Capítulo 8

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Obrigada a todos os leitores que além de votar, comentam nos capítulos. Adoro conhecer a opinião de vocês sobre o andamento da história, então não se acanhem. Deixem suas impressões aqui e lá no grupo do livro também. E para os leitores também autores, criei um grupo de apoio a novos autores lá no Facebook, Wattpad League. Está no comecinho, mas conto com a a presença de vocês por lá. 

A história está entrando em uma fase muito bacana, me deixando cada dia mais apaixonada conforme coloco tudo no papel (word xD). Muitas revelações e reviravoltas e com a volta de um certo loiro ao vilarejo, Maggie terá que rebolar para se safar dos sentimentos que ainda nutre por ele. E como maio é o mês do meu aniversário, resolvi preparar uma supresinha para vocês, espero que gostem. Quando chegar a hora, revelarei do que se trata.

Bom fim de semana para todos ;**

...

Domingo de tarde, gritei a plenos pulmões ao assistir (de um canto seguro, dessa vez) a grossa árvore aterrisar no chão, derrubando algumas mais fininhas que a rodeavam. O estrondo foi o de um trovão, se alastrando pela área aberta. Até mesmo as árvores dos Zivcovik tinham som de trovão, mais uma prova de como Zoran e a natureza partilhavam muito mais do que paixão. Era como se os dois fossem alimentados da mesma seiva, a separação em algum momento, se tornando insuportável. Pulei nos braços de Slaven, dividindo essa alegria com ele. A semana foi de muito trabalho, meus braços nem morriam mais de dor, agora adquiriam uns músculos sexys femininos e definidos, assim como as minhas coxas pálidas, o músculo belamente delineado sob a pele. Slaven veio tentando me ensinar muito mais do que manhas de corte e ferramentas, mal ele sabia que enquanto ele vinha com a árvore, minha lenha já estava cortada e queimando na lareira. Rejeitei amigavelmente quaisquer investidas suas, evitando o climão tenso, já que trabalhavamos juntos todos os dias, mas deixando claro que aquela fada da floresta não era para o seu bico. Rade veio substituir o filho e me ajudar com a serra elétrica. Eu já tava quase domando a bixa, mas era pesada como o inferno, quase a deixei cair, arrancando o meu pé fora alguns dias atrás. Depois de cortar a madeira em grandes sessões, começamos a produzir os tocos menores, gastando a manhã e tarde da segunda inteira e não tinha feito nem 20% da árvore. Aproveitei que Slaven tinha voltado para casa e subi um pouco a camisa, abrindo uns botões e amarrando, para aplacar o calor.

- Menina, já temos tanta lenha para vender, que daqui a pouco teremos de exportar. - Gargalhamos. - Muito obrigada, Margareth. Você tem sido de grande ajuda, espero que estajamos lhe retornando tudo o que tem feito a altura. - Ergui os olhos das minhas mãos feridas e encontrei pura gratidão nas safiras claras de Rade. Ele vinha sendo um ótimo amigo nessa semana, me ensinando e apresentando lugares, comidas, músicas diferentíssimas e deliciosas. Se a agonia que senti em NY foi deixada de lado por alguns momentos foi por seu alto astral e carinho. Isso era muito mais do que madeira cortada, sentia estar em débito com todos do vilarejo.

- Ah, não! Quero 50% do rendimento e que a empresa de importação se chame "Raposa Ruiva". - Joguei as madeixas teatralmente para trás do ombro, vendo-o cair na risada novamente. Só tinha uma coisa que eu queria, e não sabia se ele poderia me dar. - Rade, na verdade, gostaria muito de levar Tihana para passear um pouco. - Me apaixonei mais a cada dia por aquele pequeno anjo. Tihana perdeu a mãe assim que nasceu, vivendo apenas com o pai em uma cabana precária no vilarejo. Este, não se sabe se vencido pela dor da perda ou sufocado com o fardo de criá-la sozinha, só bebia, raramente saindo para ajudar a comunidade. Ainda assim, todos ali lembravam de ampará-los, mais pela alma bela e pura da garota, do que por seu pai. Convenci o homem a deixá-la dormir comigo dois dias naquela semana e fora pura diversão. Comprei guloseimas na cidade e comemos enquanto assistiamos a toda a coleção de clássicos da Disney pelo Netflix. Fizemos penteado uma a outra, brincamos de esconde-esconde entre as árvores... Meu coração enchia de alegria ao recordar essas horas incríveis. 

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