sinto sua falta

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No âmago sombrio da minha alma inquieta,
Pai, será que agora você gostaria de mim completa?
Não sou mais a garotinha que você amava,
Cresci em silêncio, em uma dor que consumirá.

Pai, você partiu em um sopro repentino,
Nunca muito presente, mas lembro do destino.
Nas escassas vezes, na praça sem vida,
Seu sorriso era minha esperança perdida.

Quisera eu ter ganhado mais abraços,
Ouvido seus conselhos em momentos escassos.
Queria que fôssemos como famílias verdadeiras,
Mas as escolhas ruins se interpuseram, traiçoeiras.

Mesmo assim, eu perdoo suas falhas cruéis,
Pois a ferida aberta não cicatriza de vez.
Se estivesse vivo, ainda me diria "te amo, filha"?
Ainda haveria espaço para a esperança que se trilha?

Neste turbilhão de sentimentos que afloram,
Perdida, nas lágrimas que se somam.
Pai, em cada suspiro da minha existência,
Eu busco a redenção, a paz, a resiliência.

Embora as perguntas ecoem no vazio da ausência,
Minhas palavras sussurram a eterna carência.
Desejo que onde quer que esteja, em alguma dimensão,
Ainda possa sentir a força do meu coração.

Pai, eu te envio este poema profundo,
Uma ode aos momentos perdidos, profundos.
Enquanto a vida segue seu curso inclemente,
Ainda guardo um lugar em meu peito, eternamente.

Instantes EternosOnde histórias criam vida. Descubra agora