Não conseguia dormir pois já havia amanhecido. Me dirigi a cozinha da casa resmungando pois Tom não havia me deixado dormir por me levar para ver o nascer do sol. Linda atitude, sacrifiquei meu sono. Todos estavam sentados nos bancos da mesa e pareciam me esperar, Tom não estava na casa. Me perguntei o motivo, mas não dei importância. Aquela manhã tudo estava estranhamente "normal" eu descreveria.
"Cadê o Tom?" Perguntei enquanto via Bill com o braço envolta do ombro de Mel.
"Não sei, talvez tenha saído pra resolver alguma coisa" Georg respondeu.
"Sozinho?!" Perguntei surpresa.
Ele não iria resolver coisas sozinho, ele não era estúpido saberia que levaria um tiro ou algo sim. Eu estava com pressentimento que algo ruim aconteceria, não era normal Tom sair sem ninguém. Havia mil possibilidades da onde Tom se encontraria. Eu estava parada na porta olhando para todos com os olhos arregalados surpresa com o que eu havia acabado de escutar. Olhei pra trás aonde dava pra ver os carros na garagem, o carro de Tom não estava lá. Senti meu coração dizer a mim mesma que deveria ir atrás dele, minha mente por outro lado dizia para mim ficar e confiar que ele voltaria intacto. Tom era bom em esconder sentimentos, ele seria capaz de esconder um ferimento. Me sentei a mesa com todos e abaixei a cabeça encostando na madeira, eu estava cansada. Ouvir todos conversarem sobre Yara parecer a Regina George mostrava o quanto estranho tudo estava. Nunca passou por minha mente que discutiriam sobre a Regina George a mesa. Me levantei e peguei um pouco de café no balcão da cozinha, admitindo que tudo estava estranho. De repente todos ficaram em um silêncio absoluto, me virei e olhei para todos que estavam me encarando.
Os olhares deles para mim me fizeram ficar pouco irritada, eu odiava ser o centro das atenções as vezes. Estava constrangida com seus olhares e me senti ameaçada.
Subi até o quarto de Tom lendo um livro que achei na casa. Me perguntei o porque dos olhares para mim, talvez tivessem apostado na minha reação. Me sentei no sofá e deixei minha xícara de café em cima da mesinha ao lado do sofá. Tom parecia ter tirado o dia anterior para ser gentil comigo e romântico talvez. Tom não parecia alguém que fosse gentil. Apenas me lembrar do por do sol na antiga mansão no meio do mato era o suficiente para tirar um sorriso bobo de meu rosto. Eu ainda recusava que gostava dele, eu sabia que estava apaixonada, mas jamais admitiria isso nem para mim mesma. A noite em que ele foi carinhoso e gentil comigo foi prazerosa, talvez ele estivesse sendo uma versão dele mais legal.
Alguns minutos se passaram e percebi o que havia acontecido durante o período que passei ao lado de Tom. Os traumatizantes 9 meses e meio. O medo e o desespero eram sempre presentes durante esses 9 meses, era culpa de Tom que eu tivesse me tornado uma mulher que vive com medo. Tom era o homem pelo qual eu temia viver ao lado, ouvir seu nome me fazia estremecer e apenas ter sua mão ao me ombro ou perto de mim me desesperava. Lembrar da noite em que ele me machucou me fazia odiá-lo profundamente. Por esses motivos eu não teria razão se gostasse dele, seria estranho. Ter sentimentos pela pessoa que te machucou não se era aceitável. Não tinha sentido e nem motivo.
Tom foi o motivo de uma dor inesquecível em mim, mas também a pessoa que eu tinha determinados sentimentos. Amar ele seria a última coisa que eu gostaria de fazer antes de morrer. Além de sempre viver assustada com medo de morrer eu era teimosa o que aumentava essas chances. Nunca mudei apenas por Tom ser gentil comigo, eu ainda continuava sendo pouco teimosa e não aceitando várias de suas exigências. Ele apenas não batia nem me tocava, ele apenas me xingava e me tratava como antes, porém sem me tocar ou me bater. Tom mudou repentinamente quando viu minha vida por um fio diante dos seus braços largos e grandes. Suas trancinhas eram a coisa mais nítida que via além de seu rosto com uma reação que eu não esperava. Ele era o "homem de trancinhas" que estava interessado por mim no começo de tudo. Talvez eu estivesse vivendo algo inacreditável a quem eu contasse. O mafioso de trancinhas me colocou muitos traumas, mas também salvou minha vida. Ele se importava, eu acho. Ele demonstrou sentir algo quando implorou que eu não o deixasse. Nunca vou esquecer a criança do meu sonho enquanto eu estava fraca de ser drogada em pura veia. Brian estava morto e agora eu teria paz em minha vida a diante. Ele era o motivo de Tom surtar comigo e ser extremamente irritante e grosso, a ponto de Bill ter que interrompê-lo e segurar ele. Tom era impulsivo fazia as coisas na raiva, ele era alguém que ninguém suporta. Me lembrei de quando Tom disse que me prepararia para dores maiores e me fez pensar se eu deveria estar chorando aquele momento. Pensar nisso me fez me encolher um pouco enquanto estava sentada no sofá e encostar a cabeça nos joelhos. Meu cabelo ruivo acobreado estava um pouco sobre meu rosto e joelhos, meus olhos castanhos claros estavam fixos olhando para a parede me fazendo me perder nos pensamentos aleatórios.
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𝐄𝐍𝐓𝐑𝐄 𝐎 𝐂𝐀𝐎𝐒 - Tom Kaulitz.
FanfictionRecomendado para maiores de 12 anos. Está fanfic aborda assuntos sérios! Abuso, violência, linguagem imprópria e forte. Por sua amiga, Esther arrisca sua vida para ver gangsters correrem em uma corrida, fazendo um deles criar uma obsessão incansáve...