Capítulo 22

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Chegou a hora da revelação do sexo dos bebês. Henry está do meu lado e tenta pegar na minha mão, porém eu o afasto.

— Não se esqueça que eles pensam que somos noivos. — Ele fala com o maxilar cerrado.

— Que se foda o que eles pensam.— Replico e ele me olha surpreso.

Mesmo sem eu querer, ele segura minha mão, cravo as unhas recém feitas em sua pele, é uma ótima ocasião para ter escolhido o formato Stiletto.

Puta que pariu. — Ele resmunga baixo e eu sorrio.

— Ok papais, vamos começar, quero chamar a titia Beth, que é a única que sabe o sexo dos bebês, vir até aqui na frente. — Dona Geu fala.

— Oi galera, é... Calma eu to nervosa. — Beth toma um gole de seu drink "sem álcool" e nós rimos.
— Bem, não gosto de enrolação, e sei que vocês também não, então vamos contar até nove e algo surpresa vai revelar o sexo dos bebês.

Fico nervosa, o que será que a Beth inventou?

10... 9... 8... 7... 6... 5... 4... 3... 2... 1...

Ao chegarmos no número 1. Dois jatinhos passam pelo céu acima de nós, um com a fumaça azul e o outro rosa. Grito extasiada. Vou ser mãe de um casal.

Henry me puxa para um abraço porém não retribuo, estou muito feliz, mas não quer dizer que eu esqueci tudo o que ele me disse semanas atrás.

Me afasto dele sem olhar para seu rosto e vou até Geu, que está em lágrimas.

— Meu Deus, meu sonho está se realizando, vou ser vovó de um casal. — Ela me abraça. — Oh minha querida, meus parabéns.

[...]

Passo os próximos 30 minutos agradecendo as felicitações das pessoas. Mal vi quando Mendy se aproximou de mim.

— O que você tá fazendo aqui, Mendy? — Falo com desdém.

— Lorency eu preciso falar com você agora que está sozinha. — A expressão dela me preocupa.

— Pode falar. — Coloco as mãos no quadril, esperando.

— Não pode ser aqui, me leve em algum lugar da casa que seja... afastado daqui. — Franzi o cenho, parece ser mais sério do que eu esperava.

— Venha comigo. — Me afasto com ela e vou ao meu quarto.
— Tá, desembucha logo!

— Olha Lorency, eu sei que sou a última pessoa no mundo em que você confia, mas... Faz meses que eu percebo que tem alguma coisa muito errada.

— Como assim, alguma coisa errada? — Olho para ela, ansiedade tomando conta de mim.

— Não confie no Henry, na... na verdade não confie em ninguém. Sua mãe... — Ela fala, e realmente parece... Preocupada?

— Mendy, o que tem minha mãe.— Pergunta segurando seus ombros.

Ela ia falar porém a porta é aberta e Henry aparece com uma expressão confusa, seu olhar vai para Mendy, e fúria toma conta seu rosto.

— Depois a gente conversa. — Ela se endireita e me entrega um papel, Henry não percebe isso.

— O que ela queria com você, veio te insultar? — Henry pergunta sentando na minha cama.

— Não, e mesmo se fosse não é da sua conta, sei me defender sozinha. — Digo indo em direção ao banheiro, irei trocar de roupa, preciso digerir tudo o que Mendy falou.

— Vamos descer, ainda tem muitos convidados lá embaixo. — Ele diz.

— Não estou me sentindo bem, pode ir sozinho. — Tiro os brincos e os pequenos saltos que estavam me incomodando.

— Eu sei que você está muito bem, sei também que a Mendy falou algo que a deixou intrigada. Não quero ver você conversando com ela, está me ouvindo? — Ele aparece no banheiro e fala num tom que eu nunca tinha ouvido.

Cadê aquele doce Henry do começo de tudo isso?

— Se não quiser ver, vai ter que arrancar seus olhos. Você não manda em mim, está me ouvindo? — Levanto o queixo não deixando que ele me intimide.

Sinto meu rosto arder, Henry acabou de me dar um tapa. Lágrimas ameaçam sair porém eu as limpo.

— Eu que mando aqui, hai capito?
Ele segura meu rosto com força. — Entendeu? — Ele grita.

Assinto com a cabeça.

Ele sai e eu me sento no chão do banheiro, abraço os meus joelhos e choro. O que houve com ele. Saudades do antigo Henry.

Pego o papel que Mendy me entregou e vejo um número anotado.

pesco meu celular em cima da pia do banheiro e disco o número.

— Alô, Lorency. — A chamada é atendida quase que imediatamente, a voz é de Mendy.
— Está na hora de algumas verdades serem esclarecidas. Não posso falar pelo telefone, onde e quando podemos nos encontrar?

— Amanhã, no Litta's. Pode ser? — Falo, não quero ir num lugar muito afastado com a Mendy.

— Ótimo, nos vemos às 15 horas. — Ela não espera e desliga a chamada.

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