𝐕𝐈

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  Encarei o carro dar partida e se distanciar

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  Encarei o carro dar partida e se distanciar. Entrei no prédio e me dirigi ao elevador, após entrar no elevador e selecionar meu andar, deixei meus pensamentos voarem para Chifuyu, já estava com saudade, queria ouvir sua voz, abraçar seu corpo, ou, até mesmo apenas o ter por perto, queria o ver novamente, queria encarar aqueles olhos que tanto ama, apenas o queria. A cada momento que passo com ele sinto que nunca vai ser suficiente, o que temos não é suficiente.

— Se certificou que Yu foi embora em segurança? — minha mãe perguntou quando entrei no apartamento — Ele foi embora muito cedo, poderia ter ficado mais tempo.

— Sim, também queria que ele passasse mais tempo — falei, indo em direção ao sofá — por mim ele estaria aqui a todo momento. nessa casa ele é cuidado como merece.

  Minha mãe me entregou um pedaço de bolo quando sentei no sofá, minha mente focada nele. Tinha medo. Não medo do que poderíamos ter. Mas medo do que isso poderia causar.

— Vamos, abre a boca — minha mãe fala, é como se ela soubesse sobre o que estou pensando.

— Não sei o que fazer, mãe —falei, suspirando.

— Isso eu já percebi, Keisuke — ela falou de maneira óbvia.

  Olhei para o teto, divagando, eu não quero perder nada, mas sei que estou me encaminhando à perder. Aquela promessa. Não me arrependo dela. Pelo menos, não totalmente. Eu quero, e, vou a cumprir, mas agora, tenho alguém que quero ao meu lado. Simplesmente, não sei o que fazer, conheço bem quem compartilha essa promessa comigo, e, a qualquer passo em falso posso a perder. Porém, tenho o sentimento de que irei perder Chifuyu se não fizer algo a respeito dessa outra pessoa.

Não sei o que fazer. Sinto que vou perder. E eu não quero perder nada.

— Agora que lembrei, não deixe as coisas espalhadas no quarto — a voz de minha mãe me fez voltar a realidade — Chifuyu quase se machucou quando levantou.

— Como!? Com o que!? — estava confuso.

— Você deixou aquela caixa de cartas do Kazutora no meio do quarto, moleque. — ela me deu um peteleco na testa — Falando nisso, não contou do Kazutora para o Yu!?

— Você falou!? — estava em choque, não queria falar de Kazutora, pois não sabia como.

— Não tinha como eu adivinhar que você não tinha falado, — falou, me advertindo — inclusive, por que não falou?

— Coloquei minhas mãos na cabeça tentando raciocinar — Não sabia como falar sobre ele para o Chifuyu.

— Não é apenas dizer que ele é seu melhor amigo? — ergueu uma sobrancelha.

— Não é tão simples — levantei do sofá, estava pronto para ir me trancar no quarto.

  Obviamente, deveria sim, ser simples. Mas não sabia como falar sobre a promessa. Não falta muito para Tora sair do reformatório, e, talvez, seja mais simples conversar com ele primeiro. Chifuyu merece um relacionamento real, eu sei disso, mas não posso o deixar ir.

Não quero deixar meu ômega.

Porque ele é meu.

E eu sou dele.

Voltei a realidade com voz de minha mãe.

Vire homem, Keisuke — ela me encarou severa — faça o que deve ser feito. Pense mais em você, moleque, você quer aquele ômega, seja lá o que ou quem te prende, vai entender, contanto que queira que você seja feliz.

 Pense mais em você, moleque, você quer aquele ômega, seja lá o que ou quem te prende, vai entender, contanto que queira que você seja feliz

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  Fui em direção a reunião da Toman, dessa vez, meu loiro disse que não iria comigo, apenas aceitei — não que eu tenha gostado —. Ao chegar, a primeira pessoa que vi foi Kisaki, não tinha nada contra ele — apenas que era próximo demais do meu ômega —, mas sabia que ele não gostava de mim, não o julgo, pois estava ciente que era porque não assumia nada sério com Chifuyu.

— Cadê o Chifuyu? — perguntei sem enrolação.

  Kisaki me olhou de cima a baixo.

— Boa noite também, Baji. — sorriu forçadamente.

  Ergui uma sobrancelha.

Kisaki.

— Está vindo com os outros, cacete — fala sem paciência.

  Fico ao lado dele esperando por Chifuyu, estranhei que ele tivesse vindo sozinho, já que não teve uma vez que não veio junto com meu loiro, tirando quando ele vinha comigo. Cumprimento meus amigos conforme vão chegando a reunião, e finalmente vejo carro de Chifuyu se aproximar.

  Me aproximo do carro e abro a porta do motorista, estendo minha mão e Chifuyu a pega.

— Por que não veio comigo? — perguntei após terminar de o ajudar a sair do carro.

— Kai e Haru não tinha como vir hoje — seu tom parecia diferente, mesmo que seja ao mínimo.

— Minha mãe reclamou que passou pouco tempo lá em casa — passei meu braço sobre seus ombros e o guiei até onde Kisaki estava.

  Chifuyu riu, é inexplicável como amo esse som.

— Outro dia passo mais tempo com ela.

— Só com ela? — perguntei ofendido.

— Exatamente — falou sorrindo maldoso.

  Conversamos até a reunião começar, era indescritível o que estar ao lado dele fazia com meu coração.

  Conversamos até a reunião começar, era indescritível o que estar ao lado dele fazia com meu coração

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Cap no ponto de vista do Bajito???

Obrigada por ler<3

- Elloy

𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒; 𝘉𝘢𝘫𝘪𝘍𝘶𝘺𝘶Onde histórias criam vida. Descubra agora