08╵𝗖𝗔𝗧𝗖𝗛 𝗠𝗘 𝗜𝗙 𝗬𝗢𝗨 𝗖𝗔𝗡!

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Rose foi a primeira a ser deixada em casa, estava prestes a ser derrotada pelo sono que teimava em querer engoli-la por completo. Além disso, precisava se livrar da roupa que estava impregnada com um cheiro horrível, resultado das tarefas durante a madrugada para limpar o barco e os fundos do videoclube, que os denunciaria se não tivessem sido cuidadosos. Com a sensação de alívio ao ver os três garotos se afastando, ela foi para o quarto e descansou a cabeça no travesseiro.

Agora, o ruivo e os gêmeos iam no carro, silenciosos durante todo o trajeto que levaria Klaus até o seu humilde lar, caso ele não tivesse interrompido o silêncio.

"Vocês têm alguma coisa para fazer?" perguntou recebendo um abanar de cabeça negativo de Bill.

O gêmeo mais novo havia ocupado o assento que antes pertencia a Rose, preferindo ficar ao pé de Klaus. Não queria estar ao lado de seu irmão; o rancor das ações e palavras ditas horas antes ainda doíam em seu coração. Continuava amando-o como sempre fizera desde quando eram duas crianças inocentes, mas naquele momento, não queria nem mesmo sentar-se ao seu lado. Ele estava inquieto, abanando suas pernas com impaciência. O pó que o ruivo lhe deu logo após abandonar seu irmão e Rose nos fundos da loja estava fazendo efeito. Embora Klaus relutasse em dar-lhe a droga, acabou cedendo aos pedidos.

"E você? Tem algo para fazer?" Bill perguntou ao garoto.

"Sim, e vocês vêm comigo." respondeu ele, lembrando-se de Georg e da encomenda que agora poderia ser entregue.

Tom olhava frequentemente para o irmão através do retrovisor, preocupado. Ele percebeu o estado de Bill assim como percebeu quando aconteceu com a garota. Sentia a irritação crescer dentro de si e tinha vontade de chamar a sua atenção, mas ele já era maior de idade e sabia fazer suas próprias escolhas. Além disso, depois de tudo o que havia passado para limpar a sua pele, parecia justo que pudesse ter um pouco do que queria.

Ao chegarem ao endereço dado por Gustav, a emoção pulsava nos três. A mansão à frente era impressionante, irradiando modernidade e elegância. Eles não esperavam encontrar algo assim, parecia mais o refúgio luxuoso de um famoso jogador de futebol do que o local de alguém que gostava de se envolver em encrencas.

Klaus pegou os dois pacotes que haviam sido recolhidos previamente para a entrega, colocando-os dentro de sua mochila. Ao seu lado, Bill observava os pacotes com olhos brilhantes, parecendo ansioso para mergulhar em seus conteúdos.

"Bill!" disse Tom com uma expressão séria.

"Só mais um pouquinho..."

"Bill! Não agora, precisamos de você, vamos!" o ruivo abriu a porta do carro e saiu, carregando a mochila consigo.

Eles se aproximaram do portão alto cercado por paredes de pedra, e Tom tocou a campainha, esperando pela presença de Gustav. Mas, em vez disso, quem apareceu foi um homem de meia-idade, vestindo shorts de praia e segurando uma bebida na mão.

"Bom dia, é aqui que o Gustav vive?" perguntou Klaus, um pouco relutante, enquanto o homem os olhava de cima a baixo.

"Sim, sou o pai. E vocês são...?" o homem parou de falar, aproximando-se com um sorriso simpático. "Entrem, entrem!" puxou os garotos para dentro de sua casa como se fossem velhos amigos.

O interior da casa era incrível. Quando entraram na sala de estar, que tinha um terraço gigante, foram surpreendidos por um jardim repleto de pessoas que conversavam animadamente e bebiam descontraidamente, assim como o pai de Gustav.

"Olhem só a classe de indivíduos que acabaram de aparecer!" ele exclamou, apontando para eles com um sorriso divertido.

"Desculpe... Mas o Gustav está?"

𝗕𝗟𝗢𝗢𝗠𝗜𝗡𝗚╵𝚃𝚘𝚖 𝙺𝚊𝚞𝚕𝚒𝚝𝚣Onde histórias criam vida. Descubra agora