Agoniante e Revigorante

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Acordei amarrada a uma cadeira, em uma sala escura, minha visão estava turva e eu escutava tudo distante. Aos poucos, estava recuperando minha visão.
Estava tudo embaçado, tudo que eu ouvia era o barulho do impacto da ponta de um sapato de salto alto com o chão. A sala estava escura, havia uma luz acima da minha cabeça, minha cabeça doía.

Kayle se aproximava a cada passo, com um sapato de salto alto vermelho, um shorts preto e um top preto.

Olhei em seus olhos pretos, os meus olhos estavam lacrimejando, eu estava com medo e implorando por Tom. Desejando que ele estivesse comigo. Kayle era imprevisível; ninguém poderia prever o que ela faria a cada segundo.

Eu estava tonta, igual a uma barata envenenada. Kayle estava a poucos metros de mim e em menos de 20 segundos, seus passos me alcançaram até que estivesse a menos de 1 metro de mim. Suas unhas afiadas semelhantes a de um felino, esmaltadas de vermelho me levantaram o queixo, enquanto eu ainda parecia drogada.

"Ela ainda parece sobre os efeitos da cetamina..." Ela me analisou, eu não estava nem piscando, estava tão dopada que não conseguia respirar direito. "Porra! Essa garota é fraca demais." Ela reclamou e soltou meu rosto irritada.

"Acha que deveríamos a dar estimulantes?" Um de seus homens a sugeriu.

"Não, não deem sedativo pela noite, amanhã mesmo ela estará acordada."

Logo eles saíram e eu fiquei lá, amarrada e completamente tonta, eu não conseguia me mexer nem respirar direito, o aperto tava muito forte.

"Tom..." Agoniei seu nome, implorando que viesse me tirar de lá, que me desse seu toque quente novamente. Eu sentia falta do Tom.

Eu senti meus olhos lacrimejarem, eu estava chorando, mesmo sem conseguir dormir sob os efeitos da cetamina. Eu queria Tom, eu desejei Tom aquele momento, eu pedi e Implorei por Tom. Eu podia imaginar a fúria que Bill teria que enfrentar do Tom. Eu tentei mexer minha mão, mas eu não conseguia nem falar, nem respirar direito.

Eu me culpava muito, eu tinha perdido minha melhor amiga, agora ia morrer, por amor. Eu estava muito cansada, eu só queria voltar pra casa; os braços de Tom.

. . .

A noite foi longa e desesperadora, eu tive a ilusão de achar que a cada minuto que passava Tom estava vindo me buscar.

Era isso que eu tinha aprendido no mundo dos gangsters e mafiosos, não mate alguém da máfia ou gangue, haverá consequências terríveis.

Eu estava dormindo, eu acordei com o barulho dos saltos de Kayle. Eles ficavam cada vez mais perto, o efeito da cetamina tinha acabado no meu corpo, eu ainda tinha dificuldade pra respirar por conta do aperto daquelas corrente no meu corpo contra a cadeira.

"Olha só, a garotinha fraca acordou!" Kayle já começou falando alto.

"Você é tão sínica..." Eu grunhi com os dentes cerrados.

"Melhor calar a boca, Müllet." Ela sabia meu nome. O que me fez pensar em como e aonde ela ouviu esse nome, ela tinha procurado sobre mim talvez.

Me calei nervosamente, evitando dizer qualquer coisa, mas estava irritada, aquela Esther corajosa ainda me habitava, mesmo que Tom Kaulitz tivesse a silenciado e a aprisionado no âmago da minha mente.

"Eu só quero que saiba que eu vou te matar uma hora ou outra, se o Kaulitz não vier." Ela informou com um sorrisinho no canto da boca, com o diabo nos olhos. Era o mesmo diabo que eu via nos olhos do Tom.

"Você é uma vadia..." Insultei Kayle com uma voz grave e no resmungo.

"Já mandei calar a boca!" Ela gritou um pouco mais irritada.

𝐄𝐍𝐓𝐑𝐄 𝐎 𝐂𝐀𝐎𝐒 - Tom Kaulitz.Onde histórias criam vida. Descubra agora