𝐗𝐈

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Tempo presente

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Tempo presente

Estava ciente.

  Enquanto observava Chifuyu virar as costas para mim, um misto de emoção vieram em meu interior. A ânsia, a maneira como minha garganta ardia ao segurar as lágrimas, meus dentes rangendo para tentar manter o controle, minhas mãos tremendo. Era doloroso. Era ainda mais doloroso saber que a culpa era completamente minha. Não consigo sequer imaginar como ele está.

Minha cabeça confusa ao extremo. Simplesmente não sabia o que fazer.

Por que?

  Me perguntava. Nesse momento, me arrependi da promessa que fez. Sim. Eu me arrependia. Não por ter um melhora amigo problemático, mas por não dar fim naquela situação assim que percebi como Kazutora apoiava todo seu psicológico na promessa de passarmos a vida inteira juntos, de sermos a prioridade um do outro. Não como um casal, mas como pilares de apoio.

  Eu amava muito Kazutora — ele era meu irmão vindo de outro útero —, porém, naquele momento não conseguia pensar em nada. Estava perdendo meu ômega. Foda-se a promessa, foda-se fazer Kazutora não me ver como estabilidade emocional, foda-se como ele iria desmoronar ao não se ver como prioridade para ninguém naquele mundo. Foda-se. Era meu ômega. Era minha felicidade, meu pequeno anjo machucado pela vida.

Uau... Meus parabéns, Baji — saí de meu transe ao ouvir a voz de Hanma —, perdeu seu ômega...

— Como é? — ouvi a voz assutada de Kazutora — Ômega!? Você tem um ômega!?

   Ignorei as vozes, comecei a andar rápido em direção a saída, tinha esperança de Chifuyu estar lá. Hanma estava certo, eu já havia o perdido, eu sabia. Ao chegar ao lado de fora me deparei com meu ômega abraçado com Kisaki. Os olhos dos moreno exalavam ódio por mim. Não era para menos.

Amor... — o apelido saiu por impulso.

Amor...? Amor!? — os olhos do meu loiro estavam avermelhados — Kisaki, procura alguém sóbrio para deixar a gente.

𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒; 𝘉𝘢𝘫𝘪𝘍𝘶𝘺𝘶Onde histórias criam vida. Descubra agora