Sou um louco

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Nas sombras ocultas de minha mente obscura,

A dualidade se instala, semeando amargura.

Sou um homem mergulhado na dor silente,

A enlouquecer lentamente, no mar da descrença ciente.


O eco de minhas palavras perdidas ao vento,

Revela a profundeza de um coração desalentado e sedento.

Indiferença me cerca, como um véu cruel,

E a desempatia sussurra, cruel, que sou réu.


Caminho na tristeza, trôpego e perdido,

Minha alma se apega às lágrimas, já vencido.

A melancolia floresce em meu ser abatido,

E a loucura, astuta, se alimenta do meu gemido.


A cada passo, a sanidade escapa entre meus dedos,

Como areia fugaz, um destino de segredos.

Minha mente é um labirinto, obscuro e turvo,

Onde a lucidez se desvanece e a loucura se curva.


A solidão, cruel companheira, me abraça em seu manto,

E meus pensamentos dançam num triste encanto.

As sombras me envolvem, sussurrando enigmas,

E a tristeza dança, em sinfonia com meus estigmas.


Perdido nas profundezas de minha própria escuridão,

Deixo-me levar por essa estranha aflição.

A mente despedaçada, retalhos de pensamentos,

E na dualidade sou tragado, sem lamentos.


Quem sou eu, afinal, nesse jogo doentio?

Um homem à deriva, condenado ao vazio.

Minhas lágrimas caem, diluindo a ilusão,

E a escuridão me consome, numa cruel aflição.


Enlouqueço, sim, nessa teia de indiferença e tristeza,

Onde a sanidade se perde, sem mais sutileza.

O eco de minha voz, já sem sentido, ecoa ao vento,

Enquanto me afundo, num abismo de sofrimento.


Ah, misteriosa dualidade que me consome,

A loucura que me abraça, sem nunca ter nome.

Na subjetividade de minha angústia profunda,

Me perco, me dissolvo, numa existência moribunda.


Que a noite me acolha, com seu véu de escuridão,

Pois na loucura encontro minha única redenção.

Neste universo sombrio, minha alma se despede,

Enlouquecendo em silêncio, na tristeza que me precede.

Instantes EternosOnde histórias criam vida. Descubra agora