O Pobre Coelho e a Pessoa Cruel

732 56 16
                                    

TOM's POV:

O plano de Brian era inútil diante do que faríamos, ele gastaria mais de um milhão de dólares com dinamites escondidas por minha grande casa. Tudo estava indo como eu planejava, sendo mais inteligente que Brian poderia encurralar ele em seu próprio canto e matá-lo. Seria como uma cruel armadilha, onde o caçador engana seu alvo para perto. As coisas estavam bem e totalmente ao meu controle.

Ainda carregava a culpa de causar dor mental e pouco física em Esther. Ela estava aguentando tudo sozinha, nem havia contado a sua amiga sobre aquela noite. Eu não poderia voltar atrás. O que foi feito já estava feito e não poderia voltar ao passado para reverter. O resultado de minha ação fez com que Esther sentisse a dor e a consequência em meu lugar. Aquelas lembranças ruins de seus gritos me assombrariam todas as noites.

Esther estava na cozinha fazendo algo para comer, quando me peguei a observando. Me aproximei abraçando ela por trás, fazendo a mesma se arrepiar.

"O que está fazendo?" Perguntei beijando sua cabeça enquanto tinha meus braços em sua cintura.

"O que você acha que se parece?" Ela perguntou com uma leve risada em sua voz doce.

"Pão com mussarela e presunto" afirmei com a voz meio rouca.

"Nossa!" Ela riu "era uma tentativa de fazer um sanduíche!" Ela disse animada e com entusiasmo em sua voz.

A soltei enquanto ela se dirigia para o micro-ondas onde esquentou seu lanche. Ela estava com um sorriso leve em seu rosto quando encostou na parede se virando para mim. Seu sorriso tinha sumido, agora ela estava preocupada e parecia se lembrar de algo ruim recente.

"Me desculpe" ela murmurou me fazendo levantar uma sobrancelha

"Por que está me pedindo perdão?" Retruquei suas palavras com curiosidade no olhar

"Por ontem..." ela respirou fundo "eu te machuquei-" ela disse antes que eu a interrompesse.

Coloquei um dos meus braços na parede a fazendo estremecer e ficar contra a parede. Olhei em seus olhos agora meramente assustados. Ela refletia receio e medo no olhar, talvez com medo de que repetisse o que fiz na noite anterior. Ela mostrava assustada, e que não queria que eu arrastasse novamente até o quarto para cometer atos.

"Eu que deveria pedir perdão" resmunguei "Eu que deveria dizer que me arrependo de ter feito algo contra você" completei a fazendo me olhar em choque.

Seria a primeira vez que disse algo assim a alguém, com outras garotas elas entravam no jogo e aproveitavam o momento, mas Esther não. Eu conseguia sentir seu medo por me ver tocando nela. Imagino que pensava que eu não era a pessoa que ela achava que pediria perdão a ela. Sei que o que fiz foi realmente imperdoável, mas poupei sua vida, poderia muito bem sacar minha arma e matar ela como fiz com Hanne.

"Tom?" Esther murmurou "É você?" Ela perguntou ironicamente.

"Tem certeza que está bem?" Ela colocou sua mão sobre minha cabeça e meu pescoço "Vou pedir para Bill te levar ao PS você não me parece bem!" Ela disse com um sorriso no rosto.

"Cala a boca ruivinha" disse com um sorriso no rosto a pressionando contra meu corpo com os braços em sua cintura.

Ela estava me abraçando de volta e aquele abraço foi caloroso, nunca havia abraçado alguém da forma como abracei Esther. Ela fazia meu coração acelerar e minha cabeça ficar confusa. Porém, eu não era alguém que se permitia amar, não era um cara legal. Se eu enjoasse de alguém, simplesmente mataria essa pessoa. Se me desrespeitasse, veria uma bala perfurar seu crânio sem nem perceber. Ser cruel era algo inevitável de minha personalidade, mas, Esther mudava isso.

𝐄𝐍𝐓𝐑𝐄 𝐎 𝐂𝐀𝐎𝐒 - Tom Kaulitz.Onde histórias criam vida. Descubra agora