fome

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Na escuridão sombria, onde a fome sussurra,

Ecoa o grito mudo de uma alma que se agarra.

Na dualidade da vida, a sociedade hipócrita,

Tece fios de ilusão, onde o faminto se limita.


Palácios dourados, mesas repletas de ostentação,

Enquanto a miséria se alastra sem compaixão.

Corpos esqueléticos, olhares vazios de esperança,

Vítimas de um mundo que apenas enobrece a ganância.


A fome, carrasco silencioso, veste sua máscara cruel,

Leva embora a vida, sucumbe ao desespero cruel.

A hipocrisia permeia cada canto da existência,

Enquanto a desigualdade alimenta a indiferença.


Um suspiro derradeiro, o último alento que se esvai,

Nessa dança macabra, onde o pobre definha e desmaia.

A culpa pesa nas mãos da sociedade indiferente,

Que nega sua contribuição, afogada em sua mente.


No labirinto sombrio de dualidades ocultas,

O faminto sucumbe, a fome se multiplica e tumultua.

A elite se regozija, em seu pedestal inabalável,

Enquanto os desamparados sofrem, indefesos e vulneráveis.


Ah, triste sina da humanidade, onde a justiça é vendida,

E o pão se torna miragem, ilusão perdida.

As vozes dos esquecidos ecoam na eternidade,

Num clamor silencioso, buscando igualdade.


Mistérios ocultos, segredos em sombras mergulhados,

Enquanto a morte faminta ceifa vidas aos punhados.

Quem ousará desvendar a cruel face da ganância,

Que alimenta a fome e a dor na iniquidade da existência?


Que os olhos se abram para além das aparências,

Para enxergar a verdade, rompendo as conveniências.

Quebrar as correntes que aprisionam a esperança,

Lutar por um mundo onde a fome não seja herança.


Mas, no labirinto da tristeza e desespero,

A fome persiste, sombria, num eterno letreiro.

Enquanto a sociedade, hipócrita e elitista,

Segue dançando na música sinistra da desigualdade sinistra.


No calabouço da desigualdade, a fome se expande,

É a ferida aberta, a dor que não se desvanece.

A sociedade, cega em seu egoísmo distorcido,

Ignora a aflição dos famintos, seu grito perdido.


Nas vielas ocultas, onde a vida se desfaz,

A miséria se entrelaça, desafia a paz.

Enquanto banquetes são servidos em plenitude,

O desamparo persiste, sem chance de atenuação.


O fio tênue da existência se enfraquece,

Como um fio de esperança que se desvanecesse.

Na dualidade cruel, a opulência e o abandono,

Criam um abismo, que sufoca e cerceia.

Instantes EternosOnde histórias criam vida. Descubra agora