Capítulo 23

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Severus podia se acostumar com aquilo, os quartos estavam mais limpos que os corredores do castelo, mais confortáveis do que eles estavam acostumados no dormitório dele, eles tinham mais espaço e por estarem em um espaço de um fundador, era óbvio que estavam realmente mais seguros.

Todos se encontraram no horário que já tinham combinado na biblioteca que usavam sempre, os elfos já tinham deixado o café da manhã disponível pra eles, e não estavam mais à vista para escutarem a conversa, dando total privacidade.

— Vamos continuar morando aqui embaixo? Por que aí vamos organizar uma mudança definitiva. -Severus perguntou mal humorado.

— Não vamos nos mudar pra cá, ou vamos? -Tom perguntou torcendo pra resposta ser não.

— Você está fazendo uma cara estranha. -Jensen falou apontando pra testa franzida do seu protegido.

— Commentarius non solum. (O diário não é o único) -Draconis falou pela primeira naquela conversa, chamando a atenção pra ele.

— O que foi isso? -Tom perguntou preocupado.

— Ele falou que o diário não é o único. -O Anjo falou franzindo a testa em concentração.

— Único o que? -Severus perguntou tenso, ele tinha certeza de que não era coisa boa.

— Horcruxes. -Draconis respondeu fazendo uma careta, odiava a ideia de alguém ter feito isso com a própria alma.

— Impossível. -o professor falou horrorizado.

— Bem possível, precisamos matar o diário e achar o resto. -o loirinho falou sério, eles tinham que começar a se mover.

— Quanto é o resto? -Tom perguntou tenso.

— Ainda vou descobrir. -Draconis respondeu com a testa franzida.

— Como? -Jensen perguntou curioso.

— Eu estou em uma fase diplomática, eu vou perguntar. -o loirinho respondeu sorrindo malicioso.

— Pra quem dessa vez? -Severus perguntou esperando que fosse pra uma pessoa diferente.

— Para o diário, é claro. -Draconis respondeu sorrindo, sabendo que essa não era a resposta que eles queriam.

Jensen conhecia bem o que estavam fazendo, ele tinha séculos de vida, ele já era velho e vivido desde que começou a proteger a Majestade, ele já tinha visto muitas coisas e experimentado e tinha experiências que ainda não tinha tido a chance de poder contar; ele sabia com o que estavam lidando, era uma pessoa diferente por trás de tudo, mas ainda não deixava de ser alguém cruel para lutar contra.

— Isso vai dar certo, realmente? -Severus perguntou preocupado, ele não queria ver ninguém machucado.

— Sim, nada com que se preocupar. -Draconis respondeu sincero.

— Tudo bem então, vamos fazer isso logo. -Tom falou tentando ser positivo.

Abrir o diário foi rápido, eles mantiveram o pentagrama que já tinham desenhado pro ritual, acenderam as velas e se afastaram, deixaram o fogo queimar antes do caderno se abrir e uma imagem aparecer.

— Se parece comigo. -Tom falou franzindo a testa, era como se olhar no espelho.

— Se parece muito com você, é difícil dizer que não é. -Severus falou dividindo o olhar entre os dois e não vendo diferenças.

— Você pode ver a diferença? -Jensen perguntou ao seu protegido que ainda não tinha falado nada.

— Claro, eu sempre vou ver a diferença. -Draconis respondeu sorrindo fraco, era triste, mas ele gostava de ter dois Tom.

Can you save me? - DramortOnde histórias criam vida. Descubra agora