Capítulo 3

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Depois do choque que recebi após saber que estava grávida, uma grávida virgem, que ironia. Fui a ginecologista, a mesma que eu suspeitava ter feito uma inseminação artificial em mim.

-Isso é uma negligência, você vai responder perante a justiça. -Disse minha mãe estressada, nunca tinha a visto daquele jeito.

-Perdoe-me senhora, não foi minha intenção, eu estava cansada e...

-Isso não justifica nada. - Dessa vez respondi eu.

-Eu sinto muito, mas você pode realizar um aborto.

-Não, não vou abortar um inocente, ele não tem culpa, a culpa é toda sua.
-Mãe, pode pegar uma água pra mim por favor?

-Claro querida

Minha mãe saiu e um silêncio se instalou no ambiente, contive ao máximo as lágrimas porém falhei, não era desse jeito que eu queria.
De repente a porta se abre revelando um homem, e que homem meus caros, aparentava ter no máximo uns 30 anos, cabelos negros um pouco bagunçado, os olhos azuis tão lindos, e uma musculatura de tirar o fôlego, que deus grego!

-É ela? - Pergunta o homem a ginecologista.

-Sim senhor.

-Posso saber o que está acontecendo? - Olhei os dois confusa.

-Senhorita, esse é Henry cavill, o pai do bebê.

MEN TI RA!

Meu queixo caiu ao ouvir que o gostosão era o pai do meu bebê, mas o que ele está fazendo aqui?

-Então, ele é o genitor, algumas semanas atrás ele veio aqui para fazer a inseminação em outra moça porém... -A médica abaixou a cabeça.

Af fala sério, o gostosão é casado?

-A, sinto em lhe informar, mas vai ter que fazer a inseminação na sua esposa, a pessoa certa não é? - Olhei pra ginecologista.

-Esposa? - O Henry sorriu.

-Sim.

-Não sou casado, e não, não vai ter que haver outra inseminação, o meu bebê já está aí dentro.

-O que? Seu? Pra sua informação o bebê é meu. -Falei me levantando.

-Nosso.

-Olha senhor Henry, não se preocupe, pode trazer sua namorada ou que for pra nova inseminação, não vou pedir dinheiro e não vou procurar por você, certo?

Quantas vezes eu já falei inseminação hoje, vou ter pesadelos.

-Não, já está feito, e é meu direito assumir o bebê, quer você queira ou não. -Disse por fim me olhando com firmeza.

Tentei ao máximo, não dar um tapa naquele rostinho lindo, minha mão até ferveu, porém deixei pra lá. Me dei por vencida.

-Ok.. ok. É muita coisa pra minha cabeça, por que você quer ter um filho de uma estranha?

-Seria de outra estranha, estava a procura de uma, pois preciso de um herdeiro, por isso optei por uma barriga de aluguel.

-Por acaso você está morrendo?

-O que? Não, só preciso de um herdeiro, a maf... Digo a vinícola precisa estar no nome de um herdeiro.

-Como assim vinícola. - O gostosão é dono de uma vinícola? Interessante.

Como se ele adivinhasse meus pensamentos disse.

-Sim sou dono de uma vinícola. -Deu um risinho de lado.
-Vou levar você pra fazer exames e saber se o bebê está bem.

-Não vai ser preciso, já fiz exames hoje, e está tudo normal.

Nessa hora minha mãe entra com uma garrafa de água na mão e olha pra gente com um sinal de interrogação na testa.

-O que tá acontecendo?

Expliquei tudo, que ele era o pai do bebê e tal, minha mãe teve a mesma reação que a minha. Por um momento pensei que ela iria passar mal.

-Então mãe, vamos indo?

-Vamos sim querida.

-Eu levo vocês.- Disse o gostosão.

-Não precisa. -Falei curta e grossa, tem que dar uma de difícil não né?

-Eu levo vocês, e não diga..

-Não. A gente mora perto.

-Mas filha a gente mora do outro lado da cidad...

-Mãe! -interrompi minha mãe.

-Vamos.- Ele seguiu até o carro sem nem escutar minha resposta.

[...]

-Chegamos.

-Certo, olha esse é o meu cartão, qualquer coisa você me liga. - Ele me entregou seu número.

-Não espere por isso.

-Ok, se você prefere que eu venha todo dia lhe ver.

Até que não era uma má ideia.

-Não é necessário senhor Cavill.

-Me chame de Henry. E sim, é necessário, você carrega meu filho aí dentro.

-Obrigado senhor Cavill, pela carona. -Falei e puxei minha mãe rapidamente pra fora do carro.

Ele ficou por alguns minutos nos observando e arrancou com o carro.

-Não acha que foi um pouco grossa com ele?

-Não mãe, ele é um estranho e eu não vou dar cabimento.

-Bom, agora não é mais um estranho qualquer, é o pai do seu bebê..

Minha mãe estava certa, e ele não tinha culpa se a médica fez a inseminação errada. Jantei, tomei um banho e fui dormir, ao menos tentar. Passei a noite me mexendo sem conseguir pregar o olho, só conseguia pensar o que seria daqui pra frente...

Grávida de um mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora