𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒; 𝘉𝘢𝘫𝘪𝘍𝘶𝘺𝘶

𝐈

Juntamente com as luzes, que clareiam o ambiente, minha mente se iluminava a cada pensamento constante.

Festa, álcool, comemoração.

A felicidade do ressurgimento de um dos membros mais importantes daquela gangue. Baji Keisuke. Aquele que, nobremente, traiu a gangue que ele mesmo ajudou a criar. Mesmo que tentasse, ainda não entrava em minha cabeça, —  tinha ciência do que aquela gangue representava para o alfa — como foi capaz de tal ato, apenas por ele.

Estava lutando internamente. Me esforçava para entender o ponto do alfa, onde, tudo era válido, se isso fosse capaz de trazer seu melhor amigo de volta para o seu lado. Incluindo jogar sua lealdade fora. Eu tentava acreditar que, após a batalha contra a Valhalla tudo voltaria como no início. Quão inocente eu era.

Se tudo voltasse aos conformes, eu não estaria aqui, nesse sofá. Sozinho. Em todas as festas promovidas pela Toman, ele sempre estava lá. Mas, dessa vez, em meio a festa de comemoração da junção entre Tokyo Manji e Valhalla, eu estava solitário.

— Chifuyu, eu não preciso nem perguntar para saber o que está errado — acordei de meu devaneio ao ouvir a voz tão conhecida — Yuyu, cadê ele?

Foi um caos quando quando Hanma Shuji se prontificou a criar laços com a Toman — todos esperavam o pedido de uma revanche, pois, a batalha foi esquecida quando Keisuke caiu sagrando — A confusão diante da sugestão de trégua era clara, e quase ninguém conseguiu compreender o porquê. Porém, os observadores, sim, e o tal porque possuía nome e sobrenome.

— É o que eu gostaria de saber, kisa. — Kisaki Tetta, meu melhor amigo, ou, o "porquê" Hanma decidiu ficar em paz com a Toman — Ele sequer deu as caras.

— Como!? — Exclamou Kisaki ao sentar do meu lado — Espera, ele não teve a decência de vir falar com você!?

— É isso que eu ganho, após nem mesmo comparecer a reunião, só para ficar com ele...

Sim, eu deveria estar chegando somente agora na festa, juntamente do loiro mais jovem. Pois, enquanto os membros da Toman curtiam a festa, os líderes, juntos de Kisaki e eu — responsáveis pela parte burocrática da gangue — discutiam o contrato de parceria com a Valhalla. Mas, decidi fugir de minhas responsabilidades, deixando apenas o ômega mais novo cuidando dos ternos do contrato. Enquanto eu, vergonhosamente, esperava passar a festa com Keisuke, como em todas as outras vezes.