Forgive Does Not Erase Actions

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Estávamos lado a lado disputando a quem chegaria primeiro na casa. Com seus óculos grandes refletindo o sol e deixando tudo ainda melhor, ele estava atraente. Meu coração estava acelerado graças a adrenalina de estar competindo com Tom e a felicidade de estar ao seu lado. Ele estava diferente aquele dia. Tom não parecia o mesmo, parecia outra pessoa. Ele sempre me tratou como uma pessoa que havia feito algo de ruim para si. Me xingar e me bater não foi o suficiente para ele no começo. Me sinto com raiva apenas de lembrar, sempre querendo chorar. Apenas gostar de Tom era difícil, ele era confuso e a qualquer momento sempre poderia ser uma pessoa rude ou uma pessoa legal. Ele era alguém que ainda me dava ódio de vez em quando, o que ele fez comigo não saia de minha cabeça e nem a vez que foi gentil. Perdoá-lo pode ser fácil, mas a ferida é totalmente minha. Ele causou isso e não pode reverter.

Senti meus olhos arderem, ao lembrar e logo comecei a lacrimejar. Tom ainda me dava raiva e um pouco de ódio por tudo que já havia feito. Minha visão começou a ficar distorcida por culpa das lágrimas acumuladas em meus olhos. Parei o carro deixando Tom continuar dirigindo, ele não tiraria seus olhos da estrada por mim. Senti meu corpo desconfortável parando o carro, minha mente estava me assombrando novamente com lembranças daquele dia traumatizante, me fazendo lembrar daquele dia Tom estava sentindo meu corpo rudemente. Eu estava com raiva dele agora, aquele sentimento de amor estava fraco. Minha cabeça estava encostada em minha mãos que estava no volante preto de Gustav. As lágrimas escorriam livremente por meus olhos, me perguntando do porquê a mudança em meu sentimento de uma hora para outra. Sequei minha lágrimas possibilitando ver pelo vidro que Tom estava voltando para verificar-me.

"Ei Esther!" Ele gritava de seu carro para abrir o vidro.

Abri o vidro pensando profundamente se deveria ser rude com ele naquele momento. Certamente não queria estragar nossa diversão.

"Ah eu estou bem! Obrigada" Sorri para ele tentando esconder minhas lágrimas por baixo de um sorriso.

Ele sabia que eu estava mentindo, pois fez aquele olhar que ele faz quando sabe que estou mentindo. Ele não acreditaria em mim. Ele sorriu de lado e deu a partida em seu carro preto fazendo barulho com o radiador. Ele fez sinal para mim e o obedeci continuando a corrida mesmo com uma sensação de uma faca cravada em meu peito.

"Vamos continuar!" Insentivei, os olhos dele mostravam que ele sabia.

"Não, não vamos..." ele resmungou, Tom sabia que eu estava me sentindo mal, meus olhos castanhos revelavam nitidamente meus sentimentos.

Não questionei Tom e fomos para a mansão. Me senti mal por estragar o dia que estava lá para vê-lo novamente. Eu não voltaria a morar lá, provavelmente não queria que Tom me tratasse da mesma forma como antes. Vi Tom subir as em direção ao seu quarto e o segui. Ele estava de frente para a janela, olhando a vista lá fora. Claramente pensativo, depois de conhecê-lo conseguia saber o que sentia por suas ações inesperadas. Aprendi isso durante seu pior período, ele poderia me bater todos os dias e tentar abusar algumas vezes a mais. Ele era verdadeiramente um monstro, um diabo em forma de homem. Tom poderia saber também o que eu sentia. Depois de um longo "quase um ano" Tom e eu aprendemos a analisar um ao outro por ações e olhares. Foi o melhor para mim, sabia quando Tom seria impulsivo e capaz de algo pior contra mim quando se recusasse a algo que ele quisesse, e quando ele simplesmente mandaria um "foda-se". Tom poderia ser impulsivo e confuso, mas acho que poderia estar se tornando como ele em pouco tempo, por isso entenderia ele. Imagino se fosse como Tom, uma garota cruel de olhos castanhos claros, pele pálida e longos cabelos ruivos. Não queria ser como Tom por tudo que já havia me causado.

Entrei ao quarto estando por trás de Tom, eu estava com os olhos pesados. Passei a madrugada sem dormir pensando em se viria Tom novamente ou não.

"Eu sei no que estava pensado enquanto dirigia" ele suspirou se virando para mim com os braços cruzados e uma sobrancelha arqueada.

"Imagino que saiba o que é" Retruquei encostando em meus joelhos sentando na cama de Tom.

"Estava lembrando do dia em que tirei sua virgindade" ele disse com um tom irritado e com um pouco de culpa em seu rosto.

"Você lê mentes?" Respondi dando um leve sorrido ladino.

"Bom, se for isso que estava pensando talvez sim!" Ele riu um pouco ainda com culpa nos olhos.

Tom me encarava com peso nos olhos, ele parecia lembrar-se também e não gostar das memórias que nos assombravam.

"Ainda não me disse, porquê fez isso" eu disse sentindo dor em meu coração e com a voz trêmula.

"Eu já pedi desculpas tá legal?!" Ele respondeu um pouco irritado e com desespero e culpa, ele parecia pensativo enquanto ainda o encarava com expressão de dúvida em meu rosto.

"Eu..." ele murmurou "Ah que merda! Por que faz isso?" Ele perguntou irritado olhando para mim e gesticulando com as mãos "Por que me deixa tão...louco?!" Ele me disse me deixando surpresa.

"O que?..." Respondi baixinho para que fosse quase impossível de ouvir.

"Nos estamos bem, e logo depois VOCÊ faz nós brigarmos novamente!" Tom jogou a culpa para mim.

Ele era a pessoa confusa pelo qual me sentia segura, e agora estava colocando a culpa de sua mentalidade difícil para mim. Sinceramente, Tom era quem era difícil admito ser difícil também, por não aceitar ser usada como empregada. Talvez ele estivesse dizendo que me abusou por culpa minha? Claramente estava errado, não deixaria ele simplesmente achar que estava certo, pois sempre fazia isso. Voltei apenas para vê-lo, não voltei para receber a culpa de suas ações. Tom era quem me criou lembranças assustadoras e perturbadoras que sempre estavam me assombrando.
A culpa poderia ser minha, eu chutei suas partes baixas, certamente doeu. Mas nunca vai doer mais do que eu senti aquela noite, por culpa de Tom, que me fez chorar por um longo tempo. Ele estava bravo comigo, obviamente sabendo que apenas me ver trazia sensação de culpa. Tom era o vilão da história, a quem tocou onde não deveria em mim. Todos na casa sabiam do que aconteceu aquela noite, mas não fizeram nada contra isso, apenas me encaravam enquanto estavam sentados. Todos desacreditados com o que havia acontecido. Talvez fosse culpa de Mel? Ela quem quis arriscar nossas vidas!

"Talvez...porque doeu mais em mim do que em você" respondi com lágrimas nos olhos e a voz trêmula.

Tom apenas ficou calado, me encarando sentindo culpa. Ele sabia o que estava fazendo, mesmo assim fez. Culpo ele por toda a dor psicológica e física que me causou. Talvez estivesse certo, poderia mudar de humor repentinamente e de repente. Nunca poderia prever minhas mudanças de humor, mas podia saber o porquê delas.

"Sinto muito...Esth" ele resmungou e logo fingiu tossir para disfarçar.

"Ainda soa engraçado esse apelido!" Disse secando minhas lágrimas dando uma leve risadinha "Você nunca vai entender" completei sorrindo um pouco sem graça e o deixando no quarto.

Certamente poderia me pedir desculpas, mas não iria reverter o que havia feito. Podia perdoá-lo, mas não apagaria as memórias de minha mente. Seu "sinto muito" não teria efeitos para apagar o passado que me assombrava, e que o perturbava profundamente. Nós dois sabíamos que ele me manteve em suas confusões por ganância ou proteção, ele sabia que Brian me usaria para atraí-lo. Tom sabia que eu estava entre um completo caos que ele causou, foi ele quem começou a guerra.

𝐄𝐍𝐓𝐑𝐄 𝐎 𝐂𝐀𝐎𝐒 - Tom Kaulitz.Onde histórias criam vida. Descubra agora