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Parte 1

12/07/2013

Já era meia noite, meu aniversário já havia passado, mas ele ainda não chegou. "Qual a demora dele?", "Será que aconteceu algo?"
Tentei ligar para o meu namorado, enquanto eu tremia feito louca imaginando várias das situações que poderiam ter acontecido. Andei pela casa feito um cachorro, ansioso, sem rumo. Meus amigos que vieram à minha festa, foram todos embora. Minha mãe tentava me acalmar dizendo que ele poderia estar em um engarrafamento, até porque ele era de outra cidade, mas poderia ao menos atender esse celular?
Passou-se alguns minutos e nada! Até que depois de muitas tentativas, no último suspiro, alguém atendeu...

"Alô?! Aqui é da polícia! Ligamos para o número que o réu alega ser um cúmplice. Kim Sunoo está sendo levado à delegacia por tentativa de assassinato. Precisamos que se apresente ao local imediatamente"
"O'ok...."

Nesse momento, meu coração se despedaçou, senti algo pressionando-me ao chão, parecia que eu estava carregando todo o peso do mundo. Minha mãe sem saber o que fazer, tentou me confortar abraçando-me com toda a sua força. Arrumei-me sem alguma vontade e meus pais foram junto a mim para delegacia da cidade.

Kim Sunoo, é um rapaz que eu conheci por acaso em uma festa. Era uma noite de quinta-feira, meu ex terminou comigo por mensagem depois de achar outra mulher para preencher aquele maldito coração. Aquela noite eu decidi sair por aí sem rumo. Fui em uma das ruas mais badaladas e acabei me afundando no álcool, entrei em uma festa com alguns desconhecidos que encontrei aleatoriamente na rua. Ali mesmo eu fiquei maluca, tão fora de si que comecei a imaginar coisas, eu já cheguei a pensar que poderiam ter me drogado lá dentro da boate. Passei uma hora, duas horas, só dançando e chorando, tentando esquecer aquele desgraçado.

  Um rapaz que estava a um tempo sentado na bancada ao lado, veio até mim perguntar-me se eu estava bem, passamos a conversar um pouco mais naquele momento e nos trocamos os números de celular. Acabou que, no dia seguinte acordei em um quarto desconhecido com Sunoo, o rapaz, deitado na cama ao meu lado. Fiquei assustada, pois eu não estava consciente na noite anterior em questão do álcool. Cogitei sair correndo, escrever um bilhete e sair do quarto, fazer uma denúncia, mas quando eu finalmente tentei reagir ele acordou.

No momento não consegui fazer nada, só via ele se espreguiçando e me dando bom dia.

"Bom dia, linda!"

Para ser sincera, ele parecia ser um bom rapaz, bonito, gentil, só que eu nunca soube no que ele trabalhava. Começamos a sair mais, ele me chamava para caminhar nos parques, sempre sorria pra mim com aquele sorriso encantador. Me trazia flores, presentes inusitados, palavras carinhosas, até que pediu-me em namoro. Estávamos juntos faz um tempo.

Hoje, estou indo à delegacia com a companhia de meus pais, pra falar a verdade, eu não estou conseguindo raciocinar direito o que está acontecendo, por que o meu namorado, Kim Sunoo, um menino carinhoso, gentil, que não conseguia matar uma formiga, está sendo acusado de tentativa de assassinato?

  Ao chegar lá, vejo ele trancado em uma cela pequena da delegacia, cabisbaixo, sem ao menos falar uma palavra ou olhar para mim.

"Por favor, senhora! Preencha esse formulário com suas informações. Logo após, iremos chamá-la para dar o depoimento. "

Preenchi com a ajuda do meu pai e esperei sentada em algumas das cadeiras que disponibilizaram. Logo, fui chamada por um investigador que trabalhava no caso. Passei pela cela tentando não deixar minhas lágrimas caírem, quando escutei uma voz...

"Amor... me salve"
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Oie!! Dessa vez trouxe uma história um pouco mais longa. Em breve lançarei a segunda parte do imagine.
Espero que se divirtam lendo!

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