𝐄𝐏𝐈𝐋𝐎𝐆𝐎

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  Me virei em direção às risadas, logo caminhei em direção ao som

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  Me virei em direção às risadas, logo caminhei em direção ao som. O cardigã marfim escorregava em meu ombro e sorri com a cena que vi. Keisuke ria como uma criança e meu coração aquecia com a visão.

— Keisuke, pare de correr atrás da Dia! — ele gargalhou ainda mais.

  A garotinha correu para meus braços, ria com os olhinhos brilhando.

— Papai, o papai Kei está sendo malvado! — inflou as bochechas rosadas.

  Ri com sua fala embolada e a peguei nos braços, seus bracinhos contornaram meu pescoço. Enxuguei seu suor enquanto observava o estado que seu vestido branco se encontrava.

— Seu pai é muito mal, não é? — a garotinha confirmou com as sobrancelhas loirinhas franzidas.

  Keisuke se aproximou na intenção de nos abraçar.

— Não! Você está todo suado! — gritei tentando fugir do meu marido.

— Não seja assim, amor — Agarrou minha cintura e beijou meu ombro exposto.

  Acabamos com a briguinha ao ouvir um barulho de tapa, demorou meio segundo para absorvemos que o som veio da mãozinha de Diana se chocando com o rosto de Keisuke.

— Papai, não pode! — minha garota repreendeu Keisuke — O papai Yuyu disse não!

— Dia... — não aguentei, começando logo a gargalhar.

— Ah, sua garotinha insolente!

  Meu alfa tirou a menina dos meus braços e correu para dentro da casa. Pude ver pela vidraçaria Kei deitá-la no sofá e começar a fazer cócegas. Não demorou muito até as risadas fossem ouvidas.

— Você parece uma criança, querido — falei ao chegar na sala.

— E quem mais brincaria com a nossa Dia? — finalmente deixou a menina tomar fôlego em meio as risadas — Mas, Diana, o que falamos sobre violência?

— Exatamente. Escute seu pai, mocinha. Promete para o papai que não vai mais fazer isso? — estendi meu mindinho para ela, que concordou e pediu desculpas para Kei.

  Dia. Ou seu nome inteiro, Diana. Nosso pequeno tesouro. Quando descobri que havia engravidado, vários nomes estavam em jogo, mas adiamos até o nascimento. E nem um outro nome poderia ser colocado, quando ao nascer, ela já era tão parecida com minha falecida mãe. Seus cabelos igualmente loiros e encaracolados, a personalidade, até algumas manias.

— Papai?

— Sim?

— Hoje vamos praticar?

  A peguei no colo e segui até o piano de calda no canto da sala.

— Obviamente, querida.

  Desde que nasceu, Diana sempre foi apaixonada por me ver tocar, até que, enfim, decidiu aprender.  Nos sentamos no banco, suas pequenas mãos nas teclas da direita e as minha na da esquerda. Meu marido sentou no chão e já com o violão em mãos. Nossos olhos se chocaram e se derreteram quase instantaneamente.

  Essa, como em muitas outras tardes, ficamos os três. Kei tocava pequenas notas e letras aleatórias que vinham em seu pensamento, enquanto isso, eu auxiliava Diana no piano. Ela obviamente errava as notas frequentemente por conta de seus dedos curtos, mas foi posto rapidamente em discussão o fato de que éramos humanos, que podíamos errar. Que o erro não nos resumia e que dele, algo inimaginável poderia surgir.

 Que o erro não nos resumia e que dele, algo inimaginável poderia surgir

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𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒; 𝘉𝘢𝘫𝘪𝘍𝘶𝘺𝘶Onde histórias criam vida. Descubra agora