me devolve

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Neste jardim da vida, plantei a semente,
Entreguei-te a chave, confiante e clemente.
Como um botão de flor, abri-me em doação,
Meu corpo entreguei, numa sublime devoção.

Arranquei meu coração, oferenda verdadeira,
Uma flor desabrochada, amando com a fogueira.
Mas, mesmo assim, o véu permanece em cena,
A felicidade egoísta foge, esquiva, serena.

Procurei nos canteiros da alma a sintonia,
Mas a felicidade se esconde, foge a toda euforia.
Enquanto o sofrimento tece sua teia no peito,
Onde a tristeza ecoa, sem um breve conceito.

Nas raízes do amor, busquei compreensão,
Mas a felicidade foge, desafia, em dispersão.
Neste jardim, plantei sonhos, em florescência,
Mas a felicidade egoísta, indiferente, em decadência.

Como a planta sedenta na busca do orvalho,
Eu me entrego, desarmado, ao teu abalo.
Mas ainda assim, sinto o vazio persistente,
A felicidade se esquiva, silente, ausente.

E nesta trama, de sentimentos entrelaçados,
Percebo que nem sempre somos agraciados.
A felicidade, caprichosa, escapa ao meu controle,
Deixando-me perdido, em meio ao tormento e descontrole.

Instantes EternosOnde histórias criam vida. Descubra agora