Você merece todo amor do mundo

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AVISO DE GATILHO: ESTUPRO.
NÃO LEIA SE ACHAR QUE NÃO PODE TANKAR



Clara estava entediada e cada vez mais pensava precisar de um emprego. Theo havia cortado seus recursos e quando tentou pedir ajuda à sua madrinha, recebeu um pedido de que voltasse para o ex-marido. Ela já não aguentava mais. As contas estavam todas atrasadas e tinham a proibido de frequentar a academia do prédio, por estar devendo dois meses de condomínio. Mas ela ia mesmo assim. Chegava no horário de almoço, quando costumavam fechar e treinava escondida com Helena. Helena tinha de subornar o monitor das câmeras todos os dias, para que as imagens de Clara fossem deletadas.

Naquele manhã, quanso viu o trinco da porta girar, imaginou que era Helena. Estavam há dois meses juntas e a personal dormia com muita frequência lá.

"Amor, eu tava pensando-" a fala morreu em suas cordas vocais ao se deparar com Theo.

O homem tinha um sorriso cínico nos lábios e vestia um terno azul marinho amassado. A julgar pelos olhos, Clara sabia que ele encontrava-se completamente embriagado. Ela reconheceria aqueles olhos malditos em qualquer lugar e a qualquer distância. No entanto, o que sentiu ao vê-lo a pequenos passos de entrar em sua casa, foi medo. Um medo descomunal se apossou de seu corpo, a fazendo correr e tentar fechar a porta. Ficaram em um embate, Theo forçando a porta a se manter aberta e Clara tentando fechá-la a qualquer custo. A mulher perdeu a batalha. Theo adentrou e trancou a porta.

"O que você quer?" gritou. O medo visível nos olhos, coisa que o divertia.

"Recebi a intimação do processo. Dois processos, na verdade. Os trâmites do pedido de divórcio e sua denúncia ao ministério público." ele se aproximava ainda mais a cada fala, deixando-a encurralada entre ele e o sofá. "Você é uma piada." com a última fala, o espaço acabou e Clara caiu sobre o sofá, com Theo se pondo em cima dela.

"Eu quero que você vá embora!" gritou em desespero.

"Que pena, meu amor. Porque eu queria tanto relembrar os velhos tempos." seus dedos roçaram no pescoço, a sentindo trêmula. Clara fechou os olhos, sentindo nojo.

"SAI, SAI DE CIMA DE MIM!"

Theo apertou a coxa da mulher, a forçando contra seu quadril.

"Você não disse que eu sou um abusador?!" suas unhas se arrastaram sobre a pele de Clara, com raiva e força. "Eu não forço as mulheres? HEIN?! E se eu te forçasse?"

Theo saiu de cima rapidamente, rindo ao ver que Clara chorava de medo e desespero. Como ele se divertia, a ex-mulher entregava tudo em suas expressões. Nunca vira alguém tão transparente em suas emoções.

"Eu assustei você, meu bem?"

Clara ficou quieta, paralisada onde ele a havia deixado, incapaz de mover um músculo.

Theo se aproximou novamente, deitando sobre ela e segurou seu queixo, observando bem de perto as lágrimas silenciosas descendo pelo rosto de Clara.

"Divertido saber que te assusto. Mas eu ainda nem comecei."

Ele a imobilizou e conduziu a situação friamente, mesmo com os gritos, com o corpo trêmulo tentando escapar de seus toques, ele a teve mais uma vez. Com o gosto da vingança sendo um deleite sentido a cada minuto do que fez com ela. Cada pequeno minuto que para Clara foram sinônimo de tortura, para Theo foram o sumo da alegria e satisfação.

"Eu quero ver você ter coragem de contar pra alguém o que aconteceu" sussurrou ao pé do ouvido dela.

E quando Theo deixou o apartamento, Clara abraçou o próprio corpo, caindo em um choro profundo e desesperado. Nunca em toda sua vida se sentiu tão suja, tão impura. Naquele momento, ela não se sentia digna de nada. Nem mesmo pena.

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