𝐗𝐗

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  Ao abrir os olhos, a visão do teto branco já parecia comum para mim

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  Ao abrir os olhos, a visão do teto branco já parecia comum para mim. Diferente do peso que sentia em minhas pernas. Dirigi minhas orbes para a razão daquilo. O homem parecia tão tranquilo, como se me conhecesse. De maneira incontrolável, levei as pontas de meus dedos aos seus cabelos, mas a sensação que senti ao tocar os fios negros me fez recuar ligeiramente.

  Logo uma pontada veio e meus dedos correram para massagear minhas têmporas, em busca de algum alívio. O homem acordou assustado e foi veloz ao segurar minha mão livre.

— Dói muito?

  Sua voz apreensiva me fez arrepiar. Fechei meus olhos quando as imagens embaçadas começaram a invadir minha mente, o alfa apertou minha mão em forma de consolo.

— Apóie sua cabeça, a dor vai diminuir.

  Segui suas palavras e deitei, tentando minimamente relaxar. Manti meus olhos fechados, absorvendo cada uma das lembranças que minha mente recordava.

— ...Keisuke.

  Murmurei seu nome, enquanto abria os olhos. Seus olhos dourados rapidamente encontraram os meus. Desespero, dor e uma angústia inexplicável rondava aquelas orbes.

— E, depois de tudo...

  Desci meus olhos para nossas mãos, aumentando o aperto.

— Será que você pode partir, sem me partir? Será que se você for, pode, então, não voltar? Será que se você for, pode me levar todo com você ou então me deixar inteiro aqui?

  Suspirou, trêmulo, junto a mim.

— Estou farto de você retornar e encaixar os pedaços meus, nos buracos que você mesmo fez. E, então você volta, trazendo as peças que me faltam. Me deixo ser inflamado de desejo por você. Então, você decide partir de novo e com isso me parto mais uma vez. Você leva novos pedaços meus, dando lugar a novos vazios em mim.

  Levo minha mão livre até seu rosto, o acaricio com minhas unhas e aproximo meu rosto do seu.

— Aí, eu te pergunto, por que voltou?

𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒; 𝘉𝘢𝘫𝘪𝘍𝘶𝘺𝘶Onde histórias criam vida. Descubra agora