Capítulo 23

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Lorency|

— Vamos Alex, o Henry nem vai perceber que saímos. — Imploro ao moreno quase que chorando.

— Me desculpe senhora Lorency, mas não posso sair sem a autorização do chefe. — Ele fala e eu bufo irritada.

— Ah já sei, não precisa mais. Tchauzinho! — Mando um beijinho no ar e rapidamente ligo para Beth, minha salvadora.

[...]

— Tá, me explica isso direito. Você vai encontrar sua "irmã" do mal e tá tranquila com isso. — Beth pergunta concentrada na estrada.

Quem disse que estou tranquila?

— Ela não vai fazer nada de mais. Né? — Pergunto mais para mim do que para ela.
— Vira a esquerda na próxima entrada, Beth.

[...]

— Olha qualquer coisa você grita, vou ficar nessa mesa aqui, vou ser discreta juro. — Beth fala e sem querer quase derruba o enfeite da mesa. — Discreta!

Reviro os olhos e me dirijo à mesa onde Mendy está à minha espera.

— Pode desembuchar logo, não tenho o dia todo.  —  Falo rude.

— Escuta, Lorency! Sei que passamos a maior parte desse tempo se odiando, mas quero muito o seu bem. —  Mendy fala e consigo sentir honestidade, cerro os olhos.

— Prossiga.

— O Henry não é essa pessoa que você pensa que é, sua mãe, até meu pai... Meu Deus como eu vou te falar isso? —  Ela coloca as mãos na cabeça.

— Como assim, Mendy. Do que você está falando? — Consigo sentir o meu coração acelerado.

— Há alguns anos atrás, antes mesmo da gente se conhecer, eu ouvi uma conversa do meu pai com um homem...

FLASHBACK MENDY

— Porra, você está maluco se pensa vou fazer isso com minha filha! — Ouço papai vociferar.

— Calma querido. — A voz de uma mulher rompe meus ouvidos. Querido?

— Não seja ingênuo, Marco! Você sabe que para o plano proceder precisamos disso.

— Não me pessa para submeter a minha filha a isso!

— Então se vire, procura outra menina da família ou faça uma, caralho. A gente precisa disso! Você tem 2 meses. —  O homem desconhecido grita.

— Minha enteada. —  Papai sussurra mas ainda consigo o ouvir.

Ela só tem 17, você sabe que essa porra de máfia tem regras sobre idade, Felício! A mulher novamente fala.

— Caralho! Acho que consigo um tempinho. Espere a menina fazer 19 anos. —  Ouço os passos do homem e corro para não ser pega bisbilhotando!

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De volta ao presente, encaro Mendy com os olhos arregalados, tentando absorver tudo o que ela acabou de me contar. As palavras ecoam em minha mente, fazendo com que minha cabeça lateja de dor. Minha própria mãe e o pai de Mendy haviam conspirado contra mim, usando minha gravidez como parte de algum plano obscuro.

— O que você está querendo dizer? Você acha que minha mãe e seu pai armaram tudo isso? — pergunto, minha voz saindo fraca e trêmula.

Mendy desvia o olhar, claramente desconfortável com a situação. Ela respira fundo antes de responder.

— Eu escutei meu pai falando que ele tinha dado o material necessário para um procedimento de inseminação artificial com uma mulher desconhecida. E o prazo que ele mencionou era exatamente o tempo em que você engravidou.

Um calafrio percorre minha espinha enquanto tento processar essa informação devastadora. Tudo começa a se encaixar em minha mente, as peças do quebra-cabeça se unindo para revelar uma imagem perturbadora. Será possível que minha própria mãe, uma pessoa em quem eu sempre confiei, tenha feito algo tão horrível?

— Por que seu pai faria isso? O que ele ganharia em me colocar nessa situação? — minha voz falha em um soluço triste.

Mendy suspira e coloca a mão em meu ombro, oferecendo um apoio silencioso.

— Eu não tenho todas as respostas, Lorency, mas tenho a sensação de que algo muito maior está acontecendo por trás dessa história. Acredito que meu pai e essa pessoa com quem ele estava falando estejam envolvidos em algo perigoso e obscuro.

Agora, o medo se mistura com a raiva dentro de mim. Como minha mãe e meu padrasto pôde trair minha confiança dessa maneira? E o misterioso homem com quem ele estava falando... Quem era ele? E o mais importante, devo realmente confiar em Henry?

Estou saindo da mesa quando um mal me sobe a espinha.

— Você está bem? — Mendy corre para me segurar e rapidamente vejo Beth vindo em nossa direção.

— O que você fez? — Elizabeth grita.

— Nada, ela não está passando bem, precisamos leva-la ao hospital.

— Não! Eu estou bem, só preciso ir para casa descansar. — Falo me colocando de pé.
— Mendy, nossa conversa não acabou!

— Está muito longe de acabar! — Ela me olha com preocupação.

Enquanto caminho em direção à porta do restaurante, meu coração está repleto de determinação. Eu não vou mais ser uma peça nesse jogo de traição e mentiras. É hora de tomar as rédeas da minha própria história e enfrentar os demônios que estão à espreita nas sombras.

A verdade pode ser assustadora, mas estou pronta para enfrentá-la!

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