𝐗𝐕

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Meses atrás, 19 de dezembro

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Meses atrás, 19 de dezembro.

  Esperava pacientemente meu pedido ser embalado, flocos de neve caíam ao lado de fora da cafeteria. Estava perdido nos meus pensamentos até que ouço ser chamado.

  Saio da cafeteria colocando o sobretudo preto novamente, a embalagem com o bolo em mãos e sigo meu caminho para casa. No meio do caminho aviso algumas crianças judiando de um gato. O ódio subiu em minha garganta.

  Corri ao encontro do gatinho, os malditos moleques fugiram ao me ver. Não havia percebido que outra pessoa vinha em direção ao pequeno até ela se ajoelhar ao mesmo tempo que eu.

Malditos... — ouvi sua voz suave murmurar ao ver o estado do gatinho em meus braços.

  O garoto era obviamente um ômega, seus cabelos loiros contornando seu rosto, os lábios rosados e brilhosos, suas mãos pequenas que não hesitaram ao pegar o gatinho e o trazer para seu peito. Nem qualquer medo de sujar suas roupas brancas.

— Ele tem algum ferimento? — consegui perguntar depois de analisá-lo.

— Não... — sorriu pequeno e, finalmente, encarou meu rosto.

— E ainda dizem que crianças são puras... — soltei, odioso.

  Fiz carinho na cabeça do gatinho, sorri ao ouvir seu ronronar.

— Nenhum ser puro é capaz de algo assim — ele leva seu dedo ao gato, fazendo uma leve carícia.

  Sinto uma onda elétrica ao nossos dedos se tocarem durante as carícias. Meus olhos se voltam para seu rosto, percebo sua análise sobre mim. Nossos olhares se juntam por alguns segundos. Meu coração bate como louco.

— E agora? — pergunto — Você fica com ele?

— Não posso, já tenho uma gata — fala meio chateado —. E você?

— Também já tenho um. Mesmo que eu queira não posso ficar com esse pequeno — falo acariciando o gatinho.

— Na verdade, conheço um centro de adoções — ele fala após alguns segundos.

𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒; 𝘉𝘢𝘫𝘪𝘍𝘶𝘺𝘶Onde histórias criam vida. Descubra agora