tão rústica e lindamente interpretada quanto naquele momento, me envolvendo na melodia simples e acolhedora, me levando a flutuar até o altar. E foi assim mesmo. Em eu segundo estava de frente para Zoran, com o velho senhor ainda me amparando, enquanto aceitava a mão do meu marido para subir nos caixotes de madeira emendados.

Busquei seu olhar assim que pousei os pés no altar, suspeitando de que ele soubesse mais do que parecia, mas tudo o que encontrei no azul cristalino foi surpresa e admiração. Zoran envolveu minhas mãos nas suas, tomando uma pequena distância para me observar, desde os sapatos, até a tiara de pérolas e brilhantes. O vento soprou forte atrás de mim, lançando a cascata de véus para a frente, nos envolvendo em um momento íntimo. Lágrimas ameaçaram arruinar minha maquiagem, quando uma pequena gota se insinuou nos cílios longos de Zoran. Travando o maxilar, levantou a mão para acabar com ela, mas eu cheguei antes e tomei aquela prova de afeto na ponta do dedo, como um cristal precioso. Diante do meu gesto, seus ombros enormes caíram, como um soldado que acaba de perder a guerra.

- Jesus, Margareth, eu te... - O padre pigarreou bem pertinho de nós. Vi Zoran engolir como fel o que quer que pretendia me dizer e reencaixar os ombros em seu lugar, voltando a sua postura altiva de sempre. Com toques delicados, afastou o véu e o devolveu ao seu lugar, o tempo todo, seu rosto lutava entre uma avalanche de emoções. Ambos viramos de frente para o padre e fiz questão de o queimar com meu olhar de laisers, antes de vestir um sorriso sereno de noivas emocionadas. Seria difícil arrancar aquele novo segredo de Zoran, mas eu conseguiria futuramente.

Com palavras doces e citações da bíblia, o padre tomou seu tempo, entre prós e contras e obrigações do matrimônio. O tempo todo a mão de Zoran não abandonou a minha, como na cerimônia horas antes. Nos momentos que ele achava importantes, apertava a minha para me tirar da bolha de tédio e ganhar a minha atenção. Todas as partes eram sobre fidelidade e obediência, assim, recebendo beliscões entre os dedos quando merecia.