Capítulo 5

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AHHH! Desculpe o atraso! Muito obrigada por todas as leitoras que votam e comentam nos capítulos. Tô sempre de olho na opinião de vocês, elas são o meu combustível.

Falando e combustível, só digo que a Maggie tá uma pouco chateada e mulher baixinha, ruiva e brava, vocês já sabem né? Dizem que mulher baixinha é mais nervosa porque está mais próxima do chão e consequentemente de satã (não se ofendam, tenho um 1,56m). Bem isso é o que descobriremos nesse capítulo! Beijos e participem do grupo lá no Facebook! Votem, comentem e compartilhem!

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...

Desabei na cadeira, esquecendo do cafézinho, biscoitos, revistas ou papinho cordeal. Aquele homem ali na minha frente era uma perdição, mas não era a que eu conhecia e desejava. Todo aquele glamour de marcas famosas e aquela postura arrogante destoava completamente da montanha de músculos mandões e humildes de dias atrás. Era como uma lavagem cerebral, tirando totalmente uma personalidade e instalando outra desprezível em seu lugar. Abri e fechei a boca algumas vezes antes de conseguir finalmente organizar as palavras e lembrar como falar.

- Representante geral? Desculpe, suéco, mas você combina muito mais com jeans surrados e toras de madeira. - Gargalhei e fui a única. Constrangida, engoli a risada e batalhei para entender sobre o que era tudo aquilo. Seria pessoal? Estaria Zoran tentando me atingir, me mostrar o tamanho do estrago que causei em sua vida? Porque estava funcionando e eu estava a beira de ataque de nervos. Pigareei. - Sente-se, por favor. Aceita um café? - Levantei bamba sobre os saltos, até a máquina de café. Mesmo se ele não quisesse eu precisava daquele momento com o cheio forte do grão para me trazer de volta a terra. Porque ele simplesmente não poderia seguir a linha comum e me dizer que eu fodi com a sua vida, ou gritar, ou quebrar alguma coisa? Mas aquilo, se fosse mesmo um teatrinho para me atingir, seria a coisa mais ridícula do universo. Voltei com a xicara, empurrando-a sobre o tampo de vidro da minha mesa, mantendo-a entre nós por segurança. 

- Eu não quero, obrigada.  

- Certo, fique a vontade. O prefeito está voltando de uma reunião e o receberá em breve. - O loiro caminhou despreocupadamente até uma poltrona, seu traseiro dançando dentro do tecido fino e se instalou ali, sacando um iphone reluzente do bolso e digitando algo. A cada segundo era um novo tapa na cara. Só faltava ele estar usando cueca.

Peguei meu aparelho na gaveta e digitei uma mensagem rapida para Amber, rezando para passar despercebida.

Me diga que isso é uma brincadeira. Quem é esse cara que diz ser Zoran Zivcovik?

A resposta veio poucos segundos depois.

Eu não sei. O cara chegou aqui calmo como um monge, determinado a assumir um cargo na empresa. Ivan tá atordoado, tentando recuperar um pouquinho do irmão, mas ou ele é um ótimo ator ou tá irreparavelmente danificado *aflita*

Olhei para frente, para ele. Cara... eu estou odiando tanto tudo isso. 

Gata, vou tentar alguns truques, mas ele parece um boneco vazio. Me tratou como merda, vou dar na cara dele e depois... vc sabe ;D

Boa sorte pra você. O cara parece um caso perdido e se for, vc terá toda a fúria sérvia atrás da sua alma.

O "plim" do elevador me acordou para a vida e respirei a secretária modelo para dentro de mim novamente. O sorriso cordial precisou ser erguido por um guidaste, minha cara devia parecer uma coisa retorcida, patética, todavia aquilo era eu, fazendo o meu melhor para controlar as minhas merdas e bolar um plano para colocar as coisas no lugar de novo. O prefeito passou e logo arrastou Zoran consigo e novamente não ganhei uma nesga de atenção. Se ele estava pensando que isso ficaria assim, pobrezinho, estava tão enganado... Plano A em ação.

O Perfeito OpostoOnde histórias criam vida. Descubra agora