Preocupação e Amores

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Me decepcionei ao olhar para a japonesa, ela tinha um leve machucado em sua bochecha, causado pelo tiro que lhe dei. A adrenalina era muita em minhas veias, estava insegura novamente. Tom estava sendo arrastado pelo irmão para o seu carro, ele gritava para Bill o soltar, porém com lágrimas nos olhos seu irmão o obrigava a andar e ignorava suas súplicas. A arma ainda estava apontada para a japonesa em minhas mãos, o leve desequilíbrio me faz cambalear um pouco para trás. A japonesa tinha uma expressão séria, ela parecia surpresa e irônica.

"ESTHER!" Tom gritou, não pude deixar de olhar de relance para ele, mas logo voltei minha atenção para a japonesa.

A japonesa pegou sua faca novamente, vindo em minha direção, mesmo estando um pouco longe ela andava rápido. Tom estava no carro de Bill, olhei para ele quando gritou e vi seu sinal. Com pressa e sem pensar muito entrei em seu carro, o tranquei e liguei. A japonesa sem paciência, tentou acertar o vidro de Tom e quebrá-lo para me machucar dentro do carro. Ouvi o barulho do vidro rachar e as fortes batidas da mulher no vidro, seus homens se ajuntaram no carro. Sai rapidamente dando ré, segui o carro de Bill que estava a 190 quilômetros por hora. Não tirei meus olhos da estrada, estava preocupada com Tom e com a mulher que me seguia em seu carro preto. Meu foco era despistar ela, porém me vi desconcentrar e desacelerar um pouco, perdi o carro de Bill de vista por segundos até reencontrá-lo. Talvez o medo que sentia de Tom me fizesse ser corajosa, talvez o que passei em sua grande casa me fizesse ser alguém que não era.

Afundei os pés no acelerador, igualando a velocidade com Bill. Tom tinha uma expressão de sofrimento em seu rosto, ao olhar para mim ele deu um leve sorriso ladino e fechou seus olhos ainda sofrendo.

...

Sentei ao lado de Bill na cadeira do hospital, era os corredores onde os visitantes esperavam para ver os pacientes. Bill batia suas pernas descontrolado, ele tinha seus olhos vermelhos de tanto chorar, a maquiagem havia saído por suas lágrima. Ainda não me conformo que ele não bateu o carro, ele havia dito a mim que chorou enquanto dirigia e mandava Tom calar a boca de tanto dizer que queria ficar comigo, e me proteger de "Kayle" a Japonesa.

Ela sabia do corte em meu rosto, sabia quem o havia feito, sim ela sabia que eu havia sido drogada. Brian era seu filho, ele provavelmente contou a ela. Não contou?

Ao a enfermeira permitir Tom receber visitas, Bill e eu entramos em seu quarto. Ele estava com roupas de hospital e seu braço estava sobre seu ferimento, ele sorriu ao nos ver.

"Finalmente rostos familiares!" Ele brincou, sorri ao vê-lo, me preocupei quase ao mesmo nível de Bill.

"Você está se sentindo melhor?" Perguntei, Tom com sua preguiça de dizer, subiu um pouco seu braço e fez sinal de positivo.

Bill e eu rimos da ação de Tom, ele não mudou desde que sofreu a facada. Me senti mal por Bill nos últimos dias, podíamos ter se livrado de Kayle ou apenas despistado a japonesa, mas ela estava com certeza atrás de nós. Me lembro de ver Bill chorar até soluçar por seu irmão, a sorte era de que Tom não foi atingido em nenhum órgão, a faca não foi tão fundo. Mel estava sempre ao lado de Bill para acalmá-lo, fiquei trancada no quarto por 2 dias sentindo a falta de Tom todas as noites, ao ponto de acharem que eu havia cometido suicídio lá dentro.

Meus olhos eram pesados de sono, havíamos esperado por um bom tempo a melhora de Tom. E confesso não dormir nos dias em que ele estava internado, sua ausência me impedia de dormir, pois se adormecesse teria horríveis pesadelos. Agora via Tom encarar a mim, sorrindo, ele estava feliz de eu estar lá. Ele conversou com Bill o tempo em que me perdi nos pensamentos sobre isso, seu sorriso reconfortante me fez abrir um sem nem sequer perceber.

"Pensei que fosse embora na primeira oportunidade" Ele hesitou dizer, olhei para ele sem respostas e apenas suspirei.

"Eu pensei, talvez tenha me dado um bom motivo para não te deixar" Ri, Tom sorriu e riu levemente.
Me aproximei do maior enquanto ele puxava minha cintura para perto de si acariciando meus quadris, seu toque quente me fez se sentir segura novamente. A falta de seu toque me deixava ansiosa, a falta de Tom me fazia nervosa.

...

Meus olhos se abriram lentamente, pude sentir o calor do corpo de Tom na cama de hospital, ele me abraçava forte, seu braço direito apoiava meu pescoço que sua mão acariciava meu ombro, enquanto ele envolvia seu braço esquerdo sobre minha cintura e sua mãos apertava minha costas pressionando mais nossos corpos. Minhas mãos estavam em seu abdômen quente, onde estava cicatrizado o ferimento lentamente. Naquele dia, Tom queria que eu ficasse no hospital com ele, e dormisse com ele. Ele pagou para o hospital pegar uma cama maior que coubesse nós dois, e bem arranjaram uma. Podia sentir o conforto e carinho dos braços de Tom em volta de mim, me sentia amada e protegida ao seu lado. Minha mão encostou em seu rosto quente, com meu dedo acariciei sua bochecha o fazendo sorrir e abrir seus olhos. Ele ainda tinha o olho cansado, se recusando a abrir, ele sorria com sua face encantadora, seduzente e reconfortante. Era a segunda vez que vi aquela expressão em seu rosto, ainda podia me lembrar nitidamente dessa mesma expressão em seu rosto em seu carro, quando tive um ataque de pânico, Tom me abraçava da mesma forma que me abraçou naquela madrugada. Me lembrei que dormi muito, não dormia por dias desde que conheci Tom, havia vezes que me recusava comer, por esse motivo emagreci amuito. Foi perceptível, porém eu ignorava, não era um problema para mim.

Tom encostou seus lábios aos meus levemente, senti seus lábios macios e quentes encostarem aos meus, seu piercing no lábio inferior tinha um metal de toque frio criando sensações mistas. Não contive meu sorriso entre nossos lábios, Tom também sorriu, e o leve barulhinho dos lábios se separando aconteceu.

"Você dormiu?" Tom me perguntou, tirei meus olhos do foco seus lábios e voltei aos seus olhos.

"Sim, você também?" Respondi e o perguntei em seguida, falavamos baixo pois parecia ser cedo demais. Tom assentiu com a cabeça positivamente, antes que interrasse seu rosto na curva de meu pescoço entre o travesseiro e minha pele pálida.

"Senti saudades de beijar você, Esth" Ele comentou, senti meu corpo fremir de leve ao sentir seu suspiro em minha pele. Ele puxava o ar contra minha pele, sentindo e puxando meu cheiro sobre suas narinas, ele gostava de fazer isso.

Sorri dando uma risada nasal com o comentário de Tom, ele gostava de me beijar, mesmo sendo cruel as vezes. Seus dedos de toque quente e frio, encostaram em minha bochecha alisando até meu queixo a abaixando levemente e posicionando meu rosto, Tom tirou sua cabeça de meu pescoço e me encarou com seu olhar sedutor, sua mão passou por de baixo da minha camiseta, com sua mão encostando em minha cintura. Ele olhava para meus olhos e mordia seu piercing no lábio, ele apertou minha cintura me aproximando dele e chegando seu rosto para mais perto do meu. Nossos lábios iam se tocar intensamente e em paixão e saudades, quando a porta foi aberta, Bill abriu a porta e entrou fingindo que não havia visto nada.

"Kayle quer matar Esther" Bill entregou as cartas logo de cara, olhei para ele um pouco surpresa quando vi seu olhar preocupado. Tom e eu sentamos na cama em sincronia e cruzamos os dedos, apertando nossas mãos.

𝐄𝐍𝐓𝐑𝐄 𝐎 𝐂𝐀𝐎𝐒 - Tom Kaulitz.Onde histórias criam vida. Descubra agora