Repentance

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TOM's POV:

Esther estava certa, jamais entenderia sua dor. Horrível admitir que ela estava certa, mas claramente  estava certa. Eu estaria sendo ignorante de discordar.

Mas realmente não aceitava, ninguém poderia me contrariar ou dizer que estava errado. Eu era o maioral, ninguém acima de mim. Eu comandava Los Angeles, o posto de líder era meu. Talvez essa posição fosse exageradamente tratada por mim. Me dei o poder de fazer coisas que não poderia. Cometi crimes, mas nunca fui punido ou repreendido. Eu era o chefe, obviamente não haveria consequências para mim. Apenas ela, me fez se arrepender. Naquela noite o prazer era totalmente meu, para ela, apenas a dor. Pude aproveitar e desfrutar do prazer e preenchimento que o corpo dela me deu naquela noite, mas me arrependi amargamente quando olhei em seus olhos assustados e chorosos. Pude ver o ódio e o medo que estavam presentes em sua face.

Desapeguei de seu frágil corpo o deixando de lado na cama, enquanto ambos estavam ofegantes. Aparentemente cansada e com dores ela se afastou e deitou em um canto da cama, enquanto a observava com uma toalha em minha cintura.

"Eu te odeio..." ela murmurou, apenas fingi não ouvi- quando claramente estava pouco me importando.

Naquela noite senti que Esther me odiaria por toda sua vida. Tirei sua virgindade a força causando desespero e muita raiva nela. Parei quando percebi que Esther parou de se mexer. A mesma estava aos prantos, as lágrimas silenciosas estavam por todo seu rosto e sua respiração ofegante e olhos vermelhos. Haviam marcas de minha mão em seus quadris e cintura. Nesse momento já sabia que não deveria ter a tocado, por esse motivo não toquei em mais nenhum lugar de seu corpo. Poderia admitir que a mesma tinha um belo corpo, mas seria ruim de minha parte falar de seu corpo após ter traumatizado ela.

Esther acertar minhas partes baixas com um chute pode ter me feito sentir raiva e ser impulsivo mais uma vez. Ela apenas estava com raiva também e sendo impulsiva, mas vi arrependimento em sua face quando me viu levantar do chão a agarrar pelas pernas. Enquanto a sentia se debater em meu colo de cabeça para baixo tentei me controlar, mas não consegui me impedir conscientemente. As minhas mãos percorriam por suas leves curvas fazendo meu corpo anciar por mais.

Me batia mentalmente pelo que fiz. Quando todos estavam a mesa e Esther subiu para quarto. Seu sofrimento era perceptível por conseguir ouvi-la chorar.

Fiz o que fiz por raiva e impulso, não tinha autocontrole. Na verdade nunca tive autocontrole. Tinha 13 anos quando peguei em uma arma pela primeira vez.

A verdade era que sempre fui um pouco psicopata. Assisti um assassinato com Bill ao meu lado quando tínhamos 11 anos. Assistimos nosso pai matar a Tia Dália com nossa mão ao lado apenas sem poder fazer ou dizer algo. Tia Dália sempre foi maluca, sempre intrometida e seu desejo era separar nossos pais. Ela tinha desejos sexuais por nosso pai, e minha mãe apenas não se importava. Ver meu pai cortar a garganta de minha tia enquanto ela implorava para viver foi, prazeroso? Ver a pessoa que eu apenas sentia ranço morrer foi tanto quanto bom. Teria interferido se a polícia não chegasse pois os vizinhos  ouviram os gritos.

Vi garotos passarem suas sujas mãos em meu irmão na adolescência, fizeram tudo isso apenas para machucá-lo. Por ter acesso a armas e materiais perigosos usei um desses materiais para tirar a vida de cada um dos garotos.

Era temido na Alemanha, até uma gangue nova ir para lá. Eles dominaram tudo e todos, ainda planejava voltar, mas ainda precisava predominar Los Angeles e todo o Estados Unidos.

O que fiz com Esther foi imperdoável, mas esperava que ela pudesse esquecer daquela noite qualquer hora. Prometi a Bill que não deixaria ninguém o tocar novamente, mas fiz pior com Esther o que fizeram com meu irmão. Me sentindo um verdadeiro criminoso pela primeira vez, pedi perdão a Esther. Acredito que ela tivesse usado drogas aquele dia, me "perdoou", mas logo voltou a ficar estranha novamente.

Sinto que não deveria ter feito o que fiz, afastei a mulher pelo qual sentia meu coração acelerar. Talvez um dia ela pudesse me perdoar e ver que me arrependi.

𝐄𝐍𝐓𝐑𝐄 𝐎 𝐂𝐀𝐎𝐒 - Tom Kaulitz.Onde histórias criam vida. Descubra agora