Capítulo quarenta e seis

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— Por que você não me disse que a função de namorado também vinha com não ter voz em um relacionamento para manter a paz dentro de casa? – resmungo baixo, encarando o corpo pequeno na banca do aeroporto e desviando dos passageiros que passavam por...

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— Por que você não me disse que a função de namorado também vinha com não ter voz em um relacionamento para manter a paz dentro de casa? – resmungo baixo, encarando o corpo pequeno na banca do aeroporto e desviando dos passageiros que passavam por mim como se eles pudessem me contaminar.

— Porque ninguém me avisou quando foi a minha vez – Thomas responde do outro lado da linha, sorrindo, ele continua — Que barulho todo é esse?

Suspiro devagar, ainda com meus olhos em Adriana.

— Estamos no aeroporto, vamos viajar.

— É mesmo? e você resolve avisar o seu irmão somente quando está prestes a pegar o avião? quanta consideração – ele faz drama, fazendo-me rir baixo e ajeitar o celular na minha mão.

— Foi tudo muito rápido, o médico disse que ela precisava de um pouco de descanso e eu resolvi afastar ela do meu mundo, desde que ela pisou aqui, ela passou por muita coisa, eu só quero... aliviar a tensão.

Depois de alguns minutos em silêncio, ouço sua voz séria do outro lado da linha.

— Ei, mas você sabe que tudo que aconteceu não é culpa sua e do mundo que vivemos, certo?

— É, eu sei. Mas eu quero ver Adriana feliz, eu realmente quero fazer as coisas darem certo para nós dessa vez, me desculpe por não avisá-lo. Tudo bem para você aguentar tudo sozinho por duas semanas?

— Sem problemas, os funcionários vão adorar saber disso – ele brinca.

— Eu não sou um chefe tão cruel assim – retruco.

— Ah, não? você sabe que seu apelido pelos corredores é darth vader, certo? – franzindo minhas sobrancelhas em indignação, pergunto.

— Como é? e você sabia disso o tempo todo?

— É claro, eu falo mal de você na cozinha com os funcionários durante os intervalos para o descanso.

— Você.. você faz isso? eu sou seu irmão!

— Todo mundo faz, você tem que provar os biscoitos que as tias levam, é uma delícia e o assunto é sempre como você é rude.

— Thomas, eu te odeio, você também é o chefe, ou será que todo mundo esquece disso?

— Eu sou carismático e as pessoas sempre gostam de mim por isso, você deveria tentar sorrir mais e elogiar as pessoas.

— Não, obrigado – pego a mão de Adriana assim que ela chega até mim e beijo a ponta dos seus dedos, observando o sorriso bobo que brinca em seus lábios — Preciso ir, Adriana já comprou nossas passagens.

— O que aconteceu com seu jato particular?

— Ela quer... agir como pessoas normais – reclamo, recebendo um tapa suave em meu ombro.

THE ICE KING: beyond the darkOnde histórias criam vida. Descubra agora