Capítulo 9

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Lorency|

Já é segunda, acordei e logo lembrei que minha amiga Mary chega hoje mesmo do Brasil, tô tão ansiosa, tenho tanta coisa pra contar. Tomei café dá manhã e por incrível que pareça o Henry estava em casa.

-Preciso sair hoje. - Falei rápido pra não gaguejar.

-Posso perguntar pra onde?

-Não que seja da sua conta, mas como sou educada... Vou ver minha amiga que chega hoje do Brasil.

-Certo, vou falar com o Alexei.
-A Dra. Natália ligou, você vai começar o pré-natal, está marcado pra amanhã.

- Ótimo. - Vou ter quer ir sozinha às consultas porquê além do pai ser um desligado, minha mãe não atende minhas chamadas, faz dias que tento ligar para ela e nada, estou começando a me preocupar.
-Só me fala o horário.

-Às 9:00 horas.

[...]

Combinei de me encontrar com a Mary em um café no centro, um em que a gente vai no fim das aulas, ela faz administração igual eu, nos tornamos amigas lá.

-Oii, ai que saudade que eu tava amiga! - Abracei ela muito forte.

-Eu também senti muito a sua falta Lore!

Desfiz o abraço e vi a minha amiga bronzeada.

-Eita como tava de boa lá em? Amei o bronze. - Puxei ela pra sentar.

-Nem me fale, no Brasil tem cada gata você nem imagina. - Ela sorriu boba.
-E então... E as novidades?

-Melhor a gente esperar a Desty chegar né? - Desty era nossa outra amiga, cursava moda. Ela tinha ido esquiar com os avós.

Não demorou muito pra ver a loira chegando já causando, ela se arruma toda até pra ir comprar um pão.

-Oi minhas gracinhas. Oii mary que saudade. - Ela abraçou Mary e por fim me abraçou.
-Vamos colocar os papos em dia, eu tenho muita coisa pra falar e acredito que vocês também.

-tenho mesmo, e tenho certeza do que eu vou falar vai fazer com que vocês pasmem. - Falei apoiando a cabeça na mão.

-iih amiga é tão grave? - Desty me olhou preocupada.

-Sim.

-Ai meu Deus. - Mary falou.
-Vamos logo pedir a comida depois a gente conversa.

A gente pediu o de sempre, mocca pretzel com chocolate. Comi devagar pra adiantar a hora de falar...

-Ta deixa que eu começo. - Mary falou ainda de boca cheia.
-Eu conheci uma garota lá no Brasil, aí a gente ficou e tals, até aí tudo bem né, mas ela já queria outras coisas mais sérias, eu falei que era só diversão porque eu nem era de lá, a garota surtou, vocês já devem imaginar no que isso deu.

-Nossa Mary, arrasando corações brasileiros em? - Desty riu da minha resposta.

-Fazer o que né?

-Minha vez, como vocês sabem eu fui esquiar, era só pra ter ido eu e meus avós mas a gata borralheira da minha prima foi junto, a Luna, e então ela pegou o carinha que eu tava ficando lá, vocês acreditam? - Falou entusiasmada.

-Que vaca! Nunca gostei dela.

-Vadia! - Mary falou boquiaberta.

-Pois é meninas. Agora você Lore.

Meu coração acelerou. Contei todos os mínimos detalhes menos a parte que o Henry era um mafioso. Fiquei uns 10 minutos contando. Se fez um silêncio de alguns segundos enquanto elas raciocinavam boquiabertas.

-EU TÔ BESTA! - Mary falou primeiro quebrando o silêncio.

-E EU!

Todos da cafeteria olharam pra gente.

-Meninas falem baixo.

-Ai Lore eu vou ser titia, conte comigo pra o que precisar tá gracinha? - Desty falou e me abraçou.

-Conte comigo também.- Ela também me abraçou.
-E como você está com tudo isso amiga?

- Psicologicamente? Tô levando.

-Você não tem foto dele não? - Mary perguntou.

-Não tenho, mas qualquer dia eu pergunto se vocês podem ir lá na casa, aí vocês vêem pessoalmente.

-Você, acha ele bonito. - Perguntou Desty interessada.

-Bonito é pouco, aquele homem é um deus grego. - Falei e elas deram risadinhas surpresas.

Me despedi das meninas e fui embora. Cheguei em casa e fui ao quarto, tinha que organizar algumas coisas pois já ia voltar às aulas na faculdade. Tentei ligar mais uma vez pra minha mãe e nada. Será que ela está me ignorando ou aconteceu alguma coisa? Decidi ir a cozinha pois bateu uma vontade enorme de comer... Requeijão com tomate.

Henry |

A ideia da Lorency ficar saindo não me agrada, mas não posso prende-la em casa. Fui pra academia da casa assim que Lorency chegou, treinei pesado como sempre e estava indo pra cozinha quando vi Lorency.

-O que é isso? - olhei com nojo pra "comida" que ela segurava.

-Ai que susto, não pode chegar assim do nada. E respondendo a sua pergunta isso é tomate com requeijão.

Engasguei com a água que estava tomando. Assim que ela comeu toda aquela gororoba não durou 2 minutos.

-Sai da frente. - Saiu correndo em direção ao banheiro.

Fui logo atrás dela, cheguei e vi ela de cócoras vomitando no vaso sanitário. Segurei seu cabelo num rabo de cavalo e esfreguei suas costas. Aquilo tinha sido seu primeiro desejo de grávida.

-Vai ser toda vez assim. - Falou passando a mão na boca e dando descarga.

-Jaja passa.

Fui saindo e escutei ela chorando baixinho. Estava quase voltando, mas decidi deixar ela só. Não deve estar sendo fácil.


Grávida de um mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora